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terça-feira, 27 de setembro de 2011

ZOG I, DA ALBÂNIA, REI, MUÇULMANO E LAZARISTA


A história que contarei hoje a meus Heróico Leitores tem seu título e conteúdo na publicada pela Revista Atavis et Armis, do Grão Priorado do Reino da Espanha, Edição número 24. Contaremos sobre a vida de um Cavaleiro Lazarista, que apesar de não ser Católico, nem ao menos Cristão, deu um grande exemplo de amor a seu povo e de Serviço a sua nação.

A Ordem de São Lázaro de Jerusalém tem se caracterizado, dês das suas origens, por ser uma Ordem Fiel aos Papas da Santa Igreja Católica Apostólica Romano, porém sempre com uma forte vocação Ecumênica. Esse seu Carisma, reconhecido através de sua Carta Magna, e por sempre fazer Cavaleiros e Damas de diversas fontes do Cristianismo, faz da Ordem Militar e Hospitalária de São Lázaro de Jerusalém a mais antiga Ordem de Cavalaria do mundo (se levarmos em conta a sua fundação no século I) e a única Ecumênica.

A Ordem marcha na Terra sempre abaixo da Proteção da Santa Cruz, porém seus braços abrigam a todos os que crêem no Deus Único e Verdadeiro. Mesmo assim, sempre fora necessário ser Cristão, membro de alguma Igreja tradicional e reconhecida pela Ordem para tornar-se um Lazarista, a exceção de Zog I, Rei da Albânia, que embora muçulmano, teve a graça de tornar-se Cavaleiro da Milícia e do Hospital.

Nascido Ahmet Zogolli, em 8 outubro de 1895, filho de Xhemal Pasa Zogolli, não nasceu príncipe, como a maioria dos demais Reis, seu pai era um grande proprietário de terras, que detinha Poderes Feudais na região albanesa de Mat, em um tempo em que a Albânia era uma província do decadente e arruinado Império Otomano.

Educado na Academia Imperial Galatasaray de Constantinopla. Após a I Guerra da Albânia, em que o país consegue uma precária independência e torna-se dependente do Império Austro-Húngaro, Zog é transferido para o Imperial e Régio Exercito da Áustria e Hungria, onde tornou-se Coronel. Após a queda da Monarquia na Áustria, em 1919, Zog retorna a Albânia, que agora é dependente dos Reis da Itália. Seu irmão mais velho, renunciado seus direitos feudais o torna Bey (governador hereditário) da cidadela de Mat, que na realidade era governada por suas três irmãs mais velhas.


Zog I e suas irmãs

A Albânia torna-se uma efêmera república, na qual Zog tem grande carreira política sempre apoiada pela Nobreza do país. Torna-se Governador, e Presidente da Albânia em 21 de janeiro de 1925, para um mandato de 7 anos.

Em 1º de setembro de 1928 é abolida a república na Albânia, sendo adotada a Monarquia Constitucional, e Zog é Eleito como Rei Zog I, dos Albaneses. Seu governo marcou grandes reformas. Apesar de ser o único Rei muçulmano da história de Europa, proibiu o véu islâmico para as mulheres da Albânia, proibiu os maus tratos aos animais, e gralduamente extingui o Sistema Feudal da Albânia.



No dia de sua Coroação, prestou juramento sobre a Bíblia e o Alcorão. Liberou o Culto Católico no Reino, e em 1929 aboliu a Lei Islâmica na Albânia. Seus atos pró Cristianismo foram as bases legais para a Ordem Militar e Hospitalária de São Lázaro de Jerusalém lhe homenagear incluindo ao Rei entre os Lazaristas do Grão Priorado da França, e a Rainha-Mãe entre as Damas de Honra da Ordem.


Zog I perdeu seu trono para o Rei o Rei Vítor Emanuel III, da Itália, que a pesar da grande popularidade do Rei Zog I, foi recebido com aplausos pelos Albaneses que viam com bons olhos a Monarquia Católica da Casa de Savoia da Itália.

O Rei Zog I partiu com a família para o exílio, primeiro em Londres, depois no Egito, após nos Estados Unidos, até finalmente ter residência fixa na França, onde faleceu, em 6 de abril de 1965, aos 61 anos de idade. 

Zog I, Rei dos Albaneses é exemplo de Cavaleiro Lazarista, engajado na luta pela liberdade de Culto, e pelo bem de sua Nação.  

Um comentário:

  1. ALBÂNIA A NAÇÃO QUE TIROU “DEUS” DO DICIONÁRIO EXPERIMENTA AVIVAMENTO
    http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2014/11/albania-nacao-que-tirou-deus-do.html

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