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terça-feira, 24 de abril de 2018

A Imperial Ordem da Rosa



A Imperial Ordem da Rosa foi criada pelo Imperador Dom Pedro I do Brasil (que foi também Rei de Portugal como Dom Pedro IV e Duque de Bragança como Dom Pedro I) pelo Decreto Imperial de 17 de outubro de 1829. Dom Pedro I, com a criação da nova Ordem, queria perpetuar seu casamento com Sua Alteza Real Amélia de Beauharnais, Princesa de Leuchtenberg e de Eichstätt. 

A Ordem foi dividida em 7 Graus, sendo a mais ampla do Império Brasileiro. Uma curiosidade sobre ela era que, apesar da existência de um Grão-Colar na Ordem, não existia nela o posto de Cavaleiro do Grão-Colar. Outra curiosidade é que, fora o primeiro posto [Cavaleiro], todos os demais portavam a placa da Ordem. 

São os postos da Imperial Ordem da Rosa:

1 Cavaleiro;
2 Oficial;
3 Comendador;
4 Dignatário (em número não superior a 32);
5 Grande Dignatário (em número não superior a 16);
6 Cavaleiro da Grã-Cruz (em número não superior a 8);
7 Cavaleiro da Grã-Cruz Efetivo (em número não superior a 8);

Insígnias da Imperial Ordem da Rosa

Cavaleiro:

Oficial:

Comendador:

Dignatário:

Grande Dignatário:

Grã-Cruz:

Grã-Cruz Efetivo:

Usos heráldicos da Imperial Ordem da Rosa

A Monarquia Brasileira, apesar de sua longa história (tendo iniciado-se ainda em 1500, onde vale-se lembrar que o primeiro Monarca do Brasil foi o Rei Dom Manuel I de Portugal, da Dinastia de Avis), não foi capaz de desenvolver uma larga tradição heráldica. O Rei-de-Armas de Portugal foi também o Rei de Armas do Brasil até o ano de 1822, mais tarde nomeou-se como Rei-de-Armas a Possidônio Carneiro da Fonseca Costa, que serviu como Rei-de-Armas até o ano de 1853, quando então fora sucedido por Luis Aleixo Boulanger, contudo, não criou-se uma regulamentação específica do uso das condecorações das Ordens Imperiais, de modo que cada armigerante as portava em suas Armas ao seu bel prazer.

No intuito de dar uma correta visão heráldica à esta tão bela Ordem, passo a dispor as condecorações de uma maneira heraldicamente correta, bem como a manter o espírito do Decreto Imperial de 17 de outubro de 1829.

Cavaleiro:
Os Cavaleiro portam a sua Condecoração diretamente da ponta do escudo

Oficial:
Usam sua condecoração (que é sem a coroa imperial) pendente do nastro da Ordem

Comendador:
Usam sua condecoração (que leva a coroa imperial) pendente do nastro da Ordem

Dignatário:
Usam sua condecoração (que é sem a coroa imperial) pendente da fita da Ordem

Grande Dignatário:
Usam sua condecoração (que leva a coroa imperial) pendente da fita da Ordem

Grã-Cruz:
Usam sua condecoração (que leva a coroa imperial) pendente da banda da Ordem

Grã-Cruz Efetiva
Usam ao redor do escudo o Colar da Ordem

As condecorações utilizadas na presente publicação são obra do Sr. Raphael Vibancos Lisboa (que desenhou as rosas e as folhas), de Paulo Roberto de Sousa Fernandes, Conde de Colle d'Agnese (que desenhou a estrela e os escudetes) e de Andre Prinz von Trivulzio-Galli (que desenhou as fitas e bandas). 

Proibida a reprodução sem a autorização expressa de Andre Prinz von Trivulzio-Galli. 

Para citação no Brasil (ABNT), usar:
PRINZ VON TRIVULZIO-GALLI, Andre. A Imperial Ordem da Rosa, Blog de Cavalaria. 2018. Disponível em: http://www.blogdecavalaria.com/2018/04/a-imperial-ordem-da-rosa.html acessado em (especificar a data do acesso ao site).

2 comentários:

  1. Excelente postagem! Meu trisavô recebeu a comenda de cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa.

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  2. Lamentável que o Arquivo de Concessão desta importante Ordem esta vedado a pesquisa no Arquivo Nacional. Foram quase 14.550 outorgas, daria uma rica história!!!!

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