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quarta-feira, 18 de julho de 2012

As confusões da "União dos Grandes Priores"


Muito já foi dito e escrito a respeito das imitações da Ordem de São Lázaro, porém, devido a numerosos pedidos de esclarecimento recebidos dos Fiéis Leitores deste Blog de Cavalaria, novamente escreveremos a respeito desta curiosa imitação de nossa Ordem, que auto denomina-se "União dos Grandes Priores da Ordem Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém".

A "União dos Grandes Priores" nasceu em 1995, não sendo uma Ordem de Cavalaria, pois não possui a mínima ligação com a verdadeira Ordem de São Lázaro, é apenas uma espécie de associação, criada por três elementos principais:
O primeiro, um inglês que autodenomina-se "Frà John, Barão de Dudley von Sydow von Holf".
O segundo é o escocês conhecido como Richard Comyns of Ludston;
E o terceiro, um tal Massimo J. Ellul.

Foto em que "Frà" John da a investidura ao escocês Richard Ludston:
apenas dois anos depois ambos estariam brigando em busca de poder interno

Ao que tudo indica, a fundação da "Union of the Grand Priores" nasceu como uma simples idéia associativa, nas mãos do já conhecido inglês "Frà" John, que rapidamente conquistou a simpatia de um pequeno grupo de escoceses protestantes, que por não poderem fazer parte da verdadeira Ordem de São Lázaro, muito apreciaram a idéia de unirem-se a ele.

Porém as brigas internas entre os três fundadores sempre foram presentes, e os motivos sempre foi o mesmo: "quem comandaria a União dos Grandes Priores?" Tal pergunta sempre intrigou a todos, uma vez que a dita "União", que dês do início de unida somente tinha o nome, deveria compor-se em uma "república", ou seja, sem um Grão Mestre, e seria comandada pelo conselho dos seus grandes priores. Porém este modelo, defendido por Richard Comyns of Ludston e por Max J. Ellul desagradava Frà John, que como fundador da dita "ordem" queria ser reconhecido como o único chefe da mesma.


Procissão na Inglaterra: "Frà" John em companhia de seus poucos seguidores

"Frà John, Barão de Dudley von Sydow von Holf" decide então que já era hora de demonstrar que era a única autoridade dentro da "União dos Grandes Priores", e sendo feito Grão Prior da Inglaterra, junta uma assembléia, que denominou de "Capítulo Geral da Inglaterra" onde foi "eleito" Chefe Supremo da dita organização. Richard Comyns of Ludston e Max J. Ellul logo reagem, e declaram nulo o "Capítulo Geral da Inglaterra", e em seguida proclamam o escocês Richard Comyns of Ludston como "Supremo Grão Prior", enquanto Max J. Ellul torna-se o "Grande Chanceler" da 'ordem'.

Neste pequeno ponto, a jovem associação já estava falida, e para sempre cindida: de um lado o Chefe Supremo, com governo restrito aos seus poucos seguidores na Inglaterra, do outro o Supremo Grão Prior e o Grão Chanceler, com ainda menos seguidores, o primeiro na Escócia, e o segundo em Malta.



A briga interna ainda existe, e está longe de ter um fim. Um dito Ortiz, brasileiro e cheio de sonhos, buscou seguir a "obediência" criada por Richard Comyns of Ludston e por Max J. Ellul, e fundou no Brasil um "grão priorado", porém as farsas desta dita "ordem" foram logo esclarecidas, e poucos seguidores lhe restou.

Em 2011, "Frà John, Barão de Dudley von Sydow von Holf" tentou novamente tomar o poder interno da "ordem",  e desta vez alega ter sido "eleito" "Mestre Geral" (Grão Mestre) da Ordem de São Lázaro, porém seus dois opositores se negam a lhe dar ouvidos, e lhe "expulsaram" da "ordem" por ele mesmo criada!


Curioso brasão utilizado por "Frà" John: Coroa de Barão, e brasão de Grão Mestre da Ordem de São Lázaro: tudo falso.
Se prestarem atenção, ao redor do escudo verão uma imitação do Grão Colar da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém.

A Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém foi fundada no ano de 370 d. C. na Terra Santa, sendo reconhecida pelos Reis da França, de Jerusalém e pelo Santo Padre o Papa. Já estiveram entre a lista de nossos Grão Mestres os Reis Luís XVI e Luís XVIII da França, além de numerosos Membros da Casa Real de Bourbon. Contamos com a Proteção Espiritual dos Beatos Patriarcas Católicos de Alexandria, de Jerusalém e de Todo o Oriente, sendo que o Grão Priorado do Brasil da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém foi fundado em 1935, sendo reconhecido pelo presidente da república Dr. Getúlio Vargas em 1936.

Temos orgulho em informar que nada temos a ver com as trapaças e fraudes da "União dos Grandes Priores", nem com nenhum de seus lunáticos Membros. O Grão Pior brasileiro chama-se Dr. Carlos Roberto P. Randy, Advogado formado na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a mais antiga do Brasil, sendo que jamais temos, ou teremos a menor ligação com qualquer outra entidade que imita nossas cerimônias ou vestimentas.

3 comentários:

  1. Parabéns Conde André Galli,é preciso desmascarar a farsa, e o sr,COMO VERDADEIRO NOBRE TITULADO, tem a propriedade e o conhecimento diferenciado para fazer isso.É incrível que vários lunáticos como o sr, diz, após a instalação no Brasil da "união dos grandes priores",apareceram uma chuva de indivíduos se autotitulando "comendadores",e outros se apresentando como barões,e viscondes como os do "principado da plataforma de petróleo abandonada",como se tivessem sido titulados por um legítimo chefe de casa real em reconhecimento a relevantes serviços prestados.Nobre confrade,descobrí que posso ser barão,conde,"Sir" basta ir neste site: http://www.sealandgov.org/title-pack/lordladybaronbaroness,e pagar um certo valor que posso ter o título de nobreza que eu quiser.Tem gente que se gaba disso e coloca até no curriculum, eu estou rindo até agora!

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  2. Caro Tenente Dário. O senhor está certo. É nosso dever desmascarar de uma vez por todas estas falsas "ordens" que hoje povoam nosso país. Pessoas sem as mínimas condições que são exigidas, hoje se dizem "cavaleiros da Ordem de São Lázaro", quando na verdade são "lunáticos dos Grandes Priores".
    Mas não devemos nos preocupar muito com isso, esta falsa "ordem" tem apenas 12 anos, é apenas uma pré-adolescente, e já sofre com grave crises, imagine se ela alcançará os mil anos como a nossa verdadeira Ordem?

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  3. The French Revolution and its immediate aftermath meant the total dissolution of the Order from France. In layman’s terms, the Order ceased to exist. In September 1792, the National Convention met and abolished the monarchy and established the First Republic of France. Since the Order had been primarily active in France from the 14th Century it follows that it was subject to all the political upheavals in that country, none more important to the Order than the decree by the Assembly from the Third Estate, on the 30th July 1791, which emphatically stated that all Orders of Chivalry were abolished. To date, the various governments of France have continued to uphold this decree. It is thus due to our constant need for historical accuracy that our chivalric organization emphatically states – in precisely the same manner of language as do all the governments in question, that the medieval Order of Saint Lazarus was thus extinguished in this particular era.

    Nonetheless, a number of individuals opted, from time to time, to resurrect the aura of the Order of Saint Lazarus. All of these modern day revivals are registered in their various countries of origins as an organization and not as a Chivalric Order. Stating the opposite is indeed considered in legal and historic circles as stating an interpolation and an untruth. Our chivalric organization has nothing whatsoever to do with such twisting of historic facts.

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