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quarta-feira, 19 de março de 2014

Um esforço pela Solidariedade



Muito se discute qual a real importância e missão das Ordens de Cavalaria em nossa sociedade hodierna. Não se deve duvidar porém, da força que possuem tais instituições religiosa-noiliares. A resposta para a pergunta de qual a missão das Ordens de Cavalaria em nossos dias não poderia ser outra senão uma A CARIDADE.

A caridade é a palavra-chave que deve ser tida em mente de todos os Cavaleiros e Damas das verdadeiras Ordens de Cavalaria em nossos dias. Pensando nisso, os Cavaleiros e Damas pertencentes às Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, também corretamente conhecida como Casa Principesca de Mesolcina, juntaram seus esforços em uma entidade comum, que será a responsável por capitalizar os esforços em prol da caridade emanados pelos Membros das diversas Ordens Dinásticas da referida Casa Principesca.

Cavaleiro da Sacra Milícia entregando cestas básicas para pessoas necessitadas em uma Paróquia Católica de São Paulo-SP


A ASSOCIAÇÃO PRINCIPESCA DOS CAVALEIROS E DAMAS DAS ORDENS DINÁSTICAS DA CASA PRINCIPESCA DE TRIVULZIO-GALLI, cuja sigla ASPO representa, nasceu da iniciativa particular dos Membros das seguintes Ordens Dinásticas, todas pertencentes ao Patrimônio Heráldica da Casa Principesca de Mesolcina:


- Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria (Sacra Milícia / Ordo dei Frati Gaudenti);
- Ordem Dinástica das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora; e
- Ordem Dinástica e Militar de São Teodoro Mártir. 

Os esforços dos Cavaleiros e Damas das seis Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Mesolcina serão presididos por Sua Alteza Ilustríssima a Condessa Dra. Simone Trivulzio-Galli, Dama da Grã-Cruz da Ordem das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora, Advogada e PhD em Direito pela Universidade de Buenos Aires a UBA.

Cavaleiros da Sacra Milícia prestando auxílio hospitalar a romeiros na Basílica de Aparecida do Norte, São Paulo.


Poderão ser sócios da Real Associação todos os Cavaleiros e Damas das Ordens Dinásticas acima listados, que pagarem a taxa associativa, e as mensalidades estipuladas pela Diretoria. 

A Real Associação terá como principal objetivo, a reunião de donativos e captação de doações que serão utilizadas na manutenção da própria Real Associação, e em manter as obras de caridade assistidas pelas Ordens Dinásticas da Casa Principesca.

Cavaleiros da Sacra Milícia entregando medicamentos para as Freiras da Congregação Stella Maris, que mantém o Hospital Stella Maris de Guarulhos, São Paulo.


Todos aqueles que quiserem colaborar com esta iniciativa em prol da caridade, devem manter contato com a Secretaria da Real Associação através do e-mail racom@gmail.com

Lembramos a todos que esta é uma iniciativa particular dos Cavaleiros e Damas, não da Casa Principesca de Mesolcina. 
* As imagens são meramente ilustrativas.

domingo, 9 de março de 2014

Heráldica Real Portuguesa


Como todos os Fiéis Leitores deste Blog de Cavalaria já sabem, um dos assuntos que mais Nos motiva a escrever nesta bastante negligenciada página, é a Heráldica. E não poderia ser diferente, pois a <<Ciência Heróica>> descrita por Don Francisco Piferrer em seu mundialmente aplaudido Tratado de Heráldica y Blason, é sem dúvida um dos assuntos mais destacados entre as conversas eruditas dês do século XII até nossos dias.

E sem dúvida, um dos países que mais esmero teve pelas regras heráldicas não foi outro senão o Reino de Portugal, ou formalmente falando, Reino de Portugal e dos Algarves, onde os brasões de armas da Família Real eram regidos por leis extremamente rígidas, como veremos:


Sua Majestade Fidelíssima o Rei de Portugal e dos Algarves utilizava as Armas plenas de Portugal, sem diferença, fosse o Soberano Rei ou Rainha, sendo o escudo encimado pela Coroa Real.  


Já a Rainha Consorte de Portugal utilizava o escudo partido, no primeiro, as Armas de Portugal, e no segundo, as Armas de sua família. 


O Príncipe Herdeiro, que recebia os títulos de Príncipe Real de Portugal, como antes os de Príncipes do Brasil, recebiam o brasão de Armas de seu pai, com um lambel de ouro como diferença. Também a coroa muda, ao invés da Real, a de Príncipe Herdeiro.


Para o segundo filho do Casal Real, que recebia o título de 1º Infante de Portugal, a diferença era dada pelo lambel, sendo o primeiro pendente da sinistra carregado com as Armas de sua mãe.


Já para o 2º Infante, a diferença era dada pelo acréscimo de uma nova brica, desta vez sobre o braço do lambel da destra (livrando assim as Quinas do escudo). Poderiam se utilizar as Armas dos avós de sua mãe, caso o escudo desta não tivesse tantas partes.


No caso do 3º Infante, o lambel ficava todo carregado. 


No caso de haver mais filhos, a alternativa era utilizar mais braços no lambel, ascrescendo Armas dos avós de sua mãe. 


Para os casos (nada raros) de filhos bastardos do Rei, estes utilizariam o escudo de Portugal, carregado de um filete em contra-banda.


Caso o Príncipe Real tivesse um filho, este receberia o título de Príncipe da Beira. Se escudo seria o de Portugal, com um lambel de prata, carregado de três rosas vermelhas.

Exponho agora, alguns brasões dos atuais Membros da Casa Real de Portugal, onde poderão ser vistas tais utilizações heráldicas:

Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Duarte Pio de Orléans e Bragança, filho da Princesa Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança, Duquesa de Bragança, logo, descendente direito de Dom Pedro IV de Portugal, que em sua qualidade de Príncipe Real de Portugal, e Chefe da Casa Real Portuguesa, utiliza o Escudo de Portugal sem diferenças. 


Armas da Duquesa de Bragança, Dona Isabel Inês de Castro Curvello de Herédia. 


Armas do primeiro filho do Casal Real, Sua Alteza Real o Príncipe Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira e Duque de Barcelos.


Armas do 1º Infante de Portugal, Dom Dinis, Duque do Porto.


Armas da Infanta Dona Maria Francisca Isabel Micaela Gabriela Rafaela Paula de Bragança. 


Armas do Infante Dom Miguel Xavier Teresa, Duque de Viseu, irmão do atual Chefe da Casa Real, antes, 1º Infante de Portugal.


Armas do Infante Dom Henrique João, Duque de Coimbra, irmão do atual Chefe da Casa Real, antes, 2º Infante de Portugal. 


Armas dos Lencastre, ou Lancaster, descendentes bastardos da Casa Real por serem descendentes do Rei João II de Portugal.