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terça-feira, 6 de setembro de 2011

PADROEIRO

SÃO LÁZARO DE BETÂNIA, ORAGO DA ORDEM

Sempre ouve o questionamento, de qual seria o Patrono, ou Orago da Ordem Militar e Hospitalária de São Lázaro de Jerusalém, São Lázaro de Betânia, ou São Lázaro o Mendicante. Ambos surgem dos Evangelhos, e com sérias diferenças: o primeiro era amigo íntimo de Jesus, irmão de Maria e Marta, proprietário de uma farta propriedade, em Betânia; o outro, porém, era pobre, mendicante, que vivia dos restos que caiam da mesa dos ricos, e que até isso lhe impediam de ter.

A confusão entre os Santos é muito antiga, na Idade Média, por erros de interpretação das Sagradas Escrituras, eram tidos como a mesma pessoa. Outro fato de confusão dá-se pela suspeita de que ambos os Santos tenha sucumbido pelo mesmo mal: a lepra.

Sem a menor sombra de dúvida o Santo Padroeiro da Ordem Militar e Hospitalária de São Lázaro de Jerusalém é São Lázaro de Betânia.

Lázaro de Betânia, na Judéia, irmão de Marta e Maria, deve à amizade de Jesus não só a sua estrondosa ressurreição do túmulo, mas também o culto com que a Igreja o honrou no curso dos séculos. Na hospitaleira casa de Betânia, a três milhas d Jerusalém, Jesus costumava fazer breves pausas de descanso confortado pelas atenções de Marta e Maria e pela sincera e confiante amizade do dono da casa.

Lembrando essa predileção do Redentor, todo ano (tem-se a notícia já no século IV) os católicos de Jerusalém, na Vigília (do Dia de Ramos) iam em procissão até Betânia e sobre o túmulo de São Lázaro, o Diácono Proclamava o Evangelho de São João, em que narra com muitos detalhes a ressurreição de São Lázaro.

São João é de fato, o único Evangelista que faz referência ao milagre da ressurreição de Lázaro. A narração, com insólita abundância de detalhes, constitui um dos pontos salientes do Quarto Evangelho, pois a resurreição de São Lázaro assume, além do fato histórico, o valor de símbolo e de profecia, como prefiguração da Ressurreição de Cristo. A casa de Betânia e o túmulo foram meta de peregrinação já na primeira época do Cristianismo, como refere o próprio São Jerônimo. Mais tarde, os peregrinos medievais nos informam que ao lado do túmulo de São Lázaro havia um Mosteiro Beneditino beneficiado pelo Imperador Carlos Magno.

Lázaro teve o privilégio de ter dois túmulos, pois morreu duas vezes.
O primeiro túmulo, de onde foi tirado e ressuscitado pelo Amor de Cristo ("Vejam quanto o amava, exclamaram os judeus ao perceberem uma lágrima de comoção no rosto de Jesus) ficou vazio, uma vez que uma antiga tradição oriental considera São Lázaro Bispo e Mártir de Chipre. Tal notícia, do século VI tomou consistência no ano 900, quando o Imperador Romano-Bizantino Leão VI, O Filósofo, fez transportar as Relíquias de São Lázaro de Chipre para Constantinopla. Antigos afrescos da encontrados na ilha parecem confirmar a presença de São Lázaro na Ilha de Chipre, onde faleceu Martirizado, após ser o Primeiro Bispo do lugar.

O dia da Festa Litúrgica de São Lázaro de Betânia é 17 de dezembro.  

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