Matéria Publicada por Sujestão do Cavaleiro-Comendador I. A. Cantelli, Chanceler da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém no Brasil
Brasão d'Armas de Sua Santidade o Papa Bento XVI
Pelo Príncipe Andre Prinz von Trivulzio-Galli
Bento XVI recorda que a cura mais importante é a cura do pecado
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) – Recém-passada a Jornada Mundial dos Enfermos, na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, e fazendo referência ao Evangelho deste domingo (Mc 1,40-45), o papa Bento XVI voltou a falar do significado espiritual da doença.
Se no domingo anterior testemunhamos várias curas milagrosas, Jesus agora está em contato com a lepra, ou "a forma de doença considerada naquela época a mais grave de todas, a ponto de tornar uma pessoa ‘impura’ e excluí-la das relações sociais", observou o Santo Padre.
Jesus, porém, ao encontrar um leproso em uma aldeia da Galileia, tem um comportamento diferente. Quando o doente diz: "Se quiseres, podes me curar", Jesus não se afasta, mas, impulsionado pela participação íntima na sua condição, estende a mão e o toca, superando a proibição legal, e diz: "Quero. Sê purificado".
Nesta nova cura milagrosa e nas palavras de Cristo, está presente "toda a história da salvação, está encarnada a vontade de Deus de nos curar, de nos purificar do mal que desfigura e que arruína o nosso relacionamento", disse o Santo Padre.
Este ato de Jesus destrói "todas as barreiras entre Deus e as impurezas humanas, entre o sagrado e o seu oposto", continuou Bento XVI. Embora o mal esteja sempre presente, "o amor de Deus é mais forte" e derrota até mesmo o mal "mais contagioso e terrível". É como se Jesus “tivesse 'se tornado leproso' para que fôssemos purificados”.
Bento XVI mencionou a experiência de São Francisco de Assis com os leprosos. O santo padroeiro da Itália, em seu testamento, recorda: "Quando eu estava em pecado, parecia muito amargo ver os leprosos, e o próprio Senhor me conduziu até eles e eu tive deles misericórdia".
O santo, em seguida, fala de como a sensação de amargura se transformou em "doçura de alma e corpo". Ao abraçar um leproso, Francisco realiza a cura da sua "lepra espiritual", do seu orgulho, e se converte ao amor de Deus. "Esta é a vitória de Cristo, que é a nossa cura profunda e a nossa ressurreição para a vida nova!", comentou o Santo Padre.
Na invocação a Maria, o papa recordou a exortação "atemporal" que Nossa Senhora fez a Santa Bernadete: o convite à oração e à penitência.
"Através da sua Mãe, é sempre Jesus que vem até nós, para nos livrar de todas as doenças do corpo e da alma. Deixemo-nos tocar e nos purificar, e tenhamos misericórdia para com os nossos irmãos", concluiu o papa.
Lucas Marcolivio
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