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sábado, 29 de dezembro de 2012

Novo Blog na Rede


Hoje temos o prazer de apresentar oficialmente um novo Blog, que promete ser "o mais badalado" quando o assunto for Nobreza e Aristocracia.

O endereço é este: mundo-nobreza.blogspot.com o Site é dirigido por um grupo de jovens jornalistas, que tratam os assuntos ligados à Realeza com um texto leve e descontraído.

 

Recomendamos a todos que acessem e leiam as postagens diárias deste novo site, que ao que tudo indica, será referência entre as Revistas Virtuais.

RECOMENDAMOS A LEITURA!!!.  

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

 

A Equipe de Redação do Blog de Cavalaria, bem como seu redator principal o Príncipe Andre Trivulzio-Galli, Príncipe da Casa de Mesolcina, desejam a todos os 40 mil Fiéis Leitores deste Blog de Cavalaria, que tenham um FELIZ NATAL.

Neste Tempo tão feliz que é o Tempo Natalino, todos nós devemos viver bem a reconciliação com os irmãos, bem como a reconciliação com nós mesmos, assim como o Jesus Menino, que hoje comemoramos Seu Nascimento nos ensinou.

A todos os Cavaleiros e Damas da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém, gostaríamos de desejar um especial Feliz Natal, e que neste Tempo, saibamos acudir a súplica e o clamor dos mais necessitados, assim como nos manda a nossa Amada Ordem de Cavalaria.

Que a grandiosidade e o fausto não esteja apenas em nossa própria Ceia, mas sim na Ceia de todos os Cristão.

BOAS FESTAS A TODOS!!!



S.A.S.  Príncipe Andre Trivulzio-Galli, GCLJ,
PRÍNCIPE DE MESOCCO,
Príncipe de Trivulzio-Galli, Conde della Loggia

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Deputado gay ataca o Papa e a Igreja



O deputado gay Jean Wyllys, PSOL, conhecido por defender causas em prol do homossexualismo atacou o Santo Padre o Papa, que chamou de "Nazista" e de "genocida em potencial". A atitude do referido deputado gay chocou milhares da Católicos brasileiros, que agora exigem uma retratação pública do referido Jean Wyllys de Matos Santos.

As acusações do parlamentar homossexual deram-se após as primeiras declarações Pontifícias pelo portal Twitter, que foram comemoradas por milhões de internautas em todo o mundo.

Uma das centenas de respostas de católicos indignados, foi tida como tão brilhante que pedimos licensa para a reproduzirmos na íntegra neste vosso Blog de Cavalaria. Tal resposta foi enviada por e-mail pela Sra. Renata Gusson ao e-mail jeanwyllys@camara.leg.br . Pedimos a todos os Cristãos que setiram-se ofendidos por ais declarações, enviem seus protestos ao referido e-mail.

 


São Paulo, 17 de dezembro de 2012.

V. Exa. deputado Jean Wyllys,

Chamo-me Renata e resido em São Paulo. Sou cidadã brasileira, casada, mãe de família e profissional.O intuito dessa mensagem é dirigir-me a V. Exa. no sentido de expor-lhe, data venia, minha indignação e repúdio a diversas mensagens que V. Exa. postou em seu twitter, como resposta à primeira mensagem oficial do Santo Padre enviada por este meio de comunicação.

O senhor, em uma clara mensagem que incita o ódio e a humilhação ao Papa, afirma diversas acusações contra a Igreja Católica. Duas coisas me chamaram a atenção: primeiro, o senhor, como uma pessoa pública e representante do povo brasileiro que o elegeu (este povo, que em último censo realizado pelo IBGE mostrou-se majoritariamente religioso), teve uma postura desrespeitosa e impertinente.
Gostaria de lembrá-lo que o Papa é um chefe de Estado. Aos chefes de Estado deve-se o respeito e a consideração, por mais que discordemos de suas posturas éticas, filosóficas ou religiosas. O senhor, neste ponto, considerou-se acima do respeito devido a um chefe de Estado.

Em segundo lugar, eu quero pedir-lhe que me envie as fontes "primárias" que comprovem TODAS as acusações que o senhor levantou contra a Igreja Católica. Quero lembrá-lo que, para tanto, será necessário ir às fontes, não aos impropérios que qualquer professor de cursinho repete, sem nem mesmo saber o que faz, nas aulas de História, completamente ideologizadas pela visão marxista antireligiosa.

O senhor em seus comentários deveria, por força de justiça, junto com suas acusações à Igreja, dizer quais foram os bens legados e ainda hoje mantidos pela MAIOR INSTITUIÇÃO DE CARIDADE EXISTENTE NA FACE DA TERRA. Se não o fez, prova que a intenção não era a de simplesmente discordar da visão do Santo Padre e da Igreja Católica, mas a de incitar o ódio contra eles. O senhor deveria, por exemplo, citar que a Igreja Católica criou os conceitos de:

- Universidade,
- Hospital (com seu ápice em São Camilo de Lelis, o qual foi o fundador dos padres e freiras que se dedicam aos cuidados dos doentes e que deu origem à "Cruz Vermelha")
- Atendimento "humanizado", baseado na antropologia cristã de que somos todos imagens e semelhança de Deus. Aqui, vale lembrar que na India, por exemplo, o sistema de castas afirma que existem os "intocáveis", que não devem nem ser tocados pelas pessoas de castas superiores - vide o trabalho de Madre Teresa de Calcutá)
- Avanço nos estudos astronômicos (uma pequena pesquisa pode fazê-lo ver que grande parte das estrelas e demais corpos celestes mais importantes receberam nomes de padres jesuítas, exímios astrônomos)
- Genética (o monge beneditino Gregor Mendel é considerado o pai da Genética por ter sido o primeiro a perceber que os fatores hereditários transmitiam-se de acordo com uma proporção matemática evidenciável)
- Cuidado de doentes incuráveis (os leprosários onde ninguém queria entrar eram cuidados por padres e freiras cujos nomes permanecem no mais total anonimato, mas que foram heróis da caridade, muitas vezes vindo a morrer pelas doenças transmitidas pelos doentes dos quais cuidavam desinteressadamente)
- Caridade: apesar de a máxima "fazer aos outro o que quer que ele lhe faça" ser universal, não podemos negar que ela encontrou um eco forte e vigoroso entre os cristãos, especialmente os católicos (vide São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, São Vicente de Paulo e tantos e tantos católicos que não vão nunca aparecer na mídia, mas que são os verdadeiros herois da humanidade)
- Ecologia - o respeito pela criação, que vibra tão pujantemente das palavras e ações do "pobre de Assis".
...

Como podemos evidenciar, deputado, sua mensagem deixou muita coisa por dizer. Evidenciou uma verdade distorcida, caluniadora e de fracos argumentos. Entendemos que, com isso, o senhor não teve uma verdadeira intenção de contrapor-se às ideias do Papa, mas em desrespeitá-lo e levar outros a fazer o mesmo.

Concluo esta mensagem pedindo-lhe que venha a público desculpar-se pelo viés causado por suas mensagens e também pedir-lhe que, em um próxima vez, lembre-se que com a fé das pessoas não se brinca; se respeita, por mais que delas discordemos.

Atenciosamente,

Renata Gusson 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Festa de São Lázaro de Betânia

 

Hoje a Santa Igreja Católica comemora a Festa de São Lázaro de Betânia, amigo de Jesus. Este importante Santo, que foi levantado do túmulo por Cristo, é comemorado do modo especial pelos Cavaleiros e Damas da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém.

 

Ontem, em uma especial Missa realizada na Catedral Nossa Senhora do Paraíso, na cidade de São Paulo, Dom Farès Maakaroun, Protetor Espiritual da Ordem de São Lázaro no Brasil, deu uma Bênção Especial a todos os Cavaleiros brasileiros.

 

Na Espanha o Grão Prior da Ordem de São Lázaro de Jerusalém marcou uma Missa Festiva, que será realizada em Madrid, no Monastério de São Domingos El Real, às 20 hs. (horário de Madrid).

Recuperando uma antiga tradição, na Espanha se rezará pelos Cavaleiros mortos da Ordem (ATAVIS), e se pedirá que intercedam a Deus pelos Cavaleiros que ainda vivem (ET ARMIS).

SÃO LÁZARO DE BETÂNIA: ROGAI POR NÓS. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

50 Anos da Ordem de São Lázaro na Irlanda

Foto da Delegação Oficial, recebida pelo Presidente da Irlanda
(Clique para ampliar)

Com a finalidade de comemorar os 50 anos de Instalação do Grão Priorado da Irlanda, uma Delegação Oficial da Ordem foi recebida pelo Presidente da República da Irlanda Sr. Michel Daniel Higgis.

A Delegação foi chefiada por Sua Alteza Real o Príncipe Dom Francisco de Bourbon, Duque de Sevilha, Príncipe de Sangue da França e Grão Mestre Emérito da Ordem, que no ato representou o Grão Mestre Marquês de Almanzán.

Para comemorar esta importante data, Sua Santidade o Papa Bento XVI enviou uma especial Bênção Apostólica, pela qual abençoou todos os Cavaleiros da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém pertencentes ao Grão Priorado da Irlanda.

Sua Majestade Católica o Rei Juan Carlos I da Espanha enviou uma especial Carta Régia, felicitando a todos os Cavaleiros da Irlanda, por esta especial data.

 
Sua Alteza Real o Príncipe Charles da Inglaterra, Príncipe de Gales.

Sua Alteza Real o Príncipe Charles de Gales, Herdeiro do Trono Britânico, enviou também uma especial nota, pela qual recordou as grandes ações caritativas que a Ordem realiza pelo mundo.

O Grão Priorado da Irlanda da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém foi instituído em 21 de setembro de 1962, como um Bailiado, no Castelo dos Lordes de Dusany, que foi o primeiro Chanceler da Ordem na Irlanda. Mais tarde o Bailiado foi promovido a Grão Priorado, sendo o atual Grão Prior o Cavaleiro Bernard Barton.


Foto tirada a alguns anos, de uma conversa entre o Grão Mestre da Ordem de São Lázaro
e o Príncipe Charles da Inglaterra.

Para comemorar esta importante data, foram cunhadas medalhas especiais, além de ter sido escrito um livro contando a história do Lazarismo na Irlanda, com prólogo escrito pelo Grão Mestre.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Investidura no Grão Priorado da Espanha

 
Brasão d'Armas do Grão Priorado da Espanha

Nestes últimos dias, o Grão Priorado do Reino da Espanha da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém vivenciou momentos de grande alegria, pela Solene Missa de Investidura dos novos Cavaleiros e Damas da Ordem da Milícia e do Hospital de São Lázaro.


Monastério de São Domigos, Sede do Grão Priorado da Espanha.

A Cerimônia foi oficiada no Monastério de São Domingos o Real, na Rua Claudio Coello, na Capital do Reino Espanhol. Estiveram presentes numerosos Membros da Nobreza, e autoridades em geral. Destaca-se a presença dos Membros da Família Real Espanhola: Sua Alteza o Príncipe e Grão Mestre da Ordem Sr. Dom Carlos Gereda de Bourbon, Marquês de Almanzán; do Sereníssimo Senhor Duque de Sevilha, Grão Mestre Emérito da Ordem, de seu filho, Dom Francisco de Bourbon, Coadjutor do Grão Magistério da Ordem.



Marcaram presença também o Marquês de La Lapilla, Grão Prior da Ordem na Espanha; do Embaixador de Mali e Sra., do Agregado da Defesa do Reino Unido na Espanha, Sr. Contra-Almirante Frederick Price. Compareceram também Delegações enviadas pelos Grão Priorados de Portugal, Áustria, Inglaterra, França, Escócia, Alemanha, entre tantas outras.

Início da Procissão da Santa Missa


Entrada do Grão Mestre (Marquês de Almanzán) e do Grão Mestre Emérito (Duque de Sevilha).

Numerosas Confrarias Nobiliárias prestigiaram esta Investidura da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém, Acre e Boigny, destaca-se a presença da Ordem Constantiniana de São Jorge (Reino das Duas Sicílias), do Corpo da Nobreza do Principado das Austúrias, da Imperial Ordem Hispânica de Carlos V, do Real Colégio Nobiliárquico, da Mastranza de Castilha, da Casa Troncal das Doze Linhagens de Sória, entre outras tantas.


Foram Investidos os novos Cavaleiros e Damas:

Como Capelão Maior:Ilmo. Sr. Revdo. Padre Jaime Martin Grados Reguero.
Como Grandes Cruzes de Justiça:Excmo. Sr. Excmo. José Mª Álvarez del Manzano y López del Hierro.
Excmo. Sr. Almirante Antonio González-Aller y Suevos.
Como Damas de Graça:Ilma. Sra. Noemí Galmés Morales
Ilma. Sra. Marcela Alejandra Rousober Estevez
Como Cavaleiros de Justiça:Ilmo. Sr. José Coma-Matute y Casas
Ilmo. Sr. Francisco de Paula Fernández Portillo y Alcaraz

Como Cabaleiros de Graça:Ilmo. Sr. Juan Rafael Aliaga y Montilla
Ilmo. Sr. Manuel Ángel Álvarez de Ron y Sela
Ilmo. Sr. Antonio Calvo Rubio
Ilmo. Sr. Ramón Clua Sánchez
Ilmo. Sr. Francisco Javier de Arribi Iglesias
Ilmo. Sr. Matías de Tezanos Posse
Ilmo. Sr. Sergio Fernández de Córdova
Ilmo. Sr. José Félix Heredero Ambrós
Ilmo. Sr. Rafael Morales Morales
Ilmo. Sr. Jorge Oliver Hernández Nieto
Ilmo. Sr. David Peyron Liaño
Ilmo. Sr. Juan Rodríguez Hernández
Ilmo. Sr. Antonio Ruiz-Giménez Úbeda
Ilmo. Sr. Jesús Miguel  Sánchez Díaz
Ilmo. Sr. Pedro Sanfeliu Gili
Ilmo. Sr. Carlos Ramón Verdú y Sancho.
Ilmo. Sr. Philipp Ploner
Ilmo. Sr. Federico Bisquert Lafuente

Comendador de Graça:Ilmo. Sr. Oliver Goedecke.


O Coadjutor da Ordem apadrinhando um Cavaleiro.

Ao final da Cerimônia de Investidura fora entregue ao Ilustríssimo Senhor Marquês de Armunia as Insígnias, Prior do Grão Priorado da Espanha, que haviam pertencido a seu irmão, o Ilustríssimo Sr. Marquês de Távora, falecido recentemente em um acidente aéreo.

A Mesa do Grão Mestre

Um festivo almoço foi servido ao término da Cerimônia, tendo lugar no famoso Hotel de Los Galgos.  

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Últimas Notícias: FALECIMENTO DO CONDE DE FERRES


É com grande pesar que o Grão Priorado do Brasil da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém anuncia o Falecimento do CONDE DE FERRES, Grão Prior Emérito desta Ordem de Cavalaria no Grão Priorado da Inglaterra e Gales.

Sua Graça Robert Washington Sirley, XIII Conde de Ferres faleceu serenamente às 6:30 hs no Hospital de Londres.

Nascido em 08 de junho de 1929, também possuía os títulos de Visconde de Tamworth e de Barão de Ferres. Fora Ministro de Estado de Sua Majestade a Rainha da Inglaterra, sendo que serviu a Coroa como Ministro do Interior, Ministro do Meio Ambiente e 2º Lider da Câmara dos Lordes.

As virtudes do Lord Ferres são muitas para serem aqui listadas, basta se dizer que por toda a sua vida fora um cristão devoto, e um digníssimo Cavaleiro da Ordem de São Lázaro. Como Grão Prior da Ordem para a Inglaterra e Gales sempre serviu com nobreza os interesses do Lazarismo naqueles Reinos.

Peçamos a todos que rezem por sua alma.

ATAVIS ET ARMIS.  

domingo, 4 de novembro de 2012

Os Títulos de Nobreza e Sua Aceitação pela Sacra Milícia


Brasão da Casa Principesca de Trivulzio-Galli,
Reconhecida Casa Principesca Italiana do Sacrossanto Império Romano-Germânico.

Muitas pessoas têm entrado em contato com o Grão Bailiado do Brasil, para saberem quais são os títulos de Nobreza aceitos pela Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, para que o Titular seja aceito nas Categorias de Honra e Devoção e de Graça e Devoção da Ordem.

 
Brasão da Casa Real da Baviera.

Tais questionamentos tem sido motivados, pelo aparecimento de uma enorme série de "novos titulares", cujas Mercês tem sido recentemente conferidas por chefes de casas que se auto-intitulam "reais". Tal fenômeno é devido pelo fato, de que muito são realmente levados a crer que sejam príncipes, baseados em genealogias forçadas e extravagantes.

  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Royal_Arms_of_Denmark_%281903-1948%29.svg/200px-Royal_Arms_of_Denmark_%281903-1948%29.svg.png
Brasão da Casa Real de Oldemburg

Mas afinal, quais são os critérios para a aceitação de um título como legítimo pela Sacra Milícia? O Estatuto da Ordem, somado com o Decreto Magistral nº 26 de 1995, que regulamentou o Ofício dos Juízes de Armas da Ordem, ambos assinados pelo Príncipe e Grão Mestre da Ordem nos ensinam quais sãos os métodos utilizados para a avaliação. Vamos a eles:

I QUE O TÍTULO SEJA DE INQUESTIONÁVEL NOBREZA

Segundo o Art. 8º § 2º das Leis Gerais da Ordem é claro ao afirmar que é critério que o título seja de reconhecida Nobreza, ou seja, o título deve ter sido Concedido por um Rei, ou ainda pelo Chefe da uma legítima e autêntica Casa Real.

Muitos são os casos de "chefes" de falsas "casas reais" que estão emitindo títulos no Brasil. Estes supostos príncipes se dizem descendentes de Dinastias que já estão extintas a séculos, e foram extintas justamente pela falta de herdeiros legítimos. Outros tantos afirmam que possuem poderes dados pelo Império Romano do Oriente, também chamado de Império Bizantino, porém isso são é digno de qualquer legitimidade.

 
Brasão da Casa Real de Bourbon-Parma
Duques de Parma e Grão-Duques do Luxemburgo.

Atualmente, SOMENTE estas Casas Reais podem conferir títulos de Nobreza válidos:

- Casa Pontifícia (Santa Sé, Vaticano);
- Sacrossanto Império Romano-Germânico (Casa Imperial e Real de Habsburgo);
Reino da Albânia (Casa Real de Zogu);
- Ducado de Alvito (Casa Principesca e Ducal de Trivulzio-Galli);
Principado de Andorra (Bispado de Urgel);
Ducado de Anhalt (Casa Principesca de Ascânia);
Império da Áustria (Casa Imperial e Real da Habsburgo);
Grão-Ducado de Badem (Casa Grão Ducal de Zähringen);
Reino da Baviera (Casa Real de Wittlesbach);
Reino da Bélgica (Casa Real de Saxe-Coburgo Gotha);
Império do Brasil (Casa Imperial de Bragança);
Ducado de Brunswick (Casa Principesca dos Guelfas);
Reino da Bulgária (Casa Real de Saxe-Coburgo Gotha);
Reino da Croácia (Casa Real de Savoia-Aosta);
- Reino da Dinamarca (Casa Real de Oldenburg);
- Reino das Duas Sicílias (Casa Real de Bourbon-Nápoles)
- Reino da Espanha (Casa Real de Bourbon-Espanha);
Reino da França (Casa Real de Bourbon/Anjou)
- Casa Imperial da França (Casa Imperial de Bonaparte)
- Reino da Finlândia (Casa Real de Hesse);
- Reino da Geórgia (Casa Real de Bragation);
- Reino Unido da Grã Bretanha (Casa Real de Saxe-Coburgo Gotha/ Windsor)
- Reino da Grécia (Casa Real de Oldemburg);
- Reino de Hanôver (Casa Real dos Guelfas);
- Ducado de Hesse-Kassel (Casa Principesca de Lorena-Brabante)
- Grão-Ducado de Hesse-Rhine (Casa Principesca de Lorena-Brabante);
- Principado de Hohenzollern-Hechingen (Casa Real de Hohenzollern);
- Principado de Hohenzollern-Sigmaringen (Casa Principesca de Hohenzollern-Sigmaringen);
- Ducado de Schleswig-Augustenburg (Casa Ducal de Oldenburg);
- Principado de Schwarzburg (Casa Principesca de Schwarzburg);
- Reino da Hungria (Casa Imperial e Real de Habsburgo);
- Reino da Islândia (Casa Real de Oldemburg);
- Reino da Itália (Casa Real de Savoia);
- Reino da Iugoslávia (Casa Real de Karageorgevich);
- Principado de Liechtenstein (Casa Principesca de Liechtenstein);
- Principado de Lippe (Casa Principesca de Lippe);
- Reino da Lituânia (Casa Real de Urach);
- Reino Lombardo-Veneziano (Casa Imperial e Real de Habsburgo);
- Grão-Ducado do Luxemburgo (Casa Real de Bourbon-Nassau);
- Ducado de Massa e Carrara (Casa Principesca Sybo Malaspina);
- Grão-Ducado de Mecklenburg (Casa Principesca de Mecklenburg);
- Principado de Mesolcina (Casa Principesca de Trivulzio-Galli);
- Império do México (Casa Imperial de Iturbide);
- Ducado de Milão (Casa Imperial e Real de Habsburgo);
- Ducado de Modena e Reggio (Casa Real de Habsburgo-Est);
- Principado do Mônaco (Casa Principesca de Grimaldi);
- Reino de Montenegro (Casa Real de Petrovich-Njegosch);
- Reino da Noruega (Casa Real de Oldemburg);
- Grão-Ducado de Oldemburgo (Casa Real de Oldemburg);
- Ducado de Orléans (Casa Principesca de Orléans);
- Reino dos Países Baixos (Casa Real de Nassau);
- Ducado de Parma (Casa Real e Ducal de Bourbon-Parma);
- Principado de Piombio (Casa Principesca de Boncampagni-Ludovisi)
- Reino de Portugal (Casa Real de Bragança);
- Reino da Prússia (Casa Real de Hohenzollern);
- Principado de Reuss (Casa Principesca de Reuss-Elder);
- Reino da Romênia (Casa Real de Hohenzollern);
- Reino de Ruanda (Casa Real de Ndahindurwa);
- Império da Rússia (Casa Imperial de Oldemburg-Romanov)
- Grão-Ducado de Saxe-Weimar-Eisenach (Casa Real de Saxe-Cobrugo/ Wettin);
- Ducado de Saxe Meiningen (Casa Real de Saxe-Coburgo/Wettin);
- Ducado de Saxe von Altemburg (Casa Real de Saxe-Coburgo/Wettin);
- Ducado de Saxe-Coburgo-Gotha (Casa Real de Saxe-Cobrugo/Wettin);
- Ducado da Saxônia (Casa Real de Saxe-Coburgo/Wettin);
- Principado de Schaumburg-Lippe (Casa Principesca de Lippe);
- Reino da Sérvia (Casa Real de Obrenovic);
- Reino da Suécia (Casa Real de Bernardotte);
- Grão-Ducado da Toscana (Casa Imperial e Real de Habsburgo-Lorena);
- Principado de Waldeck (Casa Principesca de Waldeck);
- Reino de Wurttemburg (Casa Real de Wurttemburg);

Para além dos títulos Concedidos por qualquer uma das Casa Reais e Principescas acima listadas NENHUM outro título será reconhecido como válido pelo Grão Priorado do Brasil da Sacra Milícia.

Chefes de igrejas ditas como "tradicionais" não tem autoridade reconhecida para criar quaisquer títulos de Nobreza. Lembramos a todos que o Santo Padre o Papa não pode criar títulos de Nobreza apenas por ser o Sumo Pontífice da Igreja Católica, Ele os cria por ser o Rei da Cidade-Estado do Vaticano.

CONTINUA...

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia dos Finados


Caros amigos, Irmãos de Hábito, Fiéis Leitores, gostaria de hoje, dia em que a Santa Igreja Católica nos lembra a memória dos seus fiéis falecidos, de propor a todos uma reflexão acerca dos grandes Cavaleiros de nossa Ordem, que apesar de já não estarem entre nós, representaram muito para a Sacra Milícia em todo o Mundo.

Sem dúvidas, primeiramente devemos nos recordar dos primeiros Militenses, que estando na Terra Santa, fundaram nossa Ordem, baseada no amor aos que mais sofriam, e deram suas vidas à essa causa. Lembremo-nos do Bem-Aventurado Bartolomeo de Breganze, IV Grão-Mestre da nossa Ordem.




Lembremo-nos dos Cavaleiros que, revestidos tanto da Couraça da Coragem e do Heroísmo, quanto da Couraça de ferro da Cavalaria, lutaram nas Batalhas que nos garantiram a posse locais, antes tomados pela heresia anti-Católica. Lembremo-nos dos Santos Cavaleiros Militenses, que apesar de suas virtudes e coragem, não lembramos ou não sabemos o nome, e que tornaram-se "Santos, Mártires e Anônimos" em prol da Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa.

Lembremo-nos de nossos falecidos Grão Mestres, que ao longos dos séculos, dedicaram suas vidas ao amor à Ordem, e que deixaram mais do que obras, nos deixaram os exemplos de suas vidas.




Lembremo-nos dos Militenses que batalharam pela Ordem em nossa Pátria, como os falecidos Cavaleiros:
Conde Dom Francisco d'Aquino Corrêa, Arcebispo de Cuiabá, Grão Prior entre os anos de 1935 a 1952.
Conde Jocek P. W. Zaniewicki, Secretário Geral do Grão-Bailiado entre os anos de 1972 a 1979. E finalmente 
Raymond Youssef Kenj, Cavaleiro da Grã-Cruz da Ordem, falecido em 03 de julho de 2009, e que dês de 1979 esteve a frente de nosso Grão Bailiado.

Memoramos as palavras do sábio Padre Antonio Vieira, em seus grandes Sermões:



"Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais: ambas grandes, ambas tristes, ambas tenebrosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para a crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura; mas a futura vêem-na os olhos; a presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? PULVIS ES, ET IN PULVEREM REVERTERIS. Sois pó e em pó vos haveis de converter. Sois pó é a presente; em pós vos haveis de converter, é a futura. O pó futuro, o pó em que vos haveis de converter , vêem-nos os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos vêem, nem o entendimento o alcança."

Pe. Antonio Vieira
Sermão de Quarta-Feira de Cinzas
Pregado em Roma na igreja de Santo Antônio dos Portugueses,
no ano de 1672

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A História da Lepra no Brasil: 3ª Parte

O HOSPITAL DE LÁZAROS DA IMPERIAL CIDADE DE SÃO PAULO E A ASSEMBLÉIA PROVINCIAL

Parte III

 

 Fracasso do projeto dos Hospitais de Lázaros

Em atenção ao alerta dado pelo Presidente da Província, a Assembléia Provincial, por sua Comissão de Constituição, Justiça e Força Policial, composta pelos deputados Antônio Mariano de Azevedo Marques, Antônio Dias de Toledo e Rodrigo Antônio Monteiro de Barros, apresentou um projeto de lei, de nº 33 de 1837, no qual se autorizava o Presidente da Província a construir Hospitais de Lázaros "nos pontos mais centrais de cada uma das estradas do interior da Província, e um pouco fora das povoações", solicitando os "indispensáveis socorros pecuniários" das Associações Religiosas de Caridade e de entidades filantrópicas particulares. O projeto nº 33/1837 também determinava que, construídos os hospitais, as autoridades policiais de todos os municípios tinham a obrigação de remeterem os doentes, os quais seriam tratados às suas custas, para os que tivessem mais recursos, ou, então, com os recursos das rendas do hospital para os pobres. Também estabelecia que os escravos seriam "tratados à custa dos senhores, ainda que estes lhe tenham conferido a liberdade". Por fim, em seu quarto e último artigo, determinava-se que:
"Fica recomendado às ditas autoridades o emprego de toda a delicadeza, doçura e caridade, para que a dita remessa se faça com o menor vexame dos pacientes e com o segredo e cautelas que exigirem os mesmos."
Em seu discurso de encerramento da sessão legislativa de 1837, feito em 11 de março de 1837, o presidente da Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo, o Senador e Deputado Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, anunciou a aprovação do projeto nº 33/1837. No entanto, ele acabou não sendo sancionado, muito provavelmente em razão de os recursos para a sua construção não serem provenientes do Orçamento e também, o que talvez fosse a principal causa, pela determinação de que competia aos senhores de escravos as custas do tratamento dos escravos enfermos. Neste último caso, dado o fato de que não havia cura para a hanseníase, era prática corrente os escravos serem libertos pelos seus senhores para que estes não arcassem com as custas.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Esclarecimento acerca da Declaração da Santa Sé sobre as Ordens de Cavalaria

 

Fiéis Leitores deste vosso Blog de Cavalaria. A postagem de hoje, nem de longe tem por missão alguma tentativa de “resposta” à Santa Sé, pois Católicos que somos, temos a consciência de que a Santa Igreja de Roma é Soberana para julgar o que melhor lhe prouver, porém, Católicos que somos, temos o dever de saber como interpretar o que a Cátedra de Pedro nos envia.

Está sendo divulgado na internet uma matéria, veiculada ao Site do Vaticano, que tem por tema o posicionamento que tem a Santa Sé quando o assunto são as Ordens de Cavalaria.

No Comunicado, a Igreja de Cristo reitera que somente reconhece como legítimas as cinco Ordens de Cavalaria da Cidade do Vaticano, que são:
Suprema Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (Ordem de Cristo);
Ordem da Espora de Ouro;
Ordem Pia;
Ordem de São Gregório Magno;
Ordem de São Silvestre.

O mesmo comunicado anuncia ainda que para alem destas cinco Ordens, a Santa Sé apenas reconhece mais duas:
Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Nosso Senhor Jesus Cristo; 
e a
Soberana Ordem Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém, dita de Rodes, dita de Malta.

Este comunicado não trouxe nenhuma surpresa para nós, estudiosos das Ordens de Cavalaria, pois como todos sabemos, estas sete Ordens de Cavalaria tem o Santo Padre o Papa por Soberano, e desta forma ele próprio as reconhece como “suas”.


Muitos então tem questionado: “E onde está então a Sacra Milícia?”. É para responder a este questionamento que escrevemos estas linhas: a Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, de fato, não está no rol de Ordens ditas “reconhecidas” pela Santa Sé, mas isto faz dela uma Ordem menos autêntica do que as outras?

A resposta para a pergunta cima feita é um sonoro “NÃO”. Embora o reconhecimento feito pela Santa Sé seja muito bem-vindo, ele não é fundamental para a existência ou não de uma Ordem de Cavalaria. Devemos nos lembrar das dezenas de Ordens de Cavalaria, que não foram listadas no Comunicado, e não por isso perderão sua Legitimidade.


O que será então da Ordem de Santa Maria dos Teutônicos? Como todos sabem, a Ordem Teutônica faz parte da própria estrutura da Igreja Católica, e sendo Ordem de Cavalaria, não foi listada como "reconhecida" pela Santa Sé, embora d’Ela faça parte.


Perguntaria: Como pode ser visto, nenhuma das quatro principais Ordens do Reino da Espanha – Ordem de São Tiago, Ordem de Calatrava, Ordem de Alcântara e Ordem de Montesa – foram mencionadas na Lista da Santa Sé, deveria então Sua Majestade Católica o Rei da Espanha, deixá-las de lado, e esquecer mais de mil anos de história?


Como fora bem visto acima, nem ao menos a Ordem do Tosão de Ouro, a mais importante Ordem de Cavalaria do mundo fora listada entre as “reconhecidas”, deveriam então o Arquiduque da Áustria e o Rei da Espanha deixarem de conferi-la? 


O que será então da Suprema Ordem da Santíssima Anunciada e da Real Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar dos Santos Maurício e São Lázaro, ambas as Ordens pertencentes à Casa Real da Itália? Como bem visto, não são ditas "reconhecidas", deveria então o Duque de Savoia às esquecer? 


E a Ordem Constantiniana de São Jorge, apontada por muitos como a mais antiga da Cristandade, o que seria dela, uma vez que não fora listada pela Santa Sé, mas é porém reconhecida como autêntica pelo Governo da Itália. Por um acaso o Chefe da Casa Real das Duas Sicílias deveria deixar de outorgá-la?

A resposta para todas as perguntas acima é apenas uma: NÃO. Todas as Ordens de Cavalaria listadas aqui são verdadeiras, independente de serem ou não tidas como "reconhecidas" pelo Vaticano. Todas estas Ordens reúnem a Fina-Flor da Nobreza Européia, que somente confia nas verdadeiras Ordens de Cavalaria.

A Sacra Milícia já foi por diversas vezes reconhecida por numerosos Cardeais e Bispos, que dela fazem parte, sendo que desta forma, JÁ FOI reconhecida de IURIS pela Igreja Católica.

São numerosos os Reis, Príncipes e Nobres que fazem, ou fizeram parte da Sacra Milícia, bem como, das outros Ordens acima listadas. Como poderiam tantos Reis tomarem parte em Ordens "ilegítimas"?

Como já mencionado acima, somos Católicos, e o Reconhecimento da Santa Sé para com todas as Ordens de Cavalaria aqui listadas seria muito bom, porém tal reconhecimento não é requisito para a legítima continuidade das mesmas.

DEO FAVENTE.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Igreja de Cristo e a maçonaria


VOZ DO PASTOR
Mensagem do Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro IN MEMORIAN


Sobre a Maçonaria Desde o Papa Clemente XII, com a Constituição Apostólica “In eminenti”, de 28 de abril de 1738 até nossos dias, a Igreja tem proibido aos fiéis a adesão à Maçonaria ou associações maçônicas. Após o Concílio Vaticano II, houve quem levantasse a possibilidade de o católico, conservando a sua identidade, ingressar na Maçonaria. Igualmente, se questionou a qual entidade se aplicava o interdito, pois há várias correntes: se à anglo-saxônica ou à franco-maçonaria, a atéia e a deísta, anti-clerical ou de tendência católica. Para superar essa interrogação, o Documento da Congregação para a Doutrina da Fé, com data de 26 de novembro de 1983, e que trata da atitude oficial da Igreja frente à Maçonaria, utiliza a expressão “associações maçônicas”, sem distinguir uma das outras. É vedado a todos nós, eclesiásticos ou leigos, ingressar nessa organização e quem o fizer, está “em estado de pecado grave e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão”.

Entretanto, quem a elas se associar de boa fé e ignorando penalidades, não pecou gravemente. Permanecer após tomar conhecimento da posição da Igreja, seria formalizar o ato de desobediência em matéria grave. A Congregação, no mesmo Documento de 26 de novembro de 1983, declara que “não compete às autoridades eclesiásticas locais (Conferência Episcopal, Bispos, párocos, sacerdotes, religiosos) pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com um juízo que implique derrogação do quanto acima estabelecido”. O texto faz referência à Declaração de 17 de fevereiro de 1981, que reservava à Sé Apostólica qualquer pronunciamento que implicasse em derrogação da lei canônica em vigor. Tratava-se do cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917, que previa excomunhão “ipso facto” a quem ingressasse na Maçonaria. Reconhecer uma incompatibilidade doutrinária não implica fomentar um clima de hostilidade. Preservar a própria identidade e defendê-la, não significa incentivar atritos. Aliás, somente o respeito à Verdade facilita a paz e a busca da concórdia entre os indivíduos. O novo Código de Direito Canônico assim se expressa: “Quem se inscreve em alguma associação que conspira contra a Igreja, seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações, seja punido com interdito” (cânon 1374).

No dia seguinte à entrada em vigor do novo Código, isto é, 26 de novembro, é publicada a citada Declaração com a aprovação do Santo Padre. Diz o Documento que a Maçonaria não vem expressamente citada por um critério redacional e acrescenta: “Permanece, portanto, inalterado o parecer negativo da Igreja, a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a Doutrina da Igreja e, por isso, permanece proibida a inscrição nelas. Em 1997, a Livraria do Vaticano editou uma obra intitulada “A Maçonaria nas disposições do Código de Direito Canônico de 1917 e de 1983”, de autoria de Zbigniew Suchecki. O sucesso levou à tradução para o italiano de outro livro do mesmo autor. Eu fazia parte da Comissão do novo Código, na parte final da elaboração. Recordo-me bem. Houve uma emenda para fazer permanecer, de modo explícito, a condenação à Maçonaria, como foi obtido para o aborto, com excomunhão “latae sententiae”. A votação, no caso do abortamento, alcançou os dois terços requeridos e foi incluído o termo. No que se refere à Maçonaria, houve maioria em favor da explicitação da mesma associação, mas não com o índice requerido. Nos debates prévios foi alegado não ser necessário, pois o texto já continha uma proibição implícita.

Dom Boaventura Kloppenburg, em sua obra “Igreja e Maçonaria: conciliação possível?” recentemente reeditado em 4ª edição pela “Vozes”, trata profusamente deste assunto, no capítulo “Dos princípios do liberalismo religioso à maçonaria brasileira”. E no capítulo XI, “O Maçom perante a Igreja católica – As razões da condenação da Maçonaria” – Frontal oposição de doutrinas”. Outra obra recém-publicada pela Editora “Santuário” é “Maçonaria e Igreja católica”, de Dom João Evangelista Martins Terra.

Permanecendo a proibição no ensinamento da Igreja, houve nesse período pós-conciliar uma profunda modificação no relacionamento entre pessoas, entre católicos e maçons. Embora permanecendo separadas, existe um clima de respeito mútuo que permite um diálogo. O exemplo foi o aparecimento de reuniões entre católicos e maçons para estudo como o de uma Comissão das Grandes Lojas reunidas da Alemanha e a Conferência Episcopal Alemã, de 1974 a 1980. A Declaração final do Episcopado alemão evidencia a incompatibilidade, pois a maçonaria não mudou em sua essência. A pesquisa acurada sobre rituais e os fundamentos dessa instituição demonstra a existência de doutrinas que se excluem. Entre as causas dessa separação, enumera: a ideologia dos maçons, o conceito de Verdade, de Religião, de Deus, a Revelação, sobre a tolerância, os ritos, a perfeição do homem e a espiritualidade. De outro lado, a realidade alemã vê a possibilidade de colaboração pastoral na área da Justiça Social e Direitos Humanos. O fato de existirem eclesiásticos na maçonaria prova que há falhas na disciplina. São dadas explicações, não justificativas, baseadas em situações históricas, como no caso da Independência do Brasil. Dom Boaventura Kloppenburg, em sua obra examina o assunto e o reduz a dimensões reais O respeito mútuo e a fidelidade aos ensinamentos da Igreja nos possibilitam uma convivência pacífica com os irmãos maçons.

Mensagem do Cardeal D. Eugênio de Araújo Sales Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A História da Lepra no Brasil: 2ª Parte

O HOSPITAL DE LÁZAROS DA IMPERIAL CIDADE DE SÃO PAULO E A ASSEMBLÉIA PROVINCIAL

PARTE II 


Em 1802, o governador da Capitania de São Paulo, o Capitão-General Antônio José de Franca e Horta, e também Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, tomou a iniciativa de instalar um lazareto na Cidade de São Paulo. Adquiriu um terreno perto do Convento da Luz, doando-o à Santa Casa. Com recursos oriundos de uma subscrição pública, ali se edificou uma casa para serem confinados os doentes que perambulavam pela Cidade, conhecida desde então como o Hospital de Lázaros. Este Hospital também foi beneficiado por outra determinação de Horta, que buscou abolir um costume da época. O governador da Capitania, em 1810, determinou que as mulheres fossem proibidas de andar ocultas com chapéus sobre baetas (traje que era quase uma espécie de xador muçulmano) e o produto das multas seria aplicado em favor do Hospital dos Lázaros. Tal vestimenta deixou de ser usada, mas foi substituída pelas mantilhas - uso que perdurou quase até o final do século XIX.
Relatórios da época assim descreviam o Hospital de Lázaros, situado à rua João Teodoro:
"É uma casa, que nem é forrada, nem assoalhada, com dois grandes corredores divididos por uma parede, e em um destes corredores existem os homens, em outro as mulheres. Alguns quartos há separados, mas são só do lado dos homens, de maneira que as mulheres se não podem aproveitar deste cômodo. Não há ali um Cirurgião, não há um Eclesiástico..."
Ali trabalhavam uma cozinheira, um zelador, que por vezes era chamado de enfermeiro, e ocasionalmente um servente, e o médico só fazia visitas semanais.
Este lazareto, como era de se esperar, teve uma existência precária em razão de não ter conseguido obter uma fonte de recursos estável.

A Assembléia Provincial
A Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo, pelo Ato Adicional de 1834, obteve a prerrogativa de receber a sujeição das irmandades religiosas paulistas ao governo, já que, como se sabe, a Igreja Católica foi a religião oficial do Estado brasileiro até 1889. Por isso, a Assembléia decretou a Lei nº 2, de 9 de Fevereiro de 1836, na qual era aprovado o Compromisso da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Nele, definia-se que a Santa Casa seria administrada por uma Mesa, que tinha entre seus componentes o Mordomo do Hospital dos Lázaros, a quem competia zelar pela sua administração econômica e regularidade. O compromisso também estabelecia que todas as esmolas recolhidas pelos Esmoleres da Santa Casa seriam aplicadas para a manutenção do Hospital dos Lázaros. Também aqui é importante observar que não havia na época uma rede pública de saúde e que este serviço era prestado à população dos municípios por instituições religiosas, como a Santa Casa, ou laicas - daí a destinação de recursos por meio do Orçamento da Província ou, então, pela concessão de loterias para tais entidades, além de sua manutenção, como se viu acima, pela caridade pública.
Na mensagem apresentada pelo Presidente da Província, Bernardo José Pinto Gavião Peixoto, à Assembléia Legislativa Provincial, em 7 de janeiro de 1837, no capítulo referente à saúde pública, tratava-se do flagelo das moléstias que acometiam São Paulo. Peixoto assim se referiu à hanseníase:
"Parece, contudo, conveniente acautelar o progresso do mal de Lázaro, que vai grassando principalmente nas Vilas do Norte (como eram chamadas as cidades que ficavam no caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro), nas quais as pessoas infectadas vivem mendigando pelas estradas e em continuada e perigosa comunicação com os povos. Alguns enfermos têm sido remetidos para o Hospital que a Santa Casa de Misericórdia desta cidade mantém, quando se dá o caso de haver algum juiz da paz zeloso do bem público, mas quase todos têm fugido e se dirigido para os mesmos lugares, nos quais não são mais inquietados e seguem a vida errante a que estão habituados. Outros, porém, que possuem pequenos meios de subsistência, não se querem sujeitar a uma vida resguardada de comunicação com o povo".

CONTINUA...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A História da Lepra no Brasil: 1ª Parte

O HOSPITAL DE LÁZAROS DA IMPERIAL CIDADE DE SÃO PAULO E A ASSEMBLÉIA PROVINCIAL

PARTE I


A professora alemã Ina von Binzer, contratada pela família do fazendeiro e advogado Bento de Aguiar Barros para a educação de seus filhos, narrou em uma de suas cartas, datada de 27 de outubro de 1882, um encontro que muito a marcou. Em seus passeios avistou escravos, isolados ou em grupos, trajando roupas sujas e esfarrapadas, com grossas ataduras recobrindo partes de seus corpos, com cabelo desgrenhado e barba emaranha e comprida, arrastando-se apoiados em bastões e mendigando. Confinados ou vivendo em colônias afastadas, viviam da caridade da população. Eram os hansenianos, então chamados de morféticos, lázaros ou leprosos:

                                   
"É horrivelmente triste e comovente pensar nesse agrupamento de párias, isolados do resto do mundo pela desgraça comum, irmanados pelo sofrimento e auxiliando-se mutuamente como samaritanos atingidos pela mesma maldição."
A hanseníase, conhecida desde a Antigüidade, propagou-se a partir do Oriente Médio, foco endêmico da doença e, até a década de 1940, como não havia cura (o que só foi possível com o advento das sulfonas), apenas procedia-se ao confinamento dos acometidos até que a doença os consumisse. Os abrigos para hansenianos surgiram por inspiração da Igreja Católica, para acolher os milhares de doentes acometidos pela moléstia, que, expulsos de suas comunidades, vagavam mendigando pelas estradas ou se estabeleciam em acampamentos à beira dos caminhos de peregrinação aos santuários mais famosos. A palavra lazareto, significando lugar onde se recolhiam hansenianos, tem sua origem no personagem bíblico Lázaro, um pobre coberto de úlceras. Todavia, associa-se a ela o nome de São Lázaro, o protetor dos hansenianos. No século IX, surgiram os primeiros lazaretos em Portugal. Já no século XII, estima-se que havia 19.000 lazaretos por toda a Cristandade.
                    

No continente americano não existia a hanseníase, tendo ela sido para cá trazida pelos europeus e africanos.
As primeiras menções à doença documentadas em São Paulo ocorreram apenas no século XVIII, embora seja lícito supor que houvesse casos antes desta data, mas, talvez pela baixa incidência, acredita-se que não se constituísse em um problema social de maior monta. No final desse século a doença tomou formas mais preocupantes, pois, segundo testemunhos, não havia rua ou praça onde não se encontrassem "leprosos miseráveis", nem curso de água ou fonte em que eles não se banhassem. Foi indicativa de tal estado de coisas a aprovação, pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, de uma pequena verba mensal a ser destinada aos leprosos, para que se tratassem em casa em vez de mendigarem pelas ruas.

CONTINUA...


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Informe da Casa Imperial do Brasil

 

Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand d'Orléans e Bragança, informa, através do INSTITUTO PLÍNIO CORRÊA DE OLIVEIRA, o lançamento de seu novo livro, intitulado:

PSICOSE AMBIENTALISTA
Os Bastidores do ecoterrorismo para implantar uma "religião" ecológica, igualitária e anticristã.

O grandioso evento ocorrerá às 19 hs. do dia 02 de outubro de 2012, no Nacional Club, Rua Angatuba, 703 - Pacaembu, na Cidade de São Paulo-SP.

Após a Sessão será servido um coquetel, durante o qual o Príncipe Imperial do Brasil concederá autógrafos.

TODOS ESTÃO CONVIDADOS A COMPARECER A ESTE GRANDIOSO EVENTO.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Declaração do Patriarca Gregório III



Pela ocasião da visita ao Santuário Mariano de Kevelaer, queremos Confirmar novamente, a Proteção Espiritual do Patriarca de Antioquia e de Todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém, como foi assegurando em 1841, por Meu Reverenciado Antecessor, Patriarca Máximos III, sobre a Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém, que foi continuada por seus Sucessores, em especial confirmada pelo Patriarca Máximos IV, de Abençoada Memória, em 11 de fevereiro de 1965.

Anteriormente, em 03 de junho de 1911, o Patriarca Cirilo VIII havia abençoado a Reorganização moderna da Ordem.

De acordo com tudo isso, Eu quero elogiar e incentivar a continuação e a expansão da Ordem em suas atividades tradicionais, caritativas e hospitalares, trabalhando em dimensão do ecumenismo, sob a autoridade do Governo do Grão Mestre Sua Excelência Dom Carlos Gereda de Bourbon, Marquês de Almanzán, e do Grão Conselho Magistral, de acordo com sua Constituição e Estatutos.

Desejo que as boas relações existentes entre a Ordem e o Patriarcado Católico Greco Melquita se mantenham e se intensifiquem, especialmente no que se refere a uma mais eficaz ajuda aos projetos caritativos e hospitalares do Patriarcado e do Patriarca.

Nesta ocasião especial, quero enviar a Minha Bênção Apostólica a todos os Membros da Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém.

Dado em Kevelaer, Alamanha, em 27 de maio de 2012, Festa de Pentecostes.

GREGÓRIO III
Patriarca de Antioquia e de Todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém.

(Acompanha este Documento as Assinaturas do Grão Mestre, Dom Carlos Gereda de Bourbon, e do Protetor Espiritual da Ordem Sua Beatitude Gregório III, juntamente com a data, em cada uma das folhas, em sinal de conformidade.)