Caros amigos, Irmãos de Hábito, Fiéis Leitores, gostaria de hoje, dia em que a Santa Igreja Católica nos lembra a memória dos seus fiéis falecidos, de propor a todos uma reflexão acerca dos grandes Cavaleiros de nossa Ordem, que apesar de já não estarem entre nós, representaram muito para a Sacra Milícia em todo o Mundo.
Sem dúvidas, primeiramente devemos nos recordar dos primeiros Militenses, que estando na Terra Santa, fundaram nossa Ordem, baseada no amor aos que mais sofriam, e deram suas vidas à essa causa. Lembremo-nos do Bem-Aventurado Bartolomeo de Breganze, IV Grão-Mestre da nossa Ordem.
Lembremo-nos dos Cavaleiros que, revestidos tanto da Couraça da Coragem e do Heroísmo, quanto da Couraça de ferro da Cavalaria, lutaram nas Batalhas que nos garantiram a posse locais, antes tomados pela heresia anti-Católica. Lembremo-nos dos Santos Cavaleiros Militenses, que apesar de suas virtudes e coragem, não lembramos ou não sabemos o nome, e que tornaram-se "Santos, Mártires e Anônimos" em prol da Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa.
Lembremo-nos de nossos falecidos Grão Mestres, que ao longos dos séculos, dedicaram suas vidas ao amor à Ordem, e que deixaram mais do que obras, nos deixaram os exemplos de suas vidas.
Lembremo-nos dos Militenses que batalharam pela Ordem em nossa Pátria, como os falecidos Cavaleiros:
Conde Dom Francisco d'Aquino Corrêa, Arcebispo de Cuiabá, Grão Prior entre os anos de 1935 a 1952.
Conde Jocek P. W. Zaniewicki, Secretário Geral do Grão-Bailiado entre os anos de 1972 a 1979. E finalmente
Raymond Youssef Kenj, Cavaleiro da Grã-Cruz da Ordem, falecido em 03 de julho de 2009, e que dês de 1979 esteve a frente de nosso Grão Bailiado.
Memoramos as palavras do sábio Padre Antonio Vieira, em seus grandes Sermões:
"Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais: ambas grandes, ambas tristes, ambas tenebrosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para a crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura; mas a futura vêem-na os olhos; a presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? PULVIS ES, ET IN PULVEREM REVERTERIS. Sois pó e em pó vos haveis de converter. Sois pó é a presente; em pós vos haveis de converter, é a futura. O pó futuro, o pó em que vos haveis de converter , vêem-nos os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos vêem, nem o entendimento o alcança."
Pe. Antonio Vieira
Sermão de Quarta-Feira de Cinzas
Pregado em Roma na igreja de Santo Antônio dos Portugueses,
no ano de 1672
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