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sábado, 14 de dezembro de 2013

A Legitimidade do Chefe da Casa Real Portuguesa


Um assunto sempre muito debatido entre os monarquistas, é sobre quem deveria ser o LEGÍTIMO Chefe da Casa Real Portuguesa, uma vez que, como todos sabem, o último Rei de Portugal faleceu exilado e sem ter filhos.

Surgiram então numerosas possibilidades após a morte do Rei Dom Manuel II de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança, como às da Casa de Loulé, às do ramo "Miguelista" e às da Infanta Dona Maria Pia de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança, e as dos Orléans-Bragança, do Ramo Bragantino que compõe a Casa Imperial do Brasil.

Para esta análise, NÃO FORA LEVADA em consideração a regra de que o indivíduo deva ser português para ser dinasta de Portugal, haja visto que vários Reis não portugueses reinaram naquele país, como Filipe I, Filipe II e Filipe III, todos espanhóis, além da Rainha Dona Maria II, que era brasileira (nascida no Rio de Janeiro, em 1819, ou seja após o Brasil ser elevado a Reino em 1816). Foram levadas apenas em consideração para a presente análise, as regras sucessórias comuns às Dinastias em geral, que não utilizam a Lei Sálica, como a Casa de Bragança.


O PROBLEMA DO RAMO DE DONA MARIA PIA
Confesso a todos o meu predisposto afeto às pretensões da Infanta Dona Maria Pia, esta, filha bastarda, porém reconhecida de Dom Carlos I e da brasileira Maria Amélia de Loredó e Murça, logo, meia-irmã do Rei Dom Manuel II. Dona Maria Pia passou boa parte da vida tentando fazer valer seus direitos sucessórios ao Trono de Portugal.  

Dona Maria Pia de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança casou-se com o General italiano Giuseppe Manlio Blais, com quem teve uma filha, Dona Maria da Glória Cristina Amélia Valéria Antónia Blais de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança.

Dona Maria da Glória casou-se com o escultor espanhol Miguel Ortiz y Berrocal, com quem teve dois filhos:

- Dom Carlos Miguel Berrocal de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança e
- Dom Beltrão José Berrocal de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança.

O problema das pretensões de Dona Maria Pia está justamente focado em sua continuidade Dinástica, vez que, nem sua única filha, Dona Maria da Glória, nem seus netos, tem pretensões de reinar um dia em Portugal. Dona Maria Pia então, em um ato a meu ver muito mal pensado, tentou ceder seus Direitos Dinásticos para um aristocrata italiano, Dom Rosário Poidimani, com que não tem qualquer parentesco viável. Tal tentativa de "adoção dinástica" viola todo e qualquer costume das adoções dinásticas, uma vez que Dona Maria Pia não era a última da Casa de Bragança (haja vista os membros dos demais Ramos), Dom Rosário não possui parentesco próximo com a Casa de Bragança, sendo desta forma, prejudicada esta suposta adoção.


O PROBLEMA DO "RAMO DE LOULÉ"
O problema das pretensões da Casa de Loulé está no fato de que estes não são Infantes da Casa de Bragança (nem em Portugal, nem no Brasil), são sim descendentes de Dom Nuno de Mendonça, I Duque de Loulé, que era casado com a Infanta Dona Ana de Jesus Maria de Bragança e Bourbon, filha do Imperador do Brasil e Rei de Portugal Dom João (VI em Portugal e I no Brasil).  

O fato destes Nobres serem descendentes de uma das tantas Infantas de Portugal não fazem destes dinástas portugueses, e isso pode ser percebido pelo fato de que até a morte de Dom Manuel II, os mesmos jamais haviam informado publicamente qualquer pretensão à Sucessão da Coroa de Portugal. 


O PROBLEMA DO RAMO MIGUELISTA
Um grande problema que sempre vi em Dom Duarte Pio é o fato deste ser o "Chefe do Ramo Miguelista", ramo este que possui uma enorme série de problemas em suas pretensões ao Trono de Portugal. Vamos a eles:

- O FATO DE QUE DOM MIGUEL NÃO FOSSE FILHO DE DOM JOÃO: Como muito se tem afirmado por numerosos historiadores, o Infante Dom Miguel não era filho de Dom João VI de Portugal (ou Dom João I do Brasil). Esta tese é muito aceita por vários historiadores e biógrafos, que levantam dezenas de possíveis nomes do verdadeiro pai de Dom Miguel. Este fato poderia ser facilmente sanado, com um simples exame de DNA entre os restos mortais de Dom João e de Dom Miguel. O próprio Rei Dom João afirmou que Dom Miguel não poderia ser seu filho, pois Dom João não manteve relações sexuais com a esposa a quase três anos antes do nascimento de Dom Miguel. Carlota Joaquina respondia a esta acusação, afirmando ter "engravidado do Divino Espírito Santo", mas o fato é que, ao que tudo indica, Dom Miguel era realmente filho do Marquês de Marialva.

- O FATO DE QUE DOM MIGUEL PERDEU SEUS DIREITOS: Mesmo que Dom Miguel fosse filho biológico de Dom João VI, seus descendentes não teriam direitos ao Trono de Portugal, haja vista que Dom Miguel perdeu seus direitos sucessórios em tristes episódios conspiratórios, que se metia com sua mãe, a Rainha Carlota Joaquina de Bourbon-Espanha. Dom Miguel em 1824 liderou a conspiração chamada de "Abrilada", na qual aprisionou o Rei Dom João e tentou assumir a Coroa. O golpe deu errado e Dom Miguel foi exilado. Quando Dom João VI faleceu, em 1826, novamente Dom Miguel tenta tomar a Coroa, que cabia a seu irmão mais velho o Imperador Dom Pedro I do Brasil (Dom Pedro IV de Portugal). Novamente Dom Miguel perdeu, e terminou por ser exilado e perdendo para sempre os direitos sucessórios.

- O FATO DA LINHA TER SIDO EXCLUÍDA PELOS REIS: Após a tentativa forçada de tomar a Coroa de seu irmão Dom Pedro, e de sua sobrinha, a Rainha Dona Maria II de Portugal, Dom Miguel perdeu todos os seus direitos sucessórios, para si e para sua descendência.  Esta declaração expressa, foi dada pela chamada Lei do Banimento, e reforçada pela Constituição do Reino de Portugal. Mesmo após a proclamação da república naquele país, e sua nova constituição, os assuntos ligados à Sucessão da Casa Real continuam a ser regidos pela última Constituição da Monarquia.


O RAMO IMPERIAL DO BRASIL
Após a morte sem filhos de Dom Manuel II, a genealogia da Casa de Bragança aponta para os seus primos do Ramo Imperial do Brasil da Casa de Bragança, e isso se deve a fato de que a Rainha de Portugal Dona Maria II era filha do Imperador Dom Pedro I do Brasil, logo, Dona Maria II de Portugal era irmã de Dom Pedro II do Brasil. Assim, à altura da morte de Dom Manuel II em 1932, eram seus parentes mais próximos os Príncipes Dom Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e Dom Luís Maria Filipe de Orléans e Bragança, ambos filhos de Dona Isabel I, filha de Dom Pedro II, irmão de Dona Maria II.

A preferência caberia então a Dom Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, que naquela altura já havia renunciado a seus direitos como Chefe da Casa Imperial do Brasil. Ocorre pois que Dom Pedro de Alcântara havia se tornado o Chefe do Principado de Orléans e Bragança, que lhe havia sido criado por Pacto entre a Casa Imperial do Brasil e a Casa de Orléans. Logo, os direitos deveriam passar para seus filhos.

O filho mais velho de Dom Pedro de Alcântara, o Príncipe Dom Pedro Gastão (1913-2007) não poderia assumir o posto de herdeiro da Casa Real de Portugal, pois era o herdeiro do Principado de Orléans e Bragança, assim como seu  irmão, o Príncipe Dom João Maria, que àquela altura, era seu herdeiro imediato.

Os direitos então deste Ramo da Casa de Bragança recaíram sobre as filhas mulheres do Príncipe Dom Pedro de Alcântara. A mais velha, Dona Isabel Maria (1911-2003), não os poderia utilizar, pois havia se casado com o Príncipe Henrique de Orléans, tornando-se assim Duquesa de Orléans e "Condessa de Paris".



Os direito passaram então a segunda filha de Dom Pedro de Alcântara, a Princesa Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança (1914-1968), que se tornou então a legítima Duquesa de Bragança, e Rainha Legitimista de Portugal. Dona Maria Francisca casou-se com Dom Duarte Nuno, descendente do ex-Infante Dom Miguel.

Após a sua morte, em 1968, passariam então os seus direitos à Chefia da Casa Real Portuguesa a seu filho, o Príncipe Dom Duarte Pio Nuno João Miguel Henrique Pedro Gabriel Rafael de Orléans e Bragança, nascido em 1945.

O LEGÍTIMO CHEFE DA CASA REAL PORTUGUESA
Após esta análise, chegamos a conclusão de que o único legítimo Chefe da Casa Real Portuguesa será Dom Duarte Pio, atual Duque de Bragança, porém, este NÃO DEVE SER VISTO como "Chefe do Ramo Miguelista", haja vista que Dom Miguel morreu sem ter qualquer direito sucessório à Coroa, que pudesse passar a seus herdeiros.


Dom Duarte Pio é o legítimo Duque de Bragança e Rei de ius de Portugal por sua herança materna, recebida de Dona Maria Francisca, Duquesa de Bragança por direito próprio, assim, Dom Duarte Pio deve ser encarado como Pretendente Legitimista ao Trono de Portugal, por seus direitos como descendente de Dom Pedro II do Brasil, e não por qualquer herança miguelista que pudesse seu pai lhe transmitir.


Texto de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Andre III Trivulzio-Galli, Príncipe de Mesolcina e do Sacrossanto Império Romano-Germânico, Duque de Alvito, de Atina e de Bojano, Margrave de Vigevano, etc. Chefe da Casa Principesca de Mesolcina.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Brasão da Família Imperial Brasileira


Sempre ocorreu no Brasil uma grande confusão entre o Brasão do Império, e o da Família Imperial.

A Família Imperial Brasileira é a Casa de Bragança (isso mesmo BRAGANÇA, pois Orléans-Bragança nunca foi o nome oficial da Casa Imperial, mas sim dos descendentes de Dona Isabel I), que reinou em Portugal desde 1640.

O início desta importante família, cujo nome oficial é Sereníssima Casa de Bragança deu-se em 1401, quando o Rei Dom João I de Portugal deu a seu filho bastardo Dom Afonso um Ducado cuja sede estava na cidade de Bragança. Dom João I era membro da Dinastia de Avis, logo, a Casa de Bragança, é um ramo (embora bastardo) da Casa de Avis. Dom João I (de Avis) era também filho bastardo, do Rei Dom Pedro I de Portugal, membro da Dinastia de Borgonha, logo a Casa de Avis, e a Casa de Bragança, são na verdade, ramos sequenciais da Dinastia de Borgonha, que tem suas raízes na III Dinastia Real da França (Capetíngea), logo, todos os descendentes masculinos da Casa de Bragança, são também Capetíngeos. 

Como uma Casa Nobre da Europa, a Sereníssima Casa Ducal de Bragança possuía um Brasão de Armas, que era assim descrito:
Em Campo de prata, uma Cruz-de-Santo-André de goles, carregada de cinco escudetes de cosidos de blau, com as quinas de Portugal.
 
Brasão da Sereníssima Casa Ducal de Bragança (antigo)
Tal Brasão de Armas foi utilizado desde o I Duque de Bragança, e quando Dom João II, VIII Duque de Bragança, torna-se Rei de Portugal com o título de Dom João IV, em 1640, tal brasão de Armas foi mantido em caráter familiar, embora o Reino tivesse seu Brasão próprio.

Brasão do Reino de Portugal

Quando Dona Maria I de Bragança, Rainha de Portugal, chega ao então Vice-Reino do Brasil, com toda a sua comitiva, em 1808, vem com ela toda a tradição da Monarquia. Dona Maria I torna-se a primeira Rainha do Brasil, sendo logo sucedida por seu filho Dom João, que vem a ser o Rei e Imperador Dom João I do Brasil, e Dom João VI de Portugal.

Dom João I do Brasil é sucedido em 1822 por seu filho Dom Pedro, que veio a ser Dom Pedro I do Brasil e Dom Pedro IV de Portugal, que depois é sucedido por seu filho Dom Pedro II do Brasil.

Dom Pedro I do Brasil encomenda em 1822 do pintor francês Debret uma bandeira para servir como estandarte pessoal do Príncipe do Reino-Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Logo depois veio a separação das Monarquias, sendo que o então estandarte principesco passou a Brasão do Império do Brasil.

Brasão do Império do Brasil

Surgiu daí uma forte confusão, que vigora até nossos dias, pois muitos passaram a crer que o Brasão encomendado por Dom Pedro I passou a ser o Brasão do Ramo Primogênito da Casa de Bragança (Ramo Brasileiro), porém o brasão é apenas o do Império, não da Casa de Bragança.

Nota-se que o Brasão do Império do Brasil tem como suportes dois ramos, um de Café, outro de tabaco, que eram claramente riquezas nacionais do Império, e não familiares (da Família Imperial).

Deve-se ter sempre em mente que a Casa de Bragança e a Casa Imperial são entidades autônomas, pois a primeira surgiu, como já dito, em 1401, e a segunda apenas em 1822, sendo porém que o Chefe da primeira é também o da segunda, mas CADA UMA DELAS tem seu Brasão de Armas próprios.

O Brasão de Armas do Ramo Primogênito da Casa de Bragança deve ser baseado no Brasão da Casa de Bragança, ou seja, Em Campo de prata, uma Cruz-de-Santo-André de goles, carregada de cinco escudetes cosidos de blau, com as quinas de Portugal.

Após 1640 modificou-se o Brasão da Casa, passando a ser o seguinte:
Em Campo de prata, uma Cruz-de-Santo-André de goles, carregada de cinco escudos do campo, sobrecarregados de cinco escudetes de blau postos em cruz (1-3-1), com as quinas de Portugal. 

Armas (novas) da Casa de Bragança


Desta forma, este deve ser o Brasão da Família Imperial Brasileira (Ramo Primogênito da Casa de Bragança): 
Em Campo de prata, uma Cruz-de-Santo-André de goles, carregada de cinco escudos do campo, sobrecarregados de cinco escudetes de blau, com as quinas de Portugal. Como suportes, dois dragões de sinopla, e tendo por timbre a Coroa Imperial do Brasil. 

Brasão de Armas que deveria ser utilizado pela Família Imperial Brasileira como Armas Familiares

Para aqueles que defendem que após o casamento de Dona Isabel I com o Conde d'Eu, devem-se somar as Armas da Casa d'Orléans às da Família Imperial Brasileira, este assim ficaria:  
Em Campo de prata, uma Cruz-de-Santo-André de goles, carregada de cinco escudos do campo, sobrecarregados de cinco escudetes de blau, com as quinas de Portugal, acompanhada em chefe d'um escudete de blau, carregado de três flores-de-lis d'ouro, acompanhadas em chefe d'um lambel de prata. Como suportes, dois dragões de sinopla, e tendo por timbre a Coroa Imperial do Brasil.

BRASÕES DOS MEMBROS DA CASA DE ORLÉANS E BRAGANÇA, COMO DINASTAS DO BRASIL.

Entre os Membros da Casa de Orléans e Bragança, há aqueles que são também Dinastas do Brasil, destacando-se assim ao Chefe da Casa Imperial do Brasil, que, ao nosso ver, deveria utilizar um título de pretensão, e nenhum melhor do que o de Duque de Santa Cruz. 

Brasão de Armas de Dom Luis Gastão, Chefe da Casa Imperial do Brasil

Para além dele há também o Príncipe Imperial do Brasil, e o Príncipe do Grão-Pará. 

Brasão de Dom Bertrand, Príncipe Imperial do Brasil

Brasão de Armas sugerido para Dom Antonio, Príncipe do Grão-Pará

Como durante o período da Monarquia no Brasil nunca se definiu um brasão para os Príncipes do Grão-Pará, e até hoje a Casa Imperial brasileira carece de tal definição, sugerimos que o mesmo utilize o brasão do Chefe da Casa Imperial, diferido por um lambel de prata de três braços, tendo três botões de rosas de goles em cada um dos braços do lambel, pois o Príncipe da Beira, que pode ser tido como título equivalente ao do Príncipe do Grão-Pará, utiliza as Armas do Chefe da Casa Real Portuguesa, diferenciado por um lambel de ouro de três braços, tendo três botões de rosas de goles em cada um dos braços do lambel, e, ao nosso ver, em tudo o que o Brasil for carente em questões heráldicas, deve buscar embasamento na heráldica real portuguesa (de onde nasceu a monarquia brasileira). 

Para quem deseja saber mais a respeito do brasão da Casa d'Orléans, recomendamos essa outra postagem, do Blog de Cavalaria. 
  

domingo, 11 de agosto de 2013

Descoberto Hospital cruzado em Jerusalém

Foi notícia que em Jerusalém fora descoberto um antigo Hospital cristão da época das Cruzadas.
O Hospital está situada no Bairro Cristão de Jerusalém, tem cerca de mil anos, e abrigava cerca de 2 mil pacientes.


O edifício, propriedade do Waqf, a autoridade de bens inalienáveis islâmicos, está situada no coração do bairro cristão da cidadela antiga de Jerusalém, em uma área conhecida como Muristan. Há cerca de dez anos, o lugar era ocupado por um movimentado mercado de frutas e verduras, mas desde então tenha ficado em desuso.
De acordo com a pesquisa, a estrutura descoberta é apenas uma pequena parte do que foi o grande hospital que parece abranger uma área que compreende 1,5 hectare.
Sua arquitetura é caracterizada por vários pilares e abóbadas de mais de seis metros, o que sugere que foi uma ampla estadia composta por pilares, quartos e pequenas salas.
Os coordenadores da escavação, Renee Forestany e Amit Reem, pesquisaram documentos da época para conhecer a história do centro ambulatório.
"Aprendemos sobre o hospital por documentos históricos contemporâneos, a maior parte em latim", contam, e explicam que os textos mencionam a existência de um sofisticado hospital construído por uma ordem militar cristã denominada "Ordem de San Juan do Hospital em Jerusalém".
Seus integrantes prometeram cuidar e atender os peregrinos na Terra Santa, e quando fosse necessário somar-se aos combatentes cruzados como unidade de elite.
Assim como nos modernos hospitais, o edifício estava dividido em diferentes alas e departamentos segundo a natureza das doenças e condição dos pacientes, e em situações de emergência podia ter capacidade de tratar 2 mil pessoas.
Os integrantes da ordem atendiam homens e mulheres doentes de diferentes religiões e também acolhiam recém-nascidos abandonados pelos pais.
Os órfãos eram atendidos com grande dedicação e, quando adultos, passavam a integrar a ordem militar, diz o comunicado.
A AAI destaca, no entanto, que quanto à medicina e à higiene, os cruzados eram ignorantes, e como exemplo cita um depoimento da época relatando que um médico amputou a perna de um cavaleiro por uma pequena ferida infectada, levando o paciente à morte.
Grande parte do edifício desmoronou durante um terremoto em 1457 e suas ruínas ficaram sepultadas até o período Otomano. Na Idade Média, parte da estrutura foi usada como estábulo e foram encontrados ossos de cavalos e camelos.
 

DIA DOS PAIS


O Grão Bailiado do Brasil da Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de  Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, deseja a todos os Cavaleiros da Ordem, que foram honrados com a Paternidade, que tenham um FELIZ DIA DOS PAIS.

Estes são os desejos de todos os Cavaleiros da Sacra Milícia no Brasil!

sábado, 10 de agosto de 2013

Sua Majestade o Rei Kigeli V de Ruanda concede título de Príncipe e Duque de Gonzaga Trivulzio Galli ao Príncipe D. Andrea


   

  Fiéis Leitores do Corriere della Mesolcina. Não foi sem grande surpresa que recebi um e-mail do meu caro amigo don José María Montells y Galán, Visconde de Portadei, que, como todos sabem, é um dos maiores entusiastas da "Obediência Malta-Sevilha" da Ordem de São Lázaro, da qual sou Cavaleiro da Grã-Cruz de Justiça (mesmo, como Príncipe e Duque de Mesolcina, sendo eu próprio o Grão-Mestre da Principesca e Ducal Ordem Dinástica Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Carmo e de São Lázaro de Jerusalém, Boigny e Mesolcina... enfim, coisas do mundo da Cavalaria) dizendo-me que Sua Majestade o Rei Kigeli V de Ruanda havia concedido a mim o título de Príncipe e Duque de Gonzaga Trivulzio Galli, no Reino de Ruanda!

Sua Majestade o Rei Kigeli V de Ruanda


    Não foi sem grande surpresa que recebi, e aceitei tal título, que veio junto de mais dois, o de Cavaleiro do Grão-Colar da Real Ordem do Drum de Ruanda; e Cavaleiro do Grão-Colar da Coroa de Ruanda, ambos títulos também hereditários, uma vez que, na tradição das Ordens de Cavalaria daquele antigo reino africano, os títulos podem ser concedidos em vida (como nas Ordens que mais conhecemos), ou de maneira hereditária, semelhante às antigas Comendadorias Hereditárias européias. 


    Há já alguns anos soube, pelo próprio Visconde de Portadei, da fascinante história desse Rei, legitimamente coroado Rei de Ruanda em 1956, reinando até ser destronado por um golpe de estado ministrado pelos belgas, que eram os "protetores internacionais" de Ruanda, em 1961, justamente pelo Rei Kigeli V estar negociando o final do protetorado belga sobre seu reino, iniciado quase cem anos antes. O destronamento do Rei levou ao famoso massacre dos Tutsi, considerados mais "beneficiados" por serem da tribo original da família real ruandesa. 



    Após residir em numerosos países, sem poder voltar à Ruanda, o Rei Kegeli V recebeu, em 1992, exílio político nos Estados Unidos, onde vive até hoje, concedendo e recendo Ordens de Cavalaria, concedendo títulos de Nobreza, como estes que decidiu a mim conceder, cuja digitalização do original segue:



    É claro que, como atual Príncipe e Duque de Mesolcina, tenho numerosos títulos de Nobreza que foram concedidos aos meus antepassados séculos atrás, como o de 18º Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Império Romano (com o tratamento formal de Alteza Ducal), 21° Conde-Duque d'Alvito e Príncipe do Sacro Império Romano (com o tratamento formal de Alteza Sereníssima), Marquês de Castelgoffredo, Príncipe de Mesocco, Príncipe de Trivulzio, Conde de Melzo e Marquês de Gorgonzola, entre outros tantos... Mas então, porquê da importância de mais esse título?


    Bem, Fiel Leitor deste Blog de Cavalaria, a resposta é simples: é o primeiro, e quem sabe único título de nobreza que eu venha a receber por meus próprios méritos. De alguma forma, ao receber esse título de Príncipe e Duque de meu próprio patronímico, torne-me um pouco mais semelhante aos meus antepassados, que tantos títulos hereditários conseguiram para abrilhantar a nossa linhagem.


    E tal título, merece um brasão próprio, com as características da heráldica ruandesa, o qual, meu caro amigo, Visconde de Portadei (título esse mesmo concedido por Sua Majestade o Rei Kigeli V de Ruanda), um tão experiente heraldista, auxiliou-me a blasonar, e é o que segue:



    Escudo esquartelado,  no I as Armas de França, tendo por diferença um batton de prata em banda, escudo da minha Varonia, isso é, Dreux-Beu-Galli; II o palado Trivulziano; III do Ducado d'Alvito; IV de Gonzaga di Castelgoffredo. Brocante um escudete oval, com o Sagrado Coração de Jesus, e dentro dele o Imaculado Coração de Maria. Timbra o escudo a coroa principesca de Ruanda, e o escudo vai sobre os dois Grão-Colares que recebi do Rei de Ruanda, o da Real Ordem do Drum, e o da Ordem da Coroa de Ruanda. O conjunto vai sobre o manto próprio da heráldica ruandesa, que é uma representação da pele de leopardo. Timbrando, novamente a coroa principesca daquele reino.


    Para aqueles que, por certo preconceito, disserem que um rei destronado não pode conceder títulos, devemos recordar que não apenas os Reis destronados, mas os Chefes de Casas Soberanas que perderam seus Tronos sem abdicar, são FONS HONORUM, ou seja, tem o direito de conceder títulos de nobreza e as Ordens de Cavalaria de seu antigo país. E Sua Majestade o Rei Kigeli V de Ruanda não é apenas um Chefe de um Casa Real ou Imperial sem trono, ele foi coroado Rei, reconhecido internacionalmente como Chefe de Estado, e tem todo o poder e direito de conceder o título, que muito gratamente e publicamente aceito.


    Conheçam mais sobre as atividades do Rei Kigeli V em seu site oficial:

http://www.king-kigeli.org/

sábado, 6 de julho de 2013

Milícia de Jesus Cristo e de Santa Mari na Argentina

Brasão da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria

Recebemos a feliz notícia do crescimento da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria na República Argentina.

O Grão-Mestre da Ordem, Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Ângelo II Trivulzio-Galli, 13º Príncipe Titular de Val Mesolcina e Duque de Venosa, Chefe da Casa Principesca de Mesolcina, atendendo o pedido do Arquichanceler da Ordem, o Príncipe de Mesocco, achou por bem designar como Grão-Bailio da Ordem para a Argentina o Cavaleiro Sir Esteban Enrique Rigueiro, nomeado Cavaleiro Grande Oficial da Ordem.

Fazemos votos de que a Ordem Militar de Santa Maria tenha um grande crescimento junto aos Católicos da Argentina, de modo que os ideais cristãos da Casa Principesca de Mesolcina possa se espalhar também por aquelas terras.

Mais informações na Página da Ordem

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O Príncipe Andre Frederico Trivulzio-Galli, membro da Casa Imperial da Alemanha?!


Muito bom dia Fiéis Leitores do Blog de Cavalaria. Inicio esta já tradicional postagem, comentando um fato engraçado que ocorreu nesta última semana: Uma amiga, que está cursando história em Munique, na Alemanha, escreveu-me com grande espanto, perguntando se era verdade que eu, bem como meus irmãos e primos, éramos mesmo Membros da Casa Imperial e Real de Hohenzollern, que já reinou sobre a Alemanha e a Prússima.

Respondi-lhe que não, mas mesmo assim ela pediu-me informações sobre o caso, uma vez que havia lido isso, em um manual genealógico editado na Alemanha, e que faz o trabalho de rastrear as linhas genealógicas das Casas Reais e Principescas como a Minha.

Para responder a curiosidade desta querida aminga, bem como o de prestar uma pequena informações sobre a riquíssima genealogia da Casa Principesca de Mesolcina, publico agora de que forma sou emparentado com os Imperadores da Alemanha, Reis da Prússia e da Romênia.

   1.      Burchard I. von Zollern (+1061) 


   2.      Friedrich I, Graf von Zollern Casado com Udahilde von Urach 



   3.      Friedrich II, Graf (Conde) von Zollern und Hohenberg (1142)


   4.      Friedrich I von Hohenzollern, Burgrave von Nürnberg, Conde von Zollern (1140+ c. 1200) Casado com Sophie von Raabs (1160)

   5.      Conrad I von Hohenzollern, Burggraf von Nürnberg (1204+ 1260) Casado com Adelheid von Frontenhausen (1210)

   6.      Friedrich III von Hohenzollern, Burggraf von Nürnberg (1230+ Kadolzburg 14.08.1297) Casado com Helene da Saxônia * c. 1240

   7.      Friedrich IV von Hohenzollern, Burggraf von Nürnberg (1287+ 19.05.1332) Casado com Margarethe von Kärnten (1290)

   8.      Johann II von Hohenzollern, Burggraf von Nürnberg (1310+ 07.10.1357) Casado com Elisabeth von Henneberg-Schleusingen (*1320)
 
   9.      Friedrich V von Hohenzollern, Burggraf von Nürnberg (1333+ 31.01.1398) Casado com Elisabeth von Meissen (*22.11.1329)

  10.  Friedrich I von Hohenzollern, Príncipe Eleitor de Brandenburg (21.09.1371+ 20.09.1440) Casado com Elisabeth von Meissen (*22.11.1329)

  11.  Johann IV von Hohenzollern, der Alchemist, Burggraf von Nürnberg (1406+ 16.11.1464) Casado com Barbara von Sachsen (Saxe-Coburgo) (1405+ Bayreuth 10.10.1465)

  12.  Barbara von Hohenzollern-Brandenburg (1423+ 07.11.1481) Casada com Luigi Gonzaga, 2º Marquês de Mantova (* 05.06.1414+ 12.06.1478)

  13.  Rodolfo Gonzaga, Príncipe de Castiglione (18.04.1452+ Fornovo 06.07.1495) Casado com a Condessa Caterina Pico (1454)

  14.  Luigi Alessandro Gonzaga, Signore di Castiglione (Luzzara 20.04.1494+ Castelgoffredo 19.07.1549) Casado com a Baronesa Caterina Anguissola 

  15.  Alfonso Gonzaga, Marquês de Castelgoffredo Casado com Ippolita Magi

  16.  Caterina Gonzaga Casada com Carlo Emanuele Teodoro Trivulzio, conde de Melzo * 1565

17.  Teodoro IX Gian Giacomo Trivulzio 1º Príncipe de Mesolcina, de Mesocco e do Sacro Império Romano-Germânico, Conde Imperial de Melzo, Marquês de Vigevano (1596+ 03.08.1657) Casado com Giovanna Maria Grimaldi, Princesa de Mônaco.

18.  Ottavia Trivulzio (1618) Casada com Tolomeo III Galli, Duque de Alvito Marquês de Scaldasole (1618) 

  19.  Francesco II Galli Duque de Alvito Marquês de Scaldasole Conde delle Tre Pievi (Milano 1646 + Napoli, 1702) Maria Alfonsa Diaz Pimienta 

20.  Domenico I Trivulzio-Galli (Napoli, 1692+ Napoli, 1751)

21.  Domenico II Trivulzio-Galli, Fürst (Príncipe Soberano) zu Mesolcina, Príncipe de Mesolcina


22.  Príncipe Andre I Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina, IX Duque de Alvito (1741-1824) 


23.   Príncipe Andre II Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina, X Duque de Alvito (1762-1841)


24.   Príncipe Angelo I Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina, XI Duque de Alvito (1795-1880)




  25.    Príncipe Francesco VIII Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano deMesolcina, XII Duque de Alvito (1852-1945), casado com a Condessa Teresa Balestrim.




  26.  Príncipe Pietro VI Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina, XIII Duque de Alvito (1892-1973), Casado com Dª Joana Argenta.




  27.  Príncipe Verginio I Trivulzio-Galli, Príncipe Soberano de Mesolcina, XIV Duque de Alvito (1916-2012), Casado com a Condessa Adélia Berti.




  28.  Príncipe Ângelo II Trivulzio-Galli, Fürst (Príncipe Soberano) zu Mesolcina, XV Duque de Alvito (1953-?), casado com a Princesa Rosa de Lusignan-Boni.



   29.  Andre III Trivulzio-Galli, Príncipe de Mesolcina.


 
Queremos deixar claro que todas as Casas Principescas Europeias são emparentadas com laços de casamentos, de modo que, realmente quase todos os Príncipes europeus como eu, são Primos entre si, mas isso não deve gerar qualquer pretensão dinástica entre as Casas Principescas, uma vez que isso geraria grande confusão entre elas.