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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Príncipe D. Andrea Trivulzio Galli, atual Príncipe e Duque de Mesolcina, Duque de Alvito e Marquês de Melzo


 O Atual Príncipe e Duque de Mesolcina é Sua Alteza Sereníssima ou Príncipe D. Andrea III Gonzaga Trivulzio Galli, 18º Príncipe e Duque de Mesolcina, 21º Conde-Duque d'Alvito, 21º Duque de Atina, 24º Marquês de Melzo, etc.


Dados de Sua Alteza ou Príncipe de Mesolcina:
O Príncipe D. Andrea tem por nome de Batismo: Príncipe Don Andrea Federico Albert Gian Giacomo Teodoro Pio Valente Giuseppe Maria Paolo Gonzaga Trivulzio Galli (conforme consta no Registro de Batismo nº51 do Livro de Batismos nº 47, página 07, frente, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, atualmente não arquivado da Cúria Diocesana de Frederico Westphalen-RS, Brasil, Batismo realizado em 26/05/1990, após o nascimento do Príncipe em 19/02/ 1990).

É filho de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Ângelo II Eugênio Gonzaga Trivulzio Galli (1953-2023), que foi 17º Príncipe e Duque de Mesolcina, 20º Conde-Duque de Alvito, 23º Marquês de Melzo, etc; e de sua esposa, Sua Alteza Sereníssima ou Princesa D. Rosa Inês Gonzaga Trivulzio Galli, Princesa e Duquesa de Mesolcina, nascida Boni, dos Marqueses de Pietrasanta.

Sua Alteza Sereníssima ou Príncipe D. Andrea Gonzaga Trivulzio Galli, 18º Príncipe e Duque de Mesolcina, Príncipe de Mesocco, Príncipe do Sacro Império Romano, 21º Conde-Duque de Alvito, 21º Duque de Átina, 24º Marquês de Melzo é o Chefe de Principesca e Ducal Casa de Mesolcina, Chefe de toda a Família Trivulzio e Gonzaga Trivulzio Galli, e seus títulos e direitos dinasticos foram juridad reconhecidos como chef da Soberana Principesca e Ducal Casa de Mesolcina pera Sentença Arbitral Internacional 0217/2023 emitida pela Câmara de Arbitragem e Mediação do Brasil, com processo transitado no Julgado nº 0217.001/2023.

Comunicamos também todos os títulos e privilégios das Casas de Trivulzio, Galli di Alvito e Gonzaga di Castel Goffredo a Sua Alteza Sereníssima ou Príncipe D. Andrea Gonzaga Trivulzio Galli pera Sentença 000.09.10.2024.13-43. No Brasil, após o advento da Lei Federal n.º 9.307, de 1996 (artigos 18 e 31), todas as Sentenças Arbitrais passam ao mesmo valor de um Foro Judiciário Federal; 

CONSIDERANDO QUE, de acordo com o tratado jurídico internacional estabelecido como a “Convenção de Nova York sobre Arbitragem de 1958” ou a “Convenção sobre o Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras”, uma decisão arbitral proferida em um país assinado deve ser conhecida e executada nas outras 147 (cento e quarenta e sedentas) nações signatárias;  

CONSIDERANDO QUE, tanto no Brasil como na Itália (bem como nos Estados Unidos) para a assinatura do tratado anteriormente mencionado (Brasil em 7 de junho de 2002 e EUA em 30 de setembro de 1970);

Nesta mesma sentença Arbitral Internacional, os títulos da Casa de Alvito foram confirmados ao Príncipe D. Andrea Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli, exigindo-se assim que qualquer outra família abandone o uso do título de Duque de Alvito, que cabe unicamente, por força de sentença, ao Príncipe D. Andrea. 

Por força das Sentenças Arbitrais Internacionais proferidas pela Câmara de Arbitragem Brasileira, garantida pela Lei 9.307 de 1996, qualquer pessoa que, por orientação dinâmica de Sua Alteza Sereníssima ou do Príncipe D. Andrea Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli , 18º Príncipe e Duque de Mesolcina, poderá e será acionado judicialmente. 

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Heráldica dos Duques de Lafões


Fiéis Leitores do Corriere della Mesolcina, hoje Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Andrea Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli, 18º Duque de Mesolcina, 18º Príncipe de Mesocco e do Sacro Império Romano, 21º Conde-Duque d'Alvito, irá vos falar sobre uma das mais queridas famílias de Portugal, a Casa de Lafões.


A Casa Ducal de Lafões, que tem o mesmo sangue da Casa de Mesolcina, ou seja, são Capetianos, descendentes diretos do Rei Hugo I, dito O Capeto, de França. 


A origem da Casa de Lafões se deu com o casamento do Infante de Portugal D. Miguel de Bragança (1699-1724) filho ilegítimo, depois legitimado Del-Rei D. Pedro II de Portugal, e a Princesa D. Luísa Casimira de Sousa Nassau e Ligne, filha do Príncipe Carlos José de Ligne e de sua esposa a Marquesa Mariana Luísa Francisca de Sousa Tavares e Mascarenhas da Silva, 2ª Marquesa de Arronches, 5ª Condessa de Miranda do Corvo e 29ª Senhora e Chefe da Casa de Sousa.


Do casamento do Infante D. Miguel de Bragança e D. Luísa de Sousa e Ligne nasceram dois varões, que foram:

1: D. Pedro Henrique de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, que foi criado 1º Duque de Lafões por El-Rei D. João V no mesmo dia de seu Batizado, em 17 de fevereiro de 1718.


O Ducado de Lafões foi criado de jure e herdade, ou seja, hereditário, e com Honras de Parente da Casa Real, no grau de Sobrinho Del-Rei. Posteriormente, com a morte do seu pai e de sua mãe, herdaria todas as propriedades paternas e todos os títulos maternos, entre os quais a Chefia da Casa dos Sousa. 


O 1º Duque de Lafões foi prometido em casamento a Rainha D. Maria I, para que assim a descendência desta mantivesse a Varonia Régia dos Capetianos de Portugal. Todavia, nos tempos Del-Rei D. José I, o seu primeiro-ministro Marquês de Pombal, querendo debilitar a nobreza, proibiu o casamento da futura rainha e o Duque de Lafões, proibindo que este mesmo viesse a se casar, morrendo sem descendência em 1761. 


Foi o brasão concedido aos titulares do Ducado e da Casa de Lafões um escudo partido: I as Armas do Reino de Portugal, II as Armas dos Sousa, que é esquartelado, I e IV de Portugal com a diferença de um filete em contrabanda, II e III de goles com uma quaderna de crescentes de prata.

Por serem os Duques de Lafões os chefes da Casa de Sousa, o timbre é o castelo dourado dos Sousa, mesmo que os Lafões tenham por varonia a de Bragança.

Muitas pessoas enganan-se ao supor que no I campo do escudo, Portugal pleno, levaria também um filete de preto em contrabanda, por ser o pai do 1º e 2º Duques o Infante D. Miguel, filho natural Del-Rei D. Pedro II, mas isso é um engano, pois os Duques de Lafões são filhos legítimos de D. Miguel e sua esposa a Princesa Luísa de Sousa e Ligne, que foi, por sinal, entitulada como Duquesa honorária de Lafões, já o Infante D. Miguel não recebeu o título de Duque de Lafões, tendo já o de Infante de Portugal com o tratamento de Alteza. Dessa forma o Ducado de Lafões não levou o filete de filhos naturais.  


Com a morte sem descendência do 1º Duque de Lafões, este foi sucedido, não só no Ducado, mas em todos os seus direitos, por seu irmão, o segundo filho do Infante D. Miguel de Bragança e da Princesa Luísa de Ligne, que foi:


2: D. João Carlos de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, 2º Duque de Lafões entre 1761 a 1806. O 2º Duque de Lafões casou-se com 1788 com D. Henriqueta Júlia de Lorena e Meneses, filha dos Marqueses de Marialva, título depois herdado pela Casa de Lafões a partir da 3ª Duquesa. 


Como D. João Carlos de Bragança, 2º Duque de Lafões, não teve descendência masculina, surgiu a questão de que a Casa Ducal de Lafões perderia a Varonia Régia dos Capetianos, a Raça da Flor-de-Lis. Para evitar isso, D. João Carlos buscou casar sua filha mais velha, e herdeira, D. Ana Maria José Domingos Francisca Júlia Senhorinha Mateus Joana Carlota de Bragança e Ligne Sousa Tavares Mascarenhas da Silva com o Marquês D. Sigismundo Caetano Álvares Pereira de Mello, que por ser o segundo filho do 5º Duque de Cadaval, tinha a varonia régia dos Bragança.  


Foram então os 3º Duques de Lafões D. Ana Maria de Bragança e Ligne de Sousa Tavares da Silva e D. Sigismundo Caetano Álvares Pereira de Mello (de varonia Bragança). D. Sigismundo Caetano, pelo acordo matrimonial, não foi considerado apenas "duque consorte" de Lafões, como a Wikipedia e muitos na internet erram: foi mesmo considerado iux-uxoris, 3º Duque de Lafões junto de sua esposa. Foi no tempo da 3ª Duquesa da Lafões que o título de Marquês de Marialva, junto com todos os bens daquela Casa foram herdados pela Casa de Lafões.


Brasão do 3º Duque de Lafões, D. Sigismundo Caetano Álvares Pereira de Mello, aquelas de seu pai, o Duque de Cadaval, ou seja, de prata, uma aspa de goles com cinco escudetes de blau carregados de cinco besantes de prata postos em aspa (Bragança antigo), com a diferença de quatro cruzes de Pereira na aspa (Cadaval). Por timbre o 3º Duque de Lafões usou a timbre antigo dos Bragança.

Como D. Ana Maria de Bragança e Ligne de Sousa Tavares da Silva e D. Sigismundo Caetano Álvares Pereira de Mello tiveram apenas filhas mulheres, novamente surgiu a questão da possível perda da varonia real na Casa de Lafões. Para o evitar, casaram sua filha mais velha e herdeira, D. Maria Carlota de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, 4ª Duquesa de Lafões, que pelo acordo do matrimônio de seus pais, herdou o tratamento de Dona de seu pai, e o brasão e o sobrenome de sua mãe, além dos títulos todos da Casa de Lafões. 


D. Maria Carlota de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, futura 4ª Duquesa de Lafões, foi dada em casamento a D. Pedro João de Portugal e Castro (com varonia de Bragança), filho dos Marqueses de Valença e Condes de Vimioso, que também tinham a Real Varonia Capetiana da Casa de Bragança, de modo que o Sangue Real se mantivesse na Casa de Lafões. D. Maria Carlota de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, foi a 4ª Duquesa de Lafões entre 1851 a 1865, e tal qual ocorreu com seu pai, seu marido, D. Pedro João de Portugal e Castro foi iux uxoris, o 4º Duque de Lafões.


Brasão de Armas de D. Pedro João de Portugal e Castro, 4º Duque de Lafões, em direito de sua esposa, D. Maria Ana de Bragança e Ligne de Sousa Tavares Mascarenhas da Silva, 4ª Duquesa de Lafões. As armas são as de seu pai, o Marquês de Valença, que são de Bragança, ou seja, de prata, uma aspa de goles com cinco escudos de Portugal (Bragança), com a diferença de quatro cruzes de Pereira na aspa. Por timbre o 4º Duque de Lafões usou a timbre antigo dos Bragança.


Contudo existe um sério erro em alguns sites da internet, inclusive na Wikipedia, ao dizerem que D. Maria Ana não teria sido Duquesa de Lafões "apenas" teria sido 6ª Marquesa de Arronches, 34ª Senhora da Casa de Sousa, 10ª Condessa de Miranda do Corvo, Marquesa de Marialva, etc... e qual o motivo que dão para tentarem apagar o nome da 4ª Duquesa da Lafões da história? É simples, por ter ela sido educada em uma família legitimista, onde seu pai, o 3º Duque de Lafões lutou na Guerra dos dois Reis ao lado de D. Miguel I contra seu irmão, D. Pedro IV, a mesma opinião defendida pelo marido da 4ª Duquesa, D. Pedro João de Portugal, afirmam então que D. Maria Ana de Bragança não teria "se encartado" no título de Duquesa de Lafões... hora qual é a lógica dessa afirmativa?! Não seria o título ducal de Lafões em juro e herdade, ou seja, a sucessão a ela recaiu após a morte de sua mãe, da mesma forma que o título de Marquesa de Arronches, onde a mesma também não buscou os reis liberais para se encartar, mas mesmo assim sucedeu?! 


É certo e óbvio que D. Maria Ana de Bragança e Ligne de Sousa Mascarenhas da Silva foi a 4ª titular do Ducado de Lafões, juntamente com todos os demais títulos que a ela se atribuem por juro e herdade.


A 4ª Duquesa de Lafões foi sucedida por seu filho mais velho, D. Caetano Sigismundo de Bragança e Ligne Sousa Mascarenhas da Silva, 5º Duque de Lafões entre 1865 a 1927. O 5º Duque de Lafões abandonou o Palácio do Grilo como residência, e mandou construir um palacete novo, no qual mandou pintar suas armas pessoais no teto da sala de jantar, ao mesmo tempo que mandou fazer de pedra as grandes Armas dos Duques de Lafões (do 1º e do 2º Duques, que o 5º Duque retomou) no frontão da casa. Também mandou pintar as armas dos Ligne, de sua ilustre antepassada, a Princesa Luísa Casimira de Ligne, o brasão do Marquesado de Marialva, além do brasão de seu avô, o 3º Duque de Lafões (armas dos Cadaval). Este foi o brasão pessoal escolhido por D. Caetano Sigismundo de Bragança e Ligne Sousa Mascarenhas da Silva, 5º Duque de Lafões:


Escudo esquarelado: I e IV as Armas do Reino, II e III de blau com uma quaterna de crescentes de prata. 

Essas Armas do 5º Duque de Lafões chamam a atenção, pois, como Chefe da Casa de Sousa, poderia ter usado Sousa pleno, porém não o fez, com certeza, por essas armas já serem usadas pelos Duques de Palmela, da família Sousa Holstein, famosa por se porem ao lado de D. Pedro IV na "Guerra dos dois Reis", ao contrário dos Duques de Lafões e dos Duques de Cadaval, então D. Caetano Sigismundo não queria fazer alusão a qualquer "semelhança" com os Palmela em seu palacete. Outra razão pelo uso da cor azul no lugar do vermelho era por ser de fundo azul, com três flores-de-lis d'ouro, o brasão do Marquesado de Marialva, do qual era o titular. O 5º Duque foi casado com Leonor de Osete y del Alamo, tendo com ela quatro filhos (1 varão e 3 moças), sendo sucedido por seu único filho, D. Afonso. 


O 6º Duque de Lafões foi D. Afonso de Bragança e Ligne Sousa Mascarenhas da Silva, que foi o Duque entre 1927 a 1946, sendo que antes, havia recebido o título de Duque de Miranda do Corvo, até suceder seu pai como 6º Duque de Lafões. Esse título, uma elevação do Condado de Miranda do Corvo, passou a ser então utilizado como o título do herdeiro do Ducado de Lafões.



O 6º Duque parece ter retomado plenamente as Armas do Ducado de Lafões, ou seja, escudo partido: I as Armas de do Reino de Portugal, II as Armas dos Sousa, que é esquartelado, I e IV de Portugal com a diferença de um filete em contrabanda, II e III de goles com uma quaderna de crescentes de prata. Também foi o 6º Duque quem abandonou o uso do apelido composto de cinco partes: de Bragança e Ligne Sousa Mascarenhas da Silva, para usar tão somente o apelido de Bragança, que passou a sua descendência de seu casamento com D. Alice Cândida de Macedo, com quem teve sete filhos, sendo os três varões D. Lopo de Bragança, Duque de Miranda do Corvo, e mais tarde 7º Duque de Lafões; O Marquês honorário de Lafões D. Miguel Eduardo de Bragança; e D. Diogo de Bragança, encartado como Marquês de Marialva. 

O 7º Duque de Lafões (1946 a 2008), D. Lopo de Bragança casou-se com Maria José da Graça Focco Viana Salvação Barreto. Como o 7º Duque não teve descendência, foi sucedido por seu sobrinho, D. Afonso Caetano de Barros e Carvalhosa de Bragança, filho do Marquês D. Miguel Bernardo de Bragança e de sue esposa D. Maria da Assunção de Barros Carvalhosa, filha dos Viscondes de Santarém. D. Afonso Caetano foi o 8º Duque de Lafões entre 2008 a 2021. 

Os 8º Duques de Lafões, D. Afonso Caetano de Bragança e D. Maria de Barros Carvalhosa foram pais de D. Miguel Bernando de Casal Ribeiro Bravo de Bragança, nascido de 1982, e que é o 9º Duque de Lafões, bem como 4º Duque de Miranda do Corvo, 11º Marquês de Arronches, 14º Conde de Miranda, 10º Marquês de Marialva, 11º Conde de Cantanhede, 5º Conde de Cavaleiros e 11º Marquês de Arronches desde 2021. 


sexta-feira, 19 de julho de 2024

Casa de Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia

 Como muitos de vocês devem saber, Fiéis Leitores do Corriere della Mesolcina, a Romênia foi uma Monarquia hereditária entre os anos de 1862 até 1941, quando proclamou-se a república naquele país, com a deposição de Sua Majestade El-Rei Miguel I, último Rei dos Romenos (sim, Rei dos Romenos era o título oficial do Chefe de Estado do Reino da Romênia, e não "Rei da Romênia", como algumas pessoas erroneamente deduzem). 


A Dinastia Real romena foi a Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen, uma Casa Principesca alemã, que iniciou como uma Casa Condal, chegando ao posto de Príncipes do Sacro Império Romano-Germânico, e cujo um ramo, tornou-se mais tarde a Casa Real da Prússia. A Casa de Hohenzollern é uma Dinastia Católica, já seu ramo da Prússia é protestante, e o ramo romeno é ortodoxo. 


A ligação entre o Reino da Romênia é a Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen foi mais do que uma ligação dinástica, verdadeiramente uma ligação política, consagrada na Constituição Romena de 1862, que ditava que o Trono da Romênia seria hereditário seguindo os princípios da Lei sálica, ficando para sempre excluídas da sucessão as mulheres e sua descendência, e em caso da morte del-Rei Carlos I (primeiro Rei dos Romenos) sem descendência masculina, o Trono passaria a algum de seus irmãos ou sobrinhos, que permaneciam como Príncipes de Hohenzollern-Sigmaringen na Alemanha. 


Brasão de Sua Alteza o Fürst von Hohezollern, Chefe da Casa Principesca de Hohezollern-Sigmaringen

Como pode ser visto, a ligação entre o Reino da Romênia e a Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen não encerrou-se com a Coroação do então Príncipe Karl von Hohenzollern-Sigmaringen como Carlos I dos Romenos: no caso da morte do monarca romeno sem descendência masculina e legítima, o trono passaria a algum dos demais príncipes da Casa de Hohenzollern-Sigmaringen; e isso não manteve-se apenas como um teoria, isso realmente aconteceu em 1914, quando realmente El-Rei Carlos I faleceu sem ter descendência masculina, e foi chamado ao trono romeno o príncipe Ferdando von Hohenzollern-Sigmaringen, que reinou como Fernando I dos Romenos entre 1914 a a 1927.


Desta forma, o Rei dos Romenos não poderia simplesmente se "desvincular" da Casa Principesca alemã de Hohenzollern-Sigmaringen: a ela estava atrelada a sucessão dinástica da Romênia, e isso parecia inquestionável, até que no ano de 2011, o ex-Rei Miguel I dos Romenos, por meio de uma instrumento particular, buscou distanciar a sua Casa da Casa de Hohenzollern-Sigmaringen, pois não tendo filhos homens, decidiu que suas filha deveriam ser as herdeiras do Trono Romeno... todavia a Romênia é uma república desde 1941, e nem ao menos um ex-Rei pode modificar a linha de sucessão de seu antigo Reino, é necessário estar no Trono para, por vias legais (quer seja pela aprovação do Parlamento, que seja pela via de cada país) ter uma alteração nas leis sucessórias.



O ex-Rei Miguel I pode até não ter tido filhos, mas seu falecido pai, El-Rei Carlos II dos Romenos, teve mais filhos homens além de Miguel I, de modo que Miguel I tinha em 2011 um sobrinho, o Príncipe Paul-Philippe von Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia, filho do falecido Príncipe Carol Micea von Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia, filho do Rei Carlos II e de sua primeira esposa, Joanna Maria "Zizi" Lambrino. 


Muito tem-se discutido se o casamento do então Príncipe Herdeiro Carlos da Romênia com Zizi Lambrino, ocorrido em 1918 foi válido, mas disso não restam dúvidas: ambos eram solteiros, ambos de fé ortodoxa. O Rei Fernando I, pai de Carlos II, não aceitou o casamento do filho com Zizi Lambrino, descendente de uma família da nobreza bizantina e buscou anular o casamento do filho, todavia, não buscou, em momento algum, declarar como desiguais os descendentes do dito casamento! Quando Carlos II casou-se com a Princesa Helena da Grécia e Dinamarca (mãe del-Rei Miguel I), em 1921, o casamento religioso de Carlos II e Zizi Lambrino não havia sido declarado nulo pela igreja Ortodoxa! 


Desta forma quando, em 2011, o já ex-Rei Miguel I dos Romenos tentou romper com a Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen, designando suas filhas como suas sucessoras na Chefia da Casa Real Romena, o ato foi imediatamente contestado pelo Príncipe Paul-Philippe von Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia, que sendo casado, é pai do Príncipe Carol Ferdinando von Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia. Todavia, como não podemos alterar a tentativa do ex-Rei Miguel I, e sabendo que esse ato carece de total validade, haja vista que apenas após a Restauração da Monarquia, o Parlamento deveria avaliar se o novo Rei dos Romenos seria o Príncipe Paul-Philippe von Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia; S.A. o Fürst Karl von Hohenzollern-Sigmaringen (da Alemanha) ou realmente seria a Princesa Margareta, filha mais velha do Rei Miguel I, aqui iremos apenas expor aquilo que realmente cabe, de modo incontestável ao Príncipe Paul-Philippe: ser um Príncipe da Casa de Hohenzollern-Sigmaringen, da linha da Romênia. 


Na condição de Príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia, este é o brasão que cabe ao Príncipe Paul-Philippe von Hohenzollern:

Grandes Armas do príncipe Paul-Philippe von Hohenzoller da Romênia

 

Pequenas Armas do Príncipe Paul-Philippe de Hohenzoller da Romênia


Os brasão acima, que sejam em Grandes Armas (com a águia "romena" no campo) ou em pequenas Armas, cabem a todos os descendentes masculinos do Rei Carlos II dos Romenos, que obviamente tenham nascido de casamento legítimo, e que, por isso mesmo, possuam a condição de Príncipes de Hohenzollern-Sigmaringen e do Sacro Império Romano, com o tratamento de Altezas Sereníssimas.


Devemos compreender que a Casa de Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia é um ramo da Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen, da qual lhe provém os títulos de Príncipe, com o tratamento de Alteza Sereníssima, e por isso mesmo, estão sujeitos a Sua Alteza o Fürst von Hohenzollern, Chefe da Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen. Se os Príncipes Hohenzollern-Sigmaringen da Romênia terão sucesso em um dia novamente terem o título de Príncipes da Romênia, com o tratamento de Altezas Reais, só a história irá dizer.


Por Sua Alteza o Príncipe D. Andrea III Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina, Príncipe de Trivulzio, de Mesocco e do Sacro Império Romano.

Acesse: www.trivulziogalli.com

sábado, 13 de julho de 2024

Papa Bento VI Trivulzio

 


Papa Bento VI Trivulzio, nascido Benedetto Teodoro, Conde de Trivulzio. Existem dúvidas sobre sua data de nascimento, sendo filho do Conde D. Hildebrand Teodoro Trivulzio, chamado de "O Germânico" (929-974), e de sua esposa Conradina da Saxônia, filha (possivelmente ilegítima) de Liudolf da Saxônia, Duque da Suábia.

 

Apesar de muitos erros sobre a identificação do Papa Bento VI Trivulzio, e alguns erros verdadeiramente grosseiros, como o da Wikipedia brasileira, que errando ao traduzir as crônicas do biógrafo Ricobardi di Ferrara, afirma que era o Papa Bento VI quem teria se chamado "Ricobadi di Ferrara", sendo que Ricobardi, como sabemos, viveu quase três séculos após a morte do Papa Trivulzio...

 

O pai de Bento VI Trivulzio, o Conde Hildebrand, filho mais velho de D. Ascânio I, primeiro Conde de Trivulzio, chamado de "O Longevo" (900 a 980), e, falecendo antes do pai, não sucedeu como II Conde de Trivulzio. O casamento de Hildebrand Trivulzio com sua prima Conradina da Saxônia (sendo ambos descendentes diretos do Imperador Henrique I, chamado de "O Passarinheiro"), aumentou a germanização deste, ao ponto de seu filho, Bento VI, ser por vezes dito como "germânico", como seu pai.

 

Antes de sua Eleição a Sé Petrina, Bento VI foi o Cardeal-Diácono da Diaconia de San Teodoro em Roma, e parece mesmo ter vivido com grande simplicidade e humildade de espírito, sendo considerado mesmo que levava uma vida eremítica, mesmo sendo Cardeal.

 

 

Brasão, desenhado com os padrões atuais, representando as Armas do Papa Bento VI Trivulzio

 

Muito pouco sabemos sobre o reinado do Papa Bento VI Trivulzio, apenas que foi Eleito para o Trono de Pedro após a morte do Papa João XIII (ou seja, em setembro de 972), porém Bento VI esperou pela Confirmação Imperial de sua Eleição pelo Sacro Imperador Otto I, dito "O Grande". Essa atitude valeu contra o Papa Bento VI Trivulzio a antipatia da nobreza romana, em especial de Crescenzio di Theodora, ancestral da família Crescenzi, que ansiava por ter um papa mais distante dos Imperadores. Mesmo assim, em 19 de janeiro de 973, após a Confirmação Imperial, Bento VI Trivulzio foi Consagrado e Coroado como o 134° Bispo de Roma e Papa da Santa Igreja Católica.

 

As Bulas assinadas por Sua Santidade o Papa Bento VI Trivulzio foram em sua maioria para confirmações de Privilégios de Mosteiros e Igrejas. A política eclesiástica de Bento VI Trivulzio seguiu os mesmos caminhos das elaboradas por seus predecessores Leão VIII e João XIII.

 

Em 7 de maio de 973, O Sacro Imperador Otto I morreu, e os romanos, que haviam tolerado mal a presença de outro papa imposto pelo Imperador, renovaram sua indignação com a influência imperial. Já no momento da nomeação a muito poderosa família Crescenzi, chefiada por Crescenzio, tinha apoiado vigorosamente um dos seus candidatos, Francone filho de Ferruccio. Durante mais de um ano a situação permaneceu tensa, mas em junho de 974, aproveitando o fato do novo Sacro Imperador Otto II estar ocupado em reprimir a turbulência interna na Alemanha, eclodiu uma insurreição em Roma que levou à captura e prisão do Papa Benedetto VI Trivulzio no Castel Sant'Angelo. Crescentius colocou Francone (como antipapa) no trono papal no lugar de Bento, com o nome de Bonifácio VII e logo o próprio Bento VI Trivulzio foi estrangulado na prisão por um padre chamado Stefano (que atuou como "longo braço" do antipapa Bonifácio VII), porém existe a possibilidade de Bento VI ter sido assassinado pelo próprio antipapa Bonifácio VII. O Anuário Pontifício tende a indicar o mês de julho como a data do fim do papado, devido à incerteza que cerca o destino do pontífice.

 

Litografia moderna, provavelmente do século XVIII, do Papa Bento VI Trivulzio, com o brasão d'Armas da Família Trivulzio acima do Pontífice

 

Apesar da aversão inicial do povo romano ao Papa Bento VI, o seu assassinato desencadeou o horror e a reação do povo, obrigando Franco a fugir para Constantinopla (em julho de 974) onde também levou o tesouro da Igreja, para o grande satisfação do Patriarca, enquanto Crescenzio teve que se retirar para um convento. Não há evidências de que tenha retornado à vida externa até sua morte, ocorrida no convento de Sant'Alessio em 984.

 

A história da Casa Trivulzio, entre os séculos XII e XVII fez um profundo silêncio sobre a existência de Bento VI, não sabemos o motivo para isso; muito provavelmente o fato da família Crescenzi ter aumentado em importância na política romana, ou, quem sabe a ligação entre o Papa Bento VI Trivulzio e o partido pró-império possivelmente dificultar que possíveis Cardeais da Casa Trivulzio fossem novamente Eleitos para o Trono de São Pedro (o que realmente não mais ocorreu até nossos dias). Todavia, hoje a Casa de Trivulzio relembra esse seu personagem histórico com muito orgulho.

 

Mesmo sem ter tido tempo de nomear qualquer Cardeal, após o Papa Bento VI Trivulzio surgiu uma grande tradição eclesiástica na Casa Trivulziana, tendo essa tido nada menos que seis Cardeais, sendo eles:

Cardeal Agostino I, Conde de Trivulzio, Arcebispo de Reggio e Bispo de Turim

Cardeal Antonio III, Conde de Trivulzio

Cardeal Scaramuccia I, Conde de Trivulzio e Conde de Melzo, Bispo de Como

Cardeal Scaramuccia II, Conde de Trivulzio, Bispo de Piacenza

Cardeal Antonio V, Conde de Trivulzio, Bispo de Toulon

Cardeal Giangiacomo Teodoro II, Príncipe e Duque de Mesolcina

 

sábado, 22 de junho de 2024

Site oficial da Principesca e Ducal Casa de Gonzaga Trivulzio Galli de Mesolcina


 Fiéis Leitores do Corriere della Mesolcina, convidamos a todos para que acompanhem as novidades da Casa Principesca e Ducal de Mesolcina, através de seu site oficial:


www.trivulziogalli.com


Lá vocês poderão acompanhar as notícias oficiais de meu Secretariado, na secção News, ou minhas mensagens na secção Voz do Príncipe.


Também poderão ler sobre a história de minha Família, que Foi Soberana primeiramente sobre o Condado de Trivulzio, desde o ano 920, depois sobre numerosos Feudos, como o Principado de Mesolcina, desde 1480, o Condado-Ducado d'Alvito, desde 1595, e tantos outros Feudos e Estados.


Muito atenciosamente,


S.A.S. o Príncipe Don Andrea Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli, 18º Duque de Mesolcina, Príncipe de Mesocco e do Sacro Império Romano, 21º Conde-Duque d'Alvito.  

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sobre o título de Duque d'Alvito/ Sul titolo di Duca d'Alvito


Fiés Leitores do Corriere della Mesolcina, hoje gostaria de falar-lhes sobre um dos mais importantes e emblemáticos títulos de minha família: o de Conde-Duque d'Alvito.


O Condado d'Alvito foi criado em XIII em favor da família Cantelmo, família francesa, de suposta origem escocesa, estabelecida no Reino de Nápoles. O primeiro Conde d'Alvito foi Menappo I Cantelmo, de modo que o título de Conde d'Alvito foi criado no Pariato do Reino de Nápoles. O Condado d'Alvito permaneceu em hereditariedade na família Cantelmo até a morte de D. Pietro II Cantelmo, 8º Conde d'Alvito, quando o Feudo foi concedido a Goffredo Borgia, 9º Conde d'Alvito (filho natural, legitimado, do Papa Alexandre VI). Goffredo Borgia recebe Alvito do Rei da Nápoles, pelo seu casamento com Sancia de Aragão, Princesa de Nápoles, tanto que perde o direito ao mesmo com a morte da esposa.


Na sequência, o Condado d'Alvito é entregue a Don Pedro Navarro, El Salteador, dessa vez empossado pelo Rei Católico Fernando II, Rei de Aragão e de Nápoles. O título é assim novamente criado, em 1507, como um título no Pariato do Reino de Aragão


Pedro Navarro permanece pouco tempo como Conde d'Alvito, apenas entre 1507 a 1515, pois foi privado de seu Feudo por traição ao Rei. Na sequência, o Condado d'Alvito tanto os títulos de criação nos Pariatos de Nápoles e de Aragão (já agora dois títulos, passados juntos) é entregue à família Folch de Cardona, na pessoa de Raimundo Folch de Cardona-Anglesola, 11º Conde d'Alvito, Duque de Somma Bellpuig (no Pariato do Reino de Aragão), Barão de Bellpuig. O Condado d'Alvito permanece na família Folch de Cardona por quatro gerações. Em 1592 D. Antonio Folch de Cardona-Anglesola, 14º Conde d'Alvito, vende seus direitos Feudais a D. Matteo Taverna, Príncipe de Conca, 15º Conde d'Alvito (nos Pariatos de Nápoles e Aragão), que foi Conde por apenas três anos, pois em 1595 decide vender seu Feudo para Sua Alteza Sereníssima o Príncipe do Sangue D. Tolomeo I Galli (Dreux), Cardeal da Santa Madre Igreja.


Brasão dos Galli, da Varonia de Dreux-Beu, da Raça dos Reis da França, Condes-Duques d'Alvito, depois Príncipes e Duques de Mesolcina, por herança da Casa de Gonzaga Trivulzio


O Príncipe D. Tolomeo, Cardeal de Galli, pede ao Rei Felipe II de Espanha, que o confirme como 16º Conde d'Alvito, que o Rei Católico concorda, tanto passando o título de criação napolitana como o de criação aragonesa, e criando o título de Conde d'Alvito agora no novo Pariato do Reino da Espanha. Como pode-se ver, o Feudo d'Alvito, e seu título Condal, foram assim criados por diversos Reis, em três Pariatos diferentes, o Pariato do Reino de Nápoles, o Pariato do Reino de Aragão, e finalmente, o Parito do Reino da Espanha. Todavia, pelos serviços prestados pelo Cardeal-Príncipe Don Tolomeo I Galli à Monarquia Católica, o Rei Felipe III da Espanha concede ao mesmo o título de DUQUE D'ALVITO, título criado no Pariato do Reino da Espanha em 1596. Por ser o primeiro titular um Cardeal, o mesmo legou seu título, em testamento, a seu sobrinho, o Príncipe Don Tolomeo II Galli, Príncipe de Molise e de Sannio. 


Como Alvito era verdadeiramente uma entidade Feudal, o Condado d'Alvito foi preservado, tendo fronteiras quase que idênticas ao novo Ducado d'Alvito, e por esse mesmo motivo, foi decidido que seu Senhor Feudal levaria o título de Conde-Duque d'Alvito, por uma Decisão do Rei Felipe III de Espanha, em 1606, confirmando assim que o título ducal estava na Nobreza espanhola, e não então na napolitana. 


Pintura de Sua Alteza o Príncipe Don Tolomeo III Galli e Borromeo, 4º Conde-Duque d'Alvito e sua esposa, D. Ottavia Gonzaga Trivulzio e Grimaldi, Princesa de Mesolcina


Em 1713 o Reino de Nápoles passou do Rei da Espanha para o Sacro Imperador, em consequência dos Tratados de Utrecht. O Sacro Imperador Carlos VI recria o título de Duque d'Alvito, dessa vez como um título da Nobreza do Sacro Império Romano, concedendo o tratamento de Alteza Ducal ao Duque d'Alvito (Herzog von Alvito) Don Tolomeo IV Gonzaga Trivulzio Galli, 6º Duque e 21º Conde d'Alvito. O Sacro Imperador também criou o título subsidiário de Duque de Galli-Alvito, a ser herdado por toda a descendência masculina dos Duques d'Alvito, com o tratamento de Alteza.


Com a conquista dos Reinos de Nápoles e da Sicília pelo Infante D. Carlos de Bourbon-Espanha em 1738 (mais tarde Carlos III da Espanha), que assim tornou-se o Rei Carlo de Nápoles e da Sicília, o título de Duque d'Alvito, criado como um título no Pariato da Espanha, em 1596, depois criado novamente como o título do Sacro Império Romano-Germânico, em 1713, agora é novamente criado como um título no Pariato do Reino de Nápoles, em 1740, em favor de Don Francesco III Gonzaga Trivulzio Galli, 7º Duque e 22º Conde d'Alvito. 


Como sabemos, o Reino de Nápoles e da Sicília foram reunidos e criado o Reino das Duas Sicílias, em 1816, criando-se assim um novo Pariato, o Pariato do Reino das Duas Sicílias, todavia, mantendo os dois pariatos anteriores, o Pariato de Nápoles e o Pariato da Sicília, para a Nobreza criada nesses dois Reinos, antes de 1816. 


Príncipe Don Tolomeo II Galli e Valle, 2º Conde-Duque d'Alvito


Em 1861 o Reino das Duas Sicílias foi conquistado a força de armas, e unido de modo bastante ilegal ao Reino da Sardenha, para criado o Reino da Itália, que teria em seu Trono monarcas da Casa de Savoia. Neste período, era o 30º Conde e 15º Duque d'Alvito, Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Don Angelo I Gonzaga Trivulzio Galli, Príncipe do Sacro Império Romano, Duque e Príncipe de Mesolcina e do Sacro Império, Príncipe de Mesocco, que vivendo em Viena, permaneceu leal a Imperial Casa de Habsburgo, não reconhecendo a união forçada do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha, para a criação do novo Reino da Itália.


Os Reis da Casa de Savoia passaram a recriar os títulos da Nobreza das terras conquistadas, cujos detentores não fossem apoiadores de sua causa, e os conceder a outras famílias, que tenham demonstrado "lealdade" aos novos Reis. A família Vera d'Aragona, legitimamente Príncipes de Caposele, título esse de criação sabauda, em 1899, receberam do Rei da Itália um título novo, o de Duques d'Alvito, no Pariato do Reino da Itália, título novo, criado em 1899.


Todavia, como os Reis da Casa de Savoia não possuem jurisdição sobre a Espanha, o título de Duque d'Alvito, criado em favor da Casa de Galli, no Pariato do Reino da Espanha, em 1596 e confirmado em 1606 naquele mesmo Pariato, bem como a concessão no Sacro Império, em 1713, bem como a nova criação do título de Duque d'Alvito, agora no Pariato do Reino de Nápoles, em 1740, permanecem válidas, e hereditárias na Casa de Gonzaga Trivulzio Galli, que nunca aceitou a criação do título em favor da família Vera d'Aragona, e nisso, foi auxiliado por Sua Alteza Real o Príncipe D. Alfonso de Bourbon-Duas Sicílias, Conde de Caserta, Chefe da Casa Real das Duas Sicílias, que enviou um protesto a Corte Sabauda pela nova criação do título de Duque d'Alvito, em 1904, pois considerou ilegal a criação de um novo título, com o predicado Alvito, enquando a Casa de Gonzaga Trivulzio Galli, detentora de dito predicado, continuava a existir.


O Príncipe e Cardeal D. Tolomeo I Galli e Vailati, 1º Conde-Duque d'Alvito (+1606)


Em nossos dias, com o advento da internet e das redes sociais, algumas pessoas podem pensar que haja algum tipo de "disputa" entre mim, o 18º Príncipe e Duque de Mesolcina e 36º Conde e 21º Duque d'Alvito (21º Conde-Duque d'Alvito) e os herdeiros da Casa Vera d'Aragona... não poderiam estar mais enganados! Somos bons amigos!


Entendemos que nossos títulos apenas compartilham o mesmo predicado, porém, são títulos completamente distintos, o que cabe a Casa de Gonzaga Trivulzio Galli, criado pelo Rei Felipe II, em 1596, e o que cabe a família Vera d'Aragona criado pelo Rei Umberto I da Itália em 1899.


Outros tantos títulos compartilharam o mesmo predicado, sem ter entre si relação alguma... como o de Marquês de Abrantes, por exemplo: é um título português criado pelo Rei João V em 1718, bem como é um título brasileiro, criado pelo Imperador Pedro II, em 1854, também é um título espanhol, criado pelo Rei Felipe IV em 1642 como um Ducado! Três títulos com o mesmo predicado (Abrantes), porém sem qualquer ligação um com o outro...


Outro caso é o título de Marquês de Viana... esse título foi criado pelo Rei João VI de Portugal, Brasil e Algarves em 1821, e é também um título espanhol criado pelo Rei Alfonso XII em 1875... 


Isso sem mencionarmos o famoso título de Duque de Berwick, título criado pelo Rei James II em 1687, no Pariato da Inglaterra, e foi recentemente criado um novo título de Duque de Berwick, dessa vez pelo Alfonso XII da Espanha, em 1882!


Dando esses exemplos deixamos claro a existência de dois títulos de Duque d'Alvito, um criado pelo Rei Felipe II da Espanha, em 1596, elevação do Condado d'Alvito, criado no século XIII, confirmado pelo Rei Felipe III da Espanha em 1606, novamente criado, dessa vez pelo Sacro Imperador Carlos VI, em 1713, e criado novamente, em 1740 pelo Rei da Nápoles Carlo (mais tarde Carlos III da Espanha), sempre na mesma família Gonzaga Trivulzio Galli e na mesma sucessão masculina, até nossos dias.


E outro, criado em 1899 em favor da família Vera d'Aragona, pelo Rei Umberto I de Savoia. 


Por:


Sua Alteza Sereníssima o 

Príncipe Don Andrea Giangiacomo Teodoro Gonzaga Trivulzio Galli

18º Príncipe e Duque de Mesolcina, 18º Príncipe de Mesocco e do Sacro Império Romano-Germânico, 21º Duque e 36º Conde d'Alvito, etc.


Escreva para o autor, e-mail: mesolcina.it@gmail.com

quarta-feira, 6 de março de 2024

Guia Genealógico da Principesca e Ducal Casa de Gonzaga Trivulzio Galli de Mesolcina, Alvito e Castelgoffredo

 Caros Monarquistas, amantes da Genealogia, Leitores do Corriere della Mesolcina. Mais uma vez, como tornou-se já comum nas últimas décadas, a Casa Principesca de Mesolcina vem publicar a todos os que interessar possam-se, pelo seu Guia Genealógico.


O Guia Genealógico da Principesca e Ducal Casa de Mesolcina, é o Anuário Genealógico, publicado sob o Alto Patrocínio de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Andrea III Gonzaga Trivulzio Galli, XVIII Duque de Mesolcina, Príncipe do Sacro Império Romano, XXI Conde-Duque d'Alvito, Margrave de Castelgoffredo, Chefe da Sereníssima Casa de Mesolcina. 


Desejamos uma boa leitura a todos!