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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Brasões dos Membros da Sacra Milícia

Fiel Leitor do Blog de Cavalaria, faremos hoje um tipo de postagem que já não fazemos há muitos anos: uma postagem pura e simples sobre brasões de Armas, e hoje, faremos sobre os brasões de alguns Cavaleiros da Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, a muito conhecida Sacra Milícia.

Para facilitarmos a leitura, bem como a compreensão de que trata-se de uma postagem sobre brasões, e não sobre os portadores, colocarei apenas informações básicas, como o primeiro nome do Cavaleiro, e o grau na Ordem, para assim se compreender as condecorações:

Brasão de Armas de Sir Edvaldo, que além de ser Cavaleiro-Comendador de Graça Magistral da Sacra Milícia, é também Cavaleiro da Ordem da Cruz Mariana (Ordem Cavalheiresca interna da Sacra Milícia) e Cavaleiro da Ordem da Lealdade ao Príncipe (outra Ordem Dinástica da Casa Principesca de Mesolcina).

Brasão de Armas de Sir Ednaldo (irmão de Sir Edvaldo, cujo brasão está acima), que é Cavaleiro de Graça Magistral da Sacra Milícia, Cavaleiro da Ordem da Cruz Mariana e Cavaleiro da Ordem da Lealdade ao Príncipe.


Brasão de Armas de Sir Adilson, Cavaleiro de Ofício da Sacra Milícia.

Brasão de Armas de Sir Márcio, Cavaleiro de Graça Magistral da Sacra Milícia.

Brasão de Armas do Delegado da Delegação Checa das Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina, que é Cavaleiro da Grã-Cruz de Graça e Devoção da Sacra Milícia. 

Para aqueles que desejam saber maiores informações acerca das atividades da Delegação Brasileira das Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina, fora lançado esta semana um novo site próprio da Delegação, que é: mesolcina.wixsite.com/delegacaobrasileira 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Heráldica: Aumento de Honras / Heraldry Augmentation of Honor




Por Sua Alteza Sereníssima
Andre Prinz von Trivulzio-Galli
18º Príncipe e Duque de Mesolcina e Príncipe do Sacro Império Romano-Germânico

Um tema pouco lembrado para aqueles que escrevem sobre a heráldica, é a temática do Aumento de Honras, coisa assaz bastante comum nos séculos que sucederam à Idade Média, porém quase totalmente esquecida em nossos dias.

Um Aumento de Honras, em italiano: Arma di Concessione, em inglês: Augmentation of Honor, e consiste, basicamente, na Concessão Heráldica, feita por um Imperador, Rei ou Príncipe, de parte de suas Armas pessoais a algum Vassalo seu, ou a algum partidário. 

A curiosa situação política italiana, onde não havia um Rei, porém onde a península era governada por dezenas de Príncipes mais ou menos Soberanos, possibilitou que as famílias italianas recebessem Concessões de Aumentos de Armas feitas por diversos Soberanos estrangeiros.

Brasão dos Gonzaga (depois Duques de Mantova) após o Aumento de Honras a eles concedidos em 1394 por parte do Sacro Imperador Romano-Germânico Venceslau de Luxemburgo, que sendo também Rei da Boêmia, permitiu que os Gonzaga levassem o leão da Boêmia como Aumento de suas Armas.


Os Sacro Imperadores Romanos-Germânicos foram os que mais Aumentos de Honras realizaram para famílias da nobreza italiana, principalmente àquelas do Norte. A maioria desses Aumentos consistiu na Concessão do uso da águia imperial, de sable (preta) sobre ouro. Tal águia foi utilizada tanto com uma cabeça (Impero antico) como bicéfala. 

Um Aumento de Honras, quando realizado, devia tomar a parte mais honrosa do escudo, assim, foram comuns os Aumentos de Honra utilizados em Chefe, ou ainda, no esquartelado do escudo (quando o Aumento utiliza o 1º e 4º campos), ou ainda como escudete sobre o abismo do escudo. 

O Rei da França foi sempre promissor em conceder Aumentos de Honras aos seus partidários italianos, e isso tinha uma razão prática: um Príncipe utilizando as Honras Heráldicas recebidas de um Rei estrangeiro era uma mensagem política importante, vez que, após o final da Idade Média, portar um brasão era necessariamente sinal de alinhamento político com o dono daquele brasão (mais ou menos o que se vê em nossos dias, com os partidários de determinados partidos, que usam os símbolos de seus grupos). 

Várias foram as famílias da mais alta aristocracia italiana que receberam Aumentos de Armas do Rei da França. Esses Aumentos, eram então chamados de Aumentos de França. Uma das mais antigas foi a dos Visconti, Senhores e depois Duques de Milão, que receberam seu Aumento de França ainda em 1395, quando Gian Galeazzo Visconti o recebeu do Rei Carlos VI de França, na ocasião do casamento do Duque de Milão com a Princesa Isabel de Valois. O Aumento de França concedido aos Duques de Milão era composto por um escudo de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma dupla bordadura, a primeira (externa) de goles, e a segunda (interna) de prata.
Grandes Armas dos Duques de Milão, com o Aumento de França
Os Duques de Milão utilizaram seu Aumento de França esquartelado com suas Armas Dinásticas, criando assim um padrão a ser respeitado e utilizado pelos demais príncipes italianos que o recebessem. Ainda em 1402, por reclamação do Sacro Imperador Romano-Germânico, Suserano do Duque de Milão, o Aumento de França foi substituído pelo um campo d'ouro com uma águia imperial, no padrão que se manteria para sempre como o Ducal de Milão; contudo, os Visconti manteriam seu Aumento de França em suas armas pessoais.

Aumento de Honras atribuída aos Visconti, Duques de Milão, Condes de Pavia, Senhores de Asti, Vicenza, Venosa, Pisa, etc., pelo Rei Carlos VI de França.

Casa de Est recebeu em 1431 um Aumento de Honras dadas pelo Rei Carlos VII, composto por um escudo de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma bordadura dentada de goles e ouro. Tal concessão deu-se por ser Niccolò III d'Este, Marquês de Ferrara, de Modena e Reggio, um dos maiores partidários do Rei Carlos VII. 

Aumento de Honras atribuída aos Est, Marqueses de Ferrara, de Modena e Reggio (depois Duques de Modena e Reggio), pelo Rei Carlos VII de França.

Quanto à Casa Colleoni, esta recebeu seu Aumento de França ainda em 1440, quando Bartolomeo Colleoni, Senhor de Calcinate, de Cologno al Serio, de Malpaga e de Covo, etc., Condottiere da Sereníssima República de Veneza, o recebeu do Rei Carlos VII de França. Barolomeo Colleoni foi um dos raríssimos Armigerantes que recebeu dois Aumentos de Honras do mesmo Rei: primeiramente, teve o direito de usar seu escudo cortado, I as Armas da França, e II a dos Colleoni; mais tarde, Carlos VII lhe concedeu novo Aumento de Honras, quando lhe concedeu que usasse um escudo de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma bordadura de blau e ouro.

Aumento de Honras dos Colleoni, Senhores de Calcinate, de Cologno al Serio, de Martinengo, de Malpaga, de Covo, etc. pelo Rei Carlos VII de França


A Casa de'Médici, que recebeu ainda em 1465 um Aumento de Honras dadas pelo Rei Luis IX, que consistiu nas próprias Armas do Rei da França, em formato redondo, a serem utilizadas sobre o abismo (centro) de seu escudo. Depois, no tempo de Lorenzo de'Medici, dito Il Magnifico, o Aumento de França passou a ser utilizado em chefe de seu escudo.

Aumento de Honras atribuídas aos de'Medici, Duques de Florença (depois Grão-Duques da Toscana), pelo Rei Luís IX de França


A Casa de Trivulzio recebeu seu Aumento de França em 1480, quando Gian Giacomo II Trivulzio, dito Il Magno, Duque de Venosa e de Melfi, Marquês de Vigevano e Conde de Mesolcina, torna-se o Marechal do Reino da França. O Aumento de Honras da Casa de Trivulzio consistia em um escudo de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma bordadura de goles com oito rosas de prata.

Este não foi o único Aumento de Honras que Gian Giacomo II Trivulzio adimpliu para sua Linhagem, pois vale-se lembrar que Il Magno Trivulzio também recebeu Aumento de Honras do Papa Inocêncio VIII, que em agosto de 1487 lhe concede a Rosa de Ouro, a maior honraria que pode ser concedida pela Santa Igreja. Para simbolizar tamanha honraria, É adimplido um campo de ouro com uma faixa de prata (cores da Santa Sé), carregada de uma rosa de ouro, entre duas cruzes páteas de goles.

Aumento de Honras atribuído aos Trivulzio, Príncipes de Mesolcina, Duques de Venosa, de Bojano, de Melfi, Marqueses de Vigevano, pelo Rei Luís IX de França


Não menos famoso que os anteriores, é o Aumento de França que foi concedido ao Ramo de Nevers da Casa de Gonzaga. Os Gonzaga-Nevers receberam como Aumento de França o direito de portar um escudo de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma bordadura de goles com oito besantes de prata; tais Armas são chamadas de Armas d'Alençon, justamente porque foram utilizadas pelos Duques d'Alençon (da Casa de Valois). Isso foi possível uma vez que Anna d'Alençon, filha do Duque Renato d'Alençon, casou-se com Guilherme IX Paleólogo, Marquês de Monferrato, e desse casamento nasceram 3 filhos, sendo uma delas, Margherita Paleólogo que casou-se com Frederico II Gonzaga, Duque de Mantova, legando então aos Gonzaga os direitos que sua mãe havia trazido com seu casamento, que passaram em seguida a Luis Gonzaga, terceiro de seus sete filhos, que casou-se com a herdeira do Ducado de Nevers, iniciando assim o Ramo dos Gonzaga-Nevers.

Aumento de Honras atribuído aos Gonzaga-Nevers, Duques de Mantova, de Nevers e de Rethel.


Algo bastante curioso sobre os Aumentos de Honras, é que eles podiam mesmo vir a serem utilizados como Armas principais da Dinastia, como muitas vezes fizeram os Gonzaga-Nevers, que passaram a utilizar seu Aumento de França como Armas plenas, mesmo que isso os colocasse em conflito com os Duques d'Alençon, que usavam as mesmas Armas.

Moeda de Carlos I de Gonzaga-Nevers, Duque de Mantova: nota-se que apenas são utilizadas as Armas de Alençon (três flores-de-lis em contrarroquete, com bordadura carregada de oito besantes).


HERALDICAMENTE o Aumento de Honras deve ser descrito à parte, de modo a se conservar na descrição heráldica o fato da peça não ser uma simples partição heráldica, mas sim ser um Aumento de Honras. Assim sendo, o brasão que segue, não deve ser descrito como "Equartelado, I e IV de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete com bordadura dentada de goles e ouro; II e III de blau carregado d'uma águia estendida de prata, armada, bicada, linguada e coroada d'ouro", pois, apesar de tal descrição ser heraldicamente correta ela é historicamente imprecisa, e como sabemos, Fiel Leitor, heráldica sem história é uma ciência estéril. Dessa forma, o modo correto de se descrever tal brasão, heraldicamente, é:

Equartelado: I e IV com o Aumento de Honras Concedido pelo Rei Carlos VII de França em 1431, que é de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma bordadura dentada de goles e ouro; II e III Armas dos d'Este, que são de blau carregado d'uma águia estendida de prata, armada, bicada, linguada e coroada d'ouro.

Uma curiosidade heráldica é o fato de que não existe nenhum termo heráldico em francês para se descrever um Aumento de Honras. Quando um heraldista franco deseja descrever um brasão que o contenha, deve utilizar o termo inglês Augmentation. Isso é de fato muito curioso, uma vez que foram os próprios Reis Franceses que mais difundiram esse costume ao longo dos séculos...

Uma coisa muito curiosa é o fato de que não foram apenas os Reis da França que concederam o Aumento de França! Por muitos séculos os Reis da Inglaterra sustentaram seus Direitos Dinásticos ao Trono da França (fato gerador da Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e a França), e dessa forma, como pretendentes anglicanos ao Trono da França, os Reis da Inglaterra também concederam algumas vezes o Aumento de França a seus vassalos. O mais famoso deles é, sem dúvida, o Aumento de Honras dos Duques de Marlborough, que foi concedido no ano de 1817 pelo Rei George III, e é composto por um escudo de blau, com três flores-de-lis d'ouro em contrarroquete (Armas da França) tendo por diferença uma bordadura de goles e de prata... Todavia, os Reis da Inglaterra sustentam não se tratar de uma bordadura em goles e prata, e sim de um campo de prata, com uma Cruz de São Jorge de goles, e sobre eles as Armas da França... Teorias heráldicas à parte, a conclusão de se tratar de uma bordadura, ou de um escudete de França sobre um escudo da Inglaterra (sic) deixo ao Fiel Leitor:

Aumento de Honras atribuído aos Spencer-Churchill, Duques de Marlborougt, Concessão essa feita pelo Rei George III da Inglaterra 

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Brasões da Casa Real da França / Coats of Arms of the Royal House of France

ATUALIZADO EM 09/04/2021

Por Sua Alteza Sereníssima
o Príncipe Don Andrea Prinz von Trivulzio-Galli
Conde de Dreux, Visconde de Beu, Príncipe do Sangue Capetíngio
18º Príncipe de Mesolcina
22º Duque de Venosa

Como é sabido por todos os Fieis Leitores do Corriere della Mesolcina, sou o Príncipe e Duque de Mesolcina, Chefe da Magnífica e Sereníssima Casa de Trivulzio-Galli, mas também sou heraldista há muitos anos (comecei a estudar a heráldica aos 9 anos de idade), bem como sou Monarquista até a medula de meus ossos. Mais até do que Monarquista, sou um Legitimista, em todos os usos desse termo, pois sei que não é útil um monarquia que advenha da revolução ou do golpe, uma Monarquia verdadeira deve ser, antes de mais nada, Legítima. 

Minha linhagem masculina e legítima (varonia) é Capetiana, já que descendo do Rei Luis VI, O Gordo. Meus antecessores, Príncipes de Mesolcina, recebeu numerosos títulos ao longo dos anos, alguns deles tornaram-se mais famosos, como os de Duques de Venosa e Marqueses de Vigevano, ambos couberam a Gian Giacomo II Trivulzio, que os recebeu do Rei Carlos VII da França em 1482. Como ambos são títulos hereditários, depois confirmados pelo Sacro Imperador Fernando II de Habsburgo, todavia, mantiveram sua natureza de títulos nobiliares franceses. 

Dessa forma, como um Príncipes do Sacro Império Romano-Germânico, mas também como um Príncipe do Sangue Capetíngio e Duque francês, sempre tive grande interesse pela Restauração da Monarquia na França, que como sabemos, é a Filha Primogênita da Igreja, e a mais antiga Monarquia da Europa (e perceba, Fiel Leitor, que a derrocada da Monarquia na França foi o princípio da derrocada de todas as demais Monarquias do Continente). 

Na França há hoje duas "correntes" monarquistas, aqueles que apoiam Jean d'Orléans, que são por isso chamados de "orleanistas", e aqueles que apoiam o Príncipe Luis de Bourbon, Pretendente Legítimo ao Trono da França, e por isso são chamados de Legitimistas. 

Segundo os orleanistas, os Bourbons perderam seus direitos ao Trono da França, pois descendem de Felipe V de Bourbon, Duque de Anjou, que tornou-se Rei da Espanha em 1º de novembro de 1700. O fato é que a Casa de Habsburgo e a Casa de Bourbon entraram em guerra para definir de quem era o Direito ao Trono da Espanha. Para por fim a Guerra de Sucessão Espanhola (como ficou depois conhecido esse conflito), Felipe V foi obrigado a assinar o Tratado de Utrecht, onde um dos artigos definia que Felipe V abandonaria para si e para seus descendentes seus Direitos ao Trono da França, o que foi absolutamente impossível e inválido, uma vez que a Monarquia Francesa era Sucessória, e não Hereditária, como as demais.

Isso quer dizer que na França o homem mais velho da linha mais velha da Casa Capetiana (descendentes agnatos de Hugo Capeto) herda o Trono da França, independente do que ocorra. Tal Lei, chamada de Lei Fundamental do Reino da França, garantiu o famoso "Milagre Capetiano", que salvou a França se crises sucessórias desde o século X.

Encerrando de vez os argumentos daqueles que apoiam as supostas pretensões do "Conde de Paris" (Duque d'Orléans) ao Trono da França, alegando que a renúncia que Felipe V foi obrigado a assinar pelo Tratado de Utrecht foi válida, lembro-os que Louis-Philippe d'Orléans, 5º Duque de Orléans, também RENUNCIOU A SEUS DIREITOS SUCESSÓRIOS para ser eleito pela Convenção da Revolução Francesa, se não vejamos a declaração que este mesmo Duque de Orléans fez:

"Je déclare que je déposerai sur le bureau ma renonciation formelle aux droits de membre de la dynastie régnante, pour m’en tenir à ceux de citoyen français."

Louis-Philippe d'Orléans, 5º Duque d'Orléans, chegou a afirmar, perante a Convenção, ser filho de uma relação adúltera de sua mãe, e dessa forma, não ter o sangue Capetíngio, assumindo o sobrenome de "Égalité" (Igualdade), passando formalmente a ser chamado de Philippe Égalité, como bem sabemos.

Para saber mais, recomendo esse site: http://www.viveleroy.fr/ e https://viveleroy.net/ , dois dos melhores sobre o assunto. 

Esclarecendo tais aspetos, passo agora a publicar os brasões dos membros da Dinastia Capetíngia, começando com Sua Alteza Real o Príncipe Luís XX de Bourbon, Duque d'Anjou, Chefe da Casa Real da França (como a lista é muito extensa, com mais de 120 nomes, blasonei apenas aqueles que possuem brasão de armas mais conhecido).

Casa de Bourbon (de França)

Brasão de Sua Alteza Real o Príncipe Luís XX de Bourbon,
Duque de Anjou,
Chefe da Casa Real da França, e Legítimo Rei da França, "Liutenant du Christ" (Lugar-Tenente de Cristo)

Brasão de Sua Alteza Real a Princesa Marie Marguerite, Duquesa de Anjou,
Consorte do Chefe da Casa Real da França.

Brasão de Sua Alteza Real a Princesa Maria del Carmen Martínez-Bordiú, Duquesa Viúva de Anjou, 2º Duquesa de Franco (por direito próprio), Mãe do Chefe da Casa Real da França.
Filha de Dona María del Carmen Franco, 1º Duquesa de Franco e de Don Cristóbal Martínez-Bordiú, 10º Marquês de Villaverde.

  Brasão de Sua Alteza Real o Príncipe Louis de Bourbon,
Delfim da França, Duque da Borgonha,
1º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


  Brasão de Sua Alteza Real o Príncipe Alfonso de Bourbon,
Filho da França, Duque da Berry,
2º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


  Brasão de Sua Alteza Real o Príncipe Henri de Bourbon,
Filho da França, Duque da Touraine,
3º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa de Bourbon-Espanha


  Brasão de Suas Majestades Católicas os Reis
Juan Carlos I da Espanha
4º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.
e Felipe VI da Espanha
5º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa de Bourbon-Sevilha

Os Duques de Sevilha são hoje os Primeiros Príncipes de Sangue da França, posição que antes cabia aos Príncipes de Condé (extintos em 1830), dessa forma propomos que utilizem tais Príncipes as Armas outrora cabíveis aos Príncipes de Condé:

Brasão atualmente utilizado pelos Duques de Sevilha

Brasão de Armas propostas para Francisco de Bourbon, Duque de Sevilha
Primeiro Príncipe de Sangue da França
6º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas propostas para Francisco de Paula de Bourbon, filho do Duque de Sevilha
Príncipe de Sangue da França
7º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


Brasão de Armas propostas para Alfonso Gonzalo de Bourbon, Duque de Santa Elena
(como cabeça do segundo ramo dos Bourbon-Sevilha)
Príncipe de Sangue da França
12º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas propostas para Alfonso de Bourbon, filho do Duque de Santa Elena
Príncipe de Sangue da França
13º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa de Bourbon-Duas Sicílias (Ramo Hispano-Napolitano, com Direitos ao Trono do Reino de Navarra)


Brasões de Don Pedro de Bourbon-Duas Sicílias, Duque de Calabria
O primeiro, em sua condição de pretendente ao Trono das Duas-Sicílias
O segundo em sua condição de pretendente ao Trono de Navarra

herdou de sua avó a Princesa Alicia de Bourbon-Parma os Direitos Dinásticos ao Trono do Reino de Navarra
Em sua condição como Rei Titular de Navarra, é
Duque de de Albret e Beaumont, Conde de Foix, Bigorra, Armañac, e Rodez, Visconde de Marsan, Tursan, Gabardan, Nebouzan e Fesensaguet, Barão de Barbazan, Asparroz, Aspet, Barthe, Barous, Aure, Neste, Magnoac, Captieux, Château-Gontier y La Flèche, Castelão de Ham, La Fère y Marie e Visconde de Bearne e alodiais de Andorra, Donezan e suas terras dependentes
Chefe da Casa Real de Navarra, Grão-Mestre da Ordem Militar del Lebrel Blanco (Navarra), Príncipe de Sangue da França
19º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasões de Don Jaime de Bourbon-Duas Sicílias,
Duque de Noto,
o primeiro em sua condição de herdeiro da Casa das Duas-Sicílias
o segundo em sua condição de herdeiro da Casa de Navarra
Filho do Chefe da Casa Real das Duas-Sicílias e de Navarra
Príncipe de Sangue da França
20º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasões dos Príncipes Juan, Pablo e Pedro de Bourbon-Duas Sicílias,
Príncipes das Duas Sicílias,
Infantes de Navarra e Príncipes de Sangue da França,
Filhos do Duque de Calábria
21°, 22° e 23º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa de Bourbon-Duas Sicílias (Ramo Franco-Napolitano)

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Carlo de Bourbon Duas-Sicílias,
Duque de Castro, Chefe do Ramo Franco-Napolitano Casa Real das Duas-Sicílias
Príncipe de Sangue da França
24º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe François de Bourbon-Duas Sicílias,
Príncipe das Duas-Sicílias,
Príncipe de Sangue da França,
25º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Pe. Alessandro de Bourbon-Duas Sicílias,
Príncipe das Duas-Sicílias,
Príncipe de Sangue da França,
30º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa de Bourbon-Parma

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Carlos de Bourbon-Parma,
Duque de Parma e Piacenza, Chefe da Casa Ducal de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
31º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Carlos de Bourbon-Parma,
Príncipe Piacenza, Herdeiro do Chefe da Casa Ducal de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
32º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Jaime de Bourbon-Parma,
Conde de Bardi, Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
33º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Sixte Henry de Bourbon-Parma,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
34º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa de Bourbon-Luxemburgo (Bourbon-Parma-Nassau)

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Henri de Bourbon-Parma,
Grão-Duque do Luxemburgo,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
35º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Guillaume de Bourbon-Parma,
Grão-Duque Hereditário do Luxemburgo,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
36º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Félix de Bourbon-Parma,
Príncipe do Luxemburgo,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
38º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


Casa de Bourbon-Parma


Brasão de Armas de Sua Alteza Real o Príncipe Philippe de Bourbon-Parma,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
53º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

de Sua Alteza Real o Príncipe Jacques de Bourbon-Parma,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
54º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

de Sua Alteza Real o Príncipe Joseph de Bourbon-Parma,
Príncipe de Parma,
Príncipe de Sangue da França,
55º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa d'Orléans

Os Príncipes da Casa d'Orléans não são descendentes de Luís XIV, mas sim de seu irmão, o Duque d'Orléans, por isso, não serão chamados de Bourbon, nome ao qual que não têm direitos. São todos descendentes de Philippe Égalité.

Os Orléans durante o Antigo Regime possuíam apenas o tratamento de Altezas Sereníssimas, não Altezas Reais, contudo o Rei Luís XVIII concede a Louis Philippe III d'Orléans, 6º Duque d'Orléans, o título de Alteza Real, contudo, tal título não aparece confirmado em seus descendentes, nem pelos Reis de França, nem pelos Chefes da Casa Real Francesa, dando a entender que os Orléans retornaram ao seu primitivo tratamento de Altezas Sereníssimas. 

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Jean d'Orléans,
Duque de Orléans
(o referido príncipe adotou o título de "conde de Paris", todavia não tem qualquer direito a esse título. 
Príncipe de Sangue da França,
Enquanto Duque de Orléans, possui os títulos de:
Duque d'Orléans, de Chartres, de Valois, de Nemours e de Montpensier, Delfin d'Auvergne, Duque de Châtellerault, Par de França, Príncipe de Joinville, Conde de Dourdan e de Romorantin, Conde de Mortain, Conde de Bar-sur-Seine, Visconde d'Auge e de Domfront, Marquês de Coucy e de Folembray, Barão de Beaujolais, Senhor de Montargis
69º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Gaston d'Orléans,
Duque de Chartres
(título do herdeiro do Duque de Orléans)
Príncipe de Sangue da França,
70º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Casa d'Orléans-Bragança


Armas possivelmente utilizadas em França

Armas utilizadas no Brasil


Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Dom Pedro Carlos de Alcântara de Orléans-Bragança
3º Príncipe d'Orléans-Eu
Príncipe de Sangue da França,
84º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Dom Pedro Tiago de Orléans-Bragança
Herdeiro do Príncipe d'Orléans-Eu
Príncipe de Sangue da França,
85º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.



Casa Imperial do Brasil



Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Dom Luiz Philippe d'Orléans e Bragança
Príncipe de Orléans e Bragança
Príncipe de Sangue da França,
96º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Imperial Dom Bertand d'Orléans e Bragança
Chefe da Casa Imperial do Brasil
Recomendaríamos aqui que Dom Luís Gastão recebesse o título de 
de Nemours, ou ao menos o título de Duque de Santa Cruz
Para representar seu posto como Chefe dos Capetianos do Brasil
Príncipe de Sangue da França,
95º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Imperial Dom Antônio d'Orléans e Bragança
Príncipe Imperial do Brasil
Príncipe de Sangue da França,
96º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Dom Rafael d'Orléans e Bragança
Príncipe do Grão-Pará, Príncipe do Brasil,
Príncipe de Sangue da França,
97º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


Casa de Orléans-Galliera (são também considerados Dinastas do antigo Principado de Mesolcina, sucedendo à Sereníssima Casa Principesca de Trivulzio-Galli em caso de sua extinção)


Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Alfonso d'Orléans-Bourbon, Duque de Galliera
Príncipe de Sangue da França,
109º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.


Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Alvare d'Orléans-Galliera
Príncipe de Sangue da França,
110º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Alvare-Jacques d'Orléans-Galliera
Príncipe de Sangue da França,
111º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima André d'Orléans-Galliera
Príncipe de Sangue da França,
112º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Alois d'Orléans-Galliera
Príncipe de Sangue da França,
113º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.

Brasão de Armas de Sua Alteza Sereníssima Alfonse d'Orléans-Galliera
Príncipe de Sangue da França,
114º na Linha de Sucessão à Chefia da Casa Real da França.