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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Real Ordem Dinástica das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora

Brasão d'Armas da Ordem de N.S. Auxiliadora

Hoje, dia 24 de maio, dia de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos, traremos notícias da Real Ordem Dinástica das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora.

A Principesca e Ducal Ordem Dinástica de Nossa Senhora Auxiliadora nasceu em 1770, quando Domenico II Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina decidiu criar uma Ordem para homenagear a sua esposa, a Princesa Maria Gabriella Scarampi, filha do Marquês de Prunetto e Levice.

Brasão do Principado de Mesolcina

Na Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora somente poderia aceitar mulheres, que sendo Damas da Ordem receberiam a Condecoração em um nível único, que era o de Nobre Dama do Grão-Colar de Nossa Senhora Auxiliadora. As Damas condecoradas com a Ordem deveriam obrigatoriamente professar a Fé Católica, além de serem membros da Nobreza Europeia. 

O Grão-Magistério da Ordem foi sempre conferido a esposa do Príncipe Soberano, sendo que em 1816, a pedido do Príncipe Antonio VIII Trivulzio-Galli, o Papa Pio VII definiu como sendo o dia da Festa de Nossa Senhora Auxiliadora o dia 24 de maio, sendo este dia escolhido pelo Pontífice por ter sido libertado do cativeiro napoleônico.
Cruz da Ordem de N. S. Auxiliadora

Com insígnia da Ordem fora conferido uma cruz de ouro, tendo ao centro um medalhão esmaltado em cor-de-rosa, tendo ao centro Nossa Senhora Auxiliadora. No anverso da Cruz vai o Monograma da Grã-Mestra da Ordem. O Grão-Colar da Ordem é composto por duas correntes de ouro, rodeadas pela representação do Sagrado Coração de Maria, intercalados com a rosa vermelha, símbolos de devoção Mariana.

O número de Damas, originalmente fixado em 21, foi suplementado em 1870, quando do Aniversário do I Centenário da Ordem, a IV Grã-Mestra, esposa do Príncipe Tolomeo V Trivulzio-Galli aumentou o número de Damas, criando outras três Categorias de Damas, além das 21 Damas do Grão-Colar: 

-As Damas Nobres da Grã-Cruz, as 
-Damas Nobres Grandes Oficiais, e as 
-Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora.

Numerosas Rainhas e Princesas europeias foram Damas Nobres da Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora ao longo dos anos, sendo que a Ordem sempre fora mantida restrita às Damas Católicas, cuja vida fosse tida como ilibada.

Grão-Colar da Ordem

Em 1950 a Grã-Mestra Joana Argenta, esposa do Príncipe Pedro IV Trivulzio-Galli permitiu pela primeira vez que mulheres que não fossem da Nobreza, tivessem acesso à Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora.

Com o Grão-Magistério da Princesa Adélia Berti, esposa do Príncipe Verginio I Trivulzio-Galli, a Ordem teve uma nova fase, sendo condecoradas numerosas Damas, Nobres ou não, que participavam do convívio da Princesa. Como em 1995 a Princesa Adélia esteve gravemente enferma, enfermidade que duraria o resto de sua vida, a Princesa Rosa de Lusignan-Boni, esposa do Príncipe Herdeiro, Ângelo II Trivulzio-Galli, foi nomeada Primeira Dama da Ordem, com todos os Poderes Magistrais de Nomear novas Damas, bem como responder por toda a Ordem.

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima a Princesa Rosa de Boni dal Leon Rampante e Trivulzio-Galli,
nascida Marquesa dal Leon Rampante e por casamento Princesa Consorte de Mesolcina, Duquesa de Alvito,
VIII e atual Grã-Mestra da Ordem das Damas Nobres de N. S. Auxiliadora. 

Em 2005, com o falecimento da Princesa Adélia, a Princesa Rosa passa de Primeira Dama à Grã-Mestra da Ordem, sendo conhecida pelo grande rigor com o que escolhe as Damas da Ordem.

Atualmente a Principesca e Ducal Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora é uma das mais vivas e atuantes Ordens Dinásticas da Principesca Casa de Trivulzio-Galli.

Atualmente a Ordem de Nossa Senhora Auxiliadora consta com 16 Damas, sendo que ontem, dia 23 de maio, as Damas da Ordem realizaram sua tradicional Missa em Homenagem a Nossa Senhora Auxiliadora, sua Padroeira. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O Novo Uniforme da Ordem de São Lázaro

A Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém, dês da Modernidade, possuiu numerosos uniformes, com que seus Cavaleiros revestiram-se. Alguns foram belos uniformes, outros porém nem tanto.

Uniforme do Século XVIII

Dês de 1912, quando a Grão-Chancelaria da Ordem foi novamente sediada na França, que a Ordem de São Lázaro ganhou seu primeiro uniforme "contemporâneo", composto de jaqueta militar branca, ornada de ouro, calças negras. O Chapéu escolhido foi o bicórneo preto, plumado de branco, para os Cavaleiros da Grã-Cruz, e de negro para os demais.

Marquês de Farémont, com o "Uniforme Francês" em 1933

Este uniforme, dito "Uniforme Francês", tornou-se o clássico uniforme da Ordem de São Lázaro, e foi utilizado por toda a Ordem até os anos 40, quando o Grão Priorado da Espanha lançou seu primeiro uniforme, chamado de "Uniforme de Grande Gala", sendo este um uniforme lindíssimo, composto por um jaquetão verde, com o peito branco, ornado de ouro, tendo sobre o peito a Cruz de São Lázaro. Calças verdes e sapatos pretos, ou calças de montaria brancas e botas negras até o joelho. Chapéu bicórneo negro.
"Uniforme de Gala" 

Tal "Uniforme de Gala" foi muito adotado fora da França, sendo utilizado até os princípios dos anos de 1990, porém era de um elevadíssimo preço, e isto fez com que seu uso diminuísse, sendo necessário ser feito outro. 
Grão-Mestre com o "Uniforme de Gala"


O próximo uniforme, também elaborado pelo Grão-Priorado do Reino da Espanha foi um uniforme realmente feio, composto por um modelo de fraque verde. Seu uso foi pouco alastrado, mas durou oficialmente até nossos dias.

Cavaleiros na Alemanha, utilizando o novo Uniforme Espanhol


A nova tentativa do Grão-Priorado da Espanha é realmente "nova" ao se tratar de uniformidade Lazarista: um uniforme totalmente negro, com gola e punhos verdes. Tal uniforme já era requisitado pelo nosso grande amigo, o Visconde de Portadei, em seu livro "Cruz de Sinopla", que pedia um uniforme mais próximo dos da tradição militar espanhola. 
Grão-Mestre Marquês de Almanzán com o "Novo"
Uniforme da Ordem

O Grão-Priorado do Brasil sempre se manteve afastado destas "disputas" entre os modelos de uniforme, sendo que por aqui, sempre fora utilizado o "Uniforme Francês", isto é, dês de 1926, quando o Grão-Priorado do Brasil definiu sua uniformidade. 
Príncipe de Rodosto, II Grão-Prior do Brasil, com o
"Uniforme Francês" em 1950

Dês de então, o "Uniforme 'Francês'" virou "Uniforme 'Brasileiro'", uma vez que nestas terras jamais adotou-se qualquer outro. Resta saber agora, se com este novo uniforme, o Grão-Priorado do Brasil pela primeira vez mudará uma tradição de quase um século. Isso, somente os próximos anos dirão.  

Comendador Kenj, IV Grão-Prior do Brasil, com o
"Uniforme Francês", foto de 2001.