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domingo, 26 de novembro de 2023

Brasões dos Membros da Casa Imperial do Brasil, seguindo o modelo heráldico de 1783

                                               


 Fiéis Leitores do Corriere della Mesolcina, hoje, irei publicar um estudo que, venho desenvolvendo ao longo dos anos, e que irá interessar a muitos de vocês: a Heráldica na Casa Imperial do Brasil.

Primeiramente, gostaria de afirmar sobre a grande dificuldade que envolve este estudo, pois, tanto no Reino do Brasil como no Império do Brasil a heráldica era pouco desenvolvida em suas regras próprias. Nos Reinados de Dona Maria I e Dom João I, a heráldica seguiu as regras próprias da heráldica portuguesa. Já depois da separação do Império do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, no Reinado de Dom Pedro I a heráldica manteve-se basicamente próxima à heráldica portuguesa, já tendo, contudo, reflexos da heráldica francesa. Durante o Reinado de Dom Pedro II, de fato, a heráldica brasileira foi "inundada" por modas típicas da heráldica francesa. 

Porém, ao se analisar os brasões da Casa Imperial do Brasil, chegamos a uma série de regras não escritas, mas que seguem por base no costume. Aqui queremos deixar claro que estamos falando da heráldica, não da vexilologia (estudo das bandeiras), de modo que, a realidade heráldica que aqui demonstramos, não alteraria a bandeira do antigo Império do Brasil.

1 Costume: Após a morte da Princesa Dona Isabel de Bragança, Condessa d'Eu, Chefe da Casa Imperial do Brasil entre 1891 a 1921, extinguiu-se o ramo brasileiro da Casa de Bragança. Seus três filhos com o Príncipe Luís Gastão de Orléans, Conde d'Eu, herdaram a varonia paterna (Orléans, ramo cadete da Casa Real da França, hoje Chefiada por Sua Alteza Real o Duque de Anjou), e, mesmo que tenham mantido o sobrenome dinástico "Orléans e Bragança", de fato são membros da Casa de Orléans. Por este motivo, sobre o antigo escudo imperial brasileiro, carrega-se um escudete, com as armas dos Orléans.


2 Costume: O número de estrelas varia com a quantidade de unidades federativas brasileiras (atuais Estados, antigas Províncias), de modo que, os atuais Dinastas da Casa Imperial do Brasil, tem em seus brasões 27 estrelas (para os 26 estados mais o distrito federal). Os não Dinastas, carregam em seus brasões o número de estrelas correspondente ao número de unidades federativas, ao tempo em que perderam seus direitos dinásticos.


3 Costume: O Ramo Primogênito da Princesa Isabel e do Conde d'Eu não é um ramo dinástico. O Chamado "ramo de Petrópolis" apenas tem direitos dinásticos (tal qual todos os membros nascidos de casamento católico da Casa Imperial do Brasil) ao extinto Trono da França, logo, possuem o tratamento de Príncipes de Sangue da França, e estão na Linha de Sucessão ao Trono Francês após os Bourbon-França, os Bourbon-Espanha, os Bourbon Duas Sicílias, os Bourbon-Parma, os Bourbon-Nassau, e os Orléans, estando na frente dos Orléans-Galliera. 


4 Costume: Em 1783 o heraldista Frei Manuel de Santo Antônio e Silva recapitulou todo o sistema de cadências da Casa Real, através de seu livro Thesouro da Nobreza de Portugal, compilou as normas de diferenciação, através dos lambéis, do Príncipe Herdeiro, dos Infantes e Infantas; e será, com base nessa legislação, que apresentaremos as Armas a seguir. Como já apresentado em uma postagem anterior, onde as diferenças se davam pelo sistema de cadências, e não de lambel, também iremos, no futuro, apresentar uma terceira maneira dos brasões dos Membros da Casa Imperial do Brasil, com os lambéis sempre de três pendentes, e com as cargas diferenciadas, seguindo o "estimo moderno", semelhante ao da Família Real britânica. 


5 Costume: Como Dom Pedro I decretou que continuariam a viger no Império do Brasil as Leis que até então haviam vigido no Reino do Brasil, desde que estas não fossem abolidas ou substituídas por novas leis, a heráldica oficial durante toda a Monarquia Brasileira foi a Portuguesa, e será, com base nesta, que iremos blasonar os brasões dos membros da Casa Imperial do Brasil:


Aviso: Nós iremos utilizar os títulos e denominações que foram dadas por dom Pedro I na Constituição Política do Império do Brasil.


Quando falarmos nas Armas Imperiais do Brasil, falaremos em: um campo de sinopla, com uma esfera armilar de ouro, transpassada pela Cruz da Ordem Religiosa-Militar de Cristo e encerrada em um listel de blau, orlado de prata e polvilhado com o número de estrelas do mesmo metal, correspondente a cada Príncipe; sobreposto, um escudete tendo as Armas dos Duques de Oléans – de blau, com três flores de lis de ouro, postas em roquete, e, em chefe, um lambel de três pontas de prata; Ao redor do escudo a banda da mais alta condecoração Dinástica que por ventura venha o armigerante a possuir. 

Suportes: um ramo de tabaco, florido, à sinistra, e um ramo de café, frutificado, à destra, ambos de sua própria cor e unidos por um laço de goles. 

Timbrando o escudo, a Coroa correspondente. 


Para o Imperador ou Chefe da Casa Imperial, agrega-se: atrás do escudo, cruzados da sinistra para a destra e da destra para a sinistra, o Cetro do Império do Brasil e o Cetro da Mão da Justiça, ambos de ouro.

Coroa Diamantina (a do Império do Brasil), com 8 diademas de ouro cravejado de pérolas, 5 visíveis e forro de goles.

Condecoração: a Banda da Imperial Ordem do Cruzeiro, transpassada pelo laço dos suportes.

Pavilhão: de sinopla, recolhido, com dossel, cordões e franjas de ouro e forro de arminho, o todo encimado pela Coroa do Império do Brasil. 


Brasões históricos:

Brasão de Sua Majestade Imperial e Fidelíssima o Imperador Dom Pedro I do Brasil e IV de Portugal, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e Além Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, Duque de Bragança.

Armas Imperiais do Brasil, tendo 19 estrelas em orla. Ao redor do escudo a Banda da Imperial Ordem do Cruzeiro. Sobre o escudo a Coroa Imperial de Dom Pedro I.



Armas de Sua Majestade Imperial o Imperador Dom Pedro II do Brasil, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Primogênito da Casa de Bragança. 

Armas Imperiais do Brasil, tendo 20 estrelas em orla. Ao redor do escudo a Banda da Imperial Ordem do Cruzeiro. Sobre o escudo a Coroa Diamantina.


Armas de Sua Majestade Imperial a Imperadora Titular Dona Isabel I do Brasil (uma Chefe de Estado de um Império é chamada de Imperadora; Imperatriz é a Consorte de um Imperador) Imperadora Constitucional de Ius e Defensora Perpétua do Brasil, Condessa d'Eu


Armas Imperiais do Brasil, tendo 20 estrelas em orla. Ao redor do escudo a Banda da Imperial Ordem do Cruzeiro. Sobre o escudo a Coroa Diamantina.


Armas de Sua Majestade Imperial o Imperador Consorte Dom Luís I Gastão de Orléans, Conde d'Eu, Imperador Titular Consorte do Brasil, Príncipe do Sangue da França: 

Armas plenas dos Orléans. Ao redor do escudo a Banda da Imperial Ordem do Cruzeiro. Sobre o escudo a Coroa Diamantina.


Armas de Sua Majestade Imperial o Imperador Titular do Brasil Dom Pedro III Henrique de Orléans e Bragança, Duque de Némours (título adquirido em 1970 pelo chamado "Pacto de Bruxelas") Imperador Constitucional de Ius e Defensor Perpétuo do Brasil, Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Sangue da França:

Brasão composto pelas Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 23 estrelas de prata. Sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem do Cruzeiro. Sobre o escudo a Coroa Imperial do Brasil (Coroa Diamantina) 


Armas de Sua Majestade Imperial o Imperador Titular do Brasil Dom Luís II Gastão de Orléans e Bragança, Duque de Némours, Imperador de Ius e Defensor Perpétuo do Brasil Príncipe do Sangue de França da França:

Brasão composto pelas Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 27 estrelas de prata. Sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul. Sobre o escudo a Coroa Imperial do Brasil (Coroa Diamantina) 


PRÍNCIPES DINASTAS DA CASA IMPERIAL DO BRASIL

Brasão de Sua Alteza Imperial o Príncipe Dom Bertrand I de Orléans e Bragança, Duque de Némours, Chefe da Casa Imperial do Brasil, Imperador de Ius e Defensor Perpétuo do Brasil, Príncipe do Sangue da França:

Brasão composto pelas Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 27 estrelas de prata. Sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem do Cruzeiro do Sul. Sobre o escudo a Coroa Imperial do Brasil (Coroa Diamantina) 


Brasão de Sua Alteza Imperial o Príncipe Dom Antônio de Orléans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, Príncipe do Brasil, Príncipe do Sangue da França:

Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 27 estrelas de prata, e por diferença, um lambel de prata de três pendentes. Sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a Coroa de Príncipe Imperial do Brasil.



Brasão de Sua Alteza Imperial a Princesa Dona Cristine de Ligne, Princesa Consorte Imperial do Brasil, Princesa do Brasil, Princesa de Ligne.

Armas partidas: no I as armas de seu esposo, o Príncipe Imperial do Brasil. No II as armas de seu pai, o Príncipe de Ligne e do Sacro Império Romano-Germânico. Ao redor do escudo, o Colar da Grã-Cruz Efetiva da Imperial Ordem da Rosa. Sobre o escudo a Coroa de Princesa Imperial do Brasil.



Brasão de Armas de Sua Alteza Imperial o Príncipe Dom Rafael de Orléans e Bragança, Príncipe do Grão-Pará, Príncipe do Brasil, Príncipe do Sangue da França.


Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 27 estrelas de prata, e por diferença, um lambel de prata de três pendentes, carregados cada um com uma rosa florida de goles, abotada douro e folhada de sinopla (lambel do Príncipe do Grão-Pará). Sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a Coroa do Príncipe do Grão-Pará.

Coroa dos Príncipes do Brasil e Príncipes da Casa Imperial do Brasil


A coroa heráldica (ou "coronel") dos Príncipes do Brasil, e Príncipes da Casa Imperial do Brasil, é de ouro, tendo na base os mesmos diamantes e pérolas que na Coroa Diamantina, e quatro florões triloboados (três visíveis) entre quatro flores-de-lis (duas visíveis), todos carregados pelos oportunos diamantes, do estilo da Coroa Imperial, entre as florões e as flores-de-lis, picos com diamantes.
(esta é a coroa adotada a partir de 2020, porém já desenhada anteriormente, para representar a união das Casas de Orléans (flores-de-lis) e Bragança (florões triloboados), e portanto, é o coronel heráldico dos Príncipes e Princesas do Brasil (Dinastas) e os Príncipes e Princesas da Casa Imperial do Brasil (ou seja, os não dinastas). 

Brasão de Sua Alteza a Princesa Dona Maria Gabriela de Orléans e Bragança, Princesa do Brasil, Princesa do Sangue da França


Armas: Um losango partido, no I de prata (para as armas de seu futuro esposo), no II com as armas de seu pai, o Príncipe Imperial do Brasil. Sobre o escudo a Coroa de Princesa do Brasil

Brasão de Sua Alteza a Princesa Dona Eleonora de Orléans e Bragança, Princesa de Ligne, Princesa do Brasil, Princesa do Sangue da França


Armas partidas: No I as Armas de seu marido, Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Michel, 14º Príncipe de Ligne e do Sacro Império Romano-Germânico; no II as Armas Imperiais do Brasil  tendo em orla 27* estrelas de prata, e sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Ao redor do escudo a banda de Dama da Ordem da Rainha Santa Isabel. Sobre o escudo a Coroa de Princesa do Brasil. Por suportes, os do Império do Brasil.
O conjunto repousa sobre um manto de goles, forrado de arminhos, franjado e amarrado d'ouro, e é timbrado pela fürstenhut, dos Príncipes do Sacro Império Romano, como Princesa de Ligne, d'Amblise, d'Épinoy e do Sacro Império Romano, Marquesa de Roubaix, Condessa de Fauquemberg, Viscondessa de Leyden, Baronesa de Beloeil, de Cisoing, de Werchin e de Wassenaar, como Consorte de Sua Alteza Sereníssima o Chefe da Casa Principesca de Ligne. 

* As Armas de Sua Alteza a Princesa de Ligne contém 27 estrelas em orla, pois, mesmo que seu pai, o Príncipe Dom Pedro III do Brasil as tenha usado com 23 estrelas no momento de sua morte, a Princesa de Ligne mantém-se como Dinasta do Brasil, e portando, seu escudo deve evoluir com os do atual Chefe da Casa Imperial. 


PRÍNCIPES NÃO DINASTAS DA CASA IMPERIAL DO BRASIL

Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Eudes de Orléans e Bragança (in memoriam), Príncipe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Sangue da França

Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 23 estrelas de prata, sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Por diferença pessoal, um lambel de prata, de três pendentes, tendo no terceiro as Armas da Casa de Wittelsbach. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a coroa de Príncipe da Casa Imperial do Brasil.


Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, Príncipe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Sangue da França


Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 23 estrelas de prata, e sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Por diferença pessoal, um lambel de prata, de três pendentes, tendo no primeiro de sable, com um leão rompante d'ouro (armas do Palatinado), e no terceiro as Armas da Casa de Wittelsbach. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a coroa de Príncipe da Casa Imperial do Brasil.



Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Fernando de Orléans e Bragança, Príncipe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Sangue da França

Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 22 estrelas de prata, e sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Por diferença pessoal, um lambel de prata, de três pendentes, tendo no primeiro de sable, com um leão rompante d'ouro (armas do Palatinado), no segundo as Armas da Francônia e no terceiro as Armas da Casa de Wittelsbach. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a coroa de Príncipe da Casa Imperial do Brasil.


Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Francisco de Orléans e Bragança, Príncipe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Sangue da França

Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 23 estrelas de prata, e sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Por diferença pessoal, um lambel de prata, de quatro pendentes (sendo o terceiro movido para a sinistra), tendo no primeiro de sable, com um leão rompante d'ouro (armas do Palatinado), no segundo as Armas da Francônia, no terceiro o leão de Veldenz e no quarto as Armas da Casa de Wittelsbach. Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a coroa de Príncipe da Casa Imperial do Brasil.


Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Alberto de Orléans e Bragança, Príncipe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Sangue da França


Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 24 estrelas de prata, e sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Duques de Orléans. Por diferença pessoal, um lambel de prata, de cinco pendentes, tendo no primeiro de sable, com um leão rompante d'ouro (armas do Palatinado), no segundo as Armas do Margraviado de Burgau, no terceiro as Armas da Francônia, no quarto o leão de Veldenz e no quinto as Armas da Casa de Wittelsbach Ao redor do escudo a banda da Imperial Ordem de Pedro I, Fundador do Império do Brasil. Sobre o escudo a coroa de Príncipe da Casa Imperial do Brasil.



"Ramo de Petrópolis"

Estes Príncipes do Sangue de França, Príncipes titulares de Orléans-Bragança, até o ano de 2020 não eram considerados como Príncipes da Casa Imperial do Brasil. Todavia, este posicionamento parece ter mudado naquele ano, quando através do livro "Genealogia da Casa Imperial do Brasil", cita-se que: 
"Os descendentes na linhagem varonil legítima do Príncipe Dom Pedro de Alcantara de Orleans e Bragança, que, em 1908, quando ainda era o Príncipe Imperial do Brasil, renunciou solenemente, por si e sua eventual descendência, aos seus direitos ao Trono e à Coroa do Brasil, são igualmente Príncipes e Princesas da Casa Imperial. A não inclusão deste ramo primogênito, mas sem direitos dinásticos, da Família Imperial Brasileira neste trabalho se deve única e exclusivamente ao fato de seus membros terem, sistematicamente, ao longo das décadas, falhado em manter a Chefia da Casa Imperial oficialmente informada de seus acontecimentos familiares, como casamentos e nascimentos." 

Desta forma citamos os ditos Príncipes de Orléans-Bragança:

Brasão de Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Pedro de Orléans e Bragança, Conde d'Eu, "Príncipe Titular de Orléans e Bragança" (ou "Príncipe de Orléans-Eu"), Príncipe do Sangue de França

Brasão das Armas Imperiais do Brasil, tendo em orla 20 estrelas de prata, e por diferença, um lambel de ouro de três pendentes. Sobre o abismo, um escudete com as Armas dos Condes d'Eu (de blau, três flores-de-lis d'ouro em 2-e-1, armas de França, tendo por diferença um lambel de goles de três pendentes, com três castelos d'ouro em cada pendente). Coroa de Príncipe de Sangue da França.


Armas de Sua Alteza o Príncipe Dom Pedro Tiago de Orléans e Bragança, Conde Herdeiro d'Eu, Príncipe do Sangue de França. 

Armas de seu pai, tendo por diferença, um crescente de goles aplicada ao pendente central do lambel de ouro. 


Os textos e desenhos são de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Don Andrea III Gian Giacomo Teodoro Gonzaga Trivulzio Galli, Duque e 18º Príncipe e Duque de Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico. Chefe da Casa Principesca e Ducal de Mesolcina. Proibida a utilização sem prévio consentimento por escrito da parte do autor. 

Para falar com Sua Alteza Sereníssima o Príncipe e Duque de Mesolcina, envie e-mail para o Secretariado Privado do Príncipe, através do e-mail mesolcina.it@gmail.com 

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Precisamos falar sobre a Casa Principesca de Saxe-Coburg-Koháry/ Wir müssen über das Fürstenhaus Sachsen-Coburg-Koháry sprechen/ We need to talk about the Princely House of Saxe-Coburg-Koháry/

Como o próprio título do presente artigo indica, precisamos falar a respeito da Casa Principesca de Saxe-Coburg-Koháry, o ramo Católico da Casa Ducal de Saxe-Coburg, que deu seus próprios ramos, que reinaram em Portugal, Bulgária e constituem o Ramo Saxe-Coburg-Bragança, do Império do Brasil.


Iniciaremos sobre o nome da Casa. Ao contrário do que muitos pensam, o nome da Dinastia não inclui o do Ducado de Gotha, uma vez que essa cidade-ducado, só passou ao Chefe da Casa de Coburg em 1826, quando Sua Alteza o Príncipe Ernesto III, Duque de Saxe-Coburg-Saafeld trocou a cidade de Saafeld pelo Ducado de Gotha, que governou, em União Pessoal, com o Ducado de Coburg, passou a intitular-se Príncipe Ernesto I, Duque de Saxe-Coburg e Gotha. Já a Casa de Saxe-Coburg-Koháry surgiu com o casamento de Sua Alteza o Príncipe Ferdinand Georg August, Príncipe de Saxe-Coburg-Saafeld, filho de Sua Alteza o Príncipe Franz, Duque de Saxe-Coburg-Saafeld, com a Princesa húngara Maria Antonia Gabriella von Koháry, filha de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Ferenc Josef Koháry, Príncipe de Csábrág e de Szitnya, casam em 1815, ou seja, 11 anos antes da Casa Ducal de Saxe-Coburg-Saafeld tornar-se a Casa Ducal de Saxe-Coburg e Gotha. 


No contrato de casamento entre o Príncipe Ferdinand von Saxe-Coburg-Saafel e a Princesa Maria Antonia von Koháry, estabeleceu-se que o casal herdaria todos os bens da Casa de Koháry, desde que seus descendentes herdassem o nome e o brasão d'Armas dos Koháry, (uma vez que seu pai, o Príncipe Ferenc, não teve descendência masculina) por isso, a Casa chama-se Casa Principesca de Saxe-Coburg-Koháry e não Saxe-Coburg e Gotha Koháry, como algumas pessoas imaginam. 



Em 27 de junho de 1826, morre o Príncipe de Koháry, de Csábrág e de Szitnya, e seguindo os acordos matrimoniais, os títulos de Príncipe de Koháry, de Csábrág e de Szitnya passaram ao Príncipe Ferdinand von Saxe-Coburg-Saafeld, que assim passou a ser chamado de Sua Alteza o Príncipe Ferdinad von Saxe-Coburg-Koháry, Duque da Saxônia. 


Como o patrimônio da Casa de Saxe-Coburg-Koháry era tão grande (o maior do Reino da Hungria, com mais de 150 mil hectares, além de numerosos castelos e palácios), foi instituído um Fideicomisso Geral, que passou a ser levado pelos sucessivos Príncipes de Koháry, de Csábrág e de Szitnya. O Chefe da Casa, como todos os Príncipes de Saxe, leva o título de Duque da Saxônia, sendo que o Chefe da Casa Principesca passou a intitular-se como "Duque" de Saxe-Coburg-Koháry, enquanto todos os demais membros da Família levaram o título de Príncipes de Saxe-Coburg-Koháry.


Brasão dos Chefes da Casa


Foram, sucessivamente, os Chefes da Casa Principesca de Saxe-Coburg-Koháry:

1: Ferdinand von Saxe-Coburg-Koháry (1815-1851)

2: Dom Fernando II de Portugal von Saxe-Coburg-Koháry (1851), não permanece como Chefe da Casa

3: August Ludwig von Saxe-Coburg-Koháry (1851-1881)

4: Ferdinand Philipp von Saxe-Coburg-Koháry (1881-1921)

5: Dom Pedro Augusto de Bragança von Saxe-Coburg-Koháry (1921-1934)

6: Dom Rainier Maria José de Bragança von Saxe-Coburg-Koháry (1934-1945)

7: Dom João Henrique Frederico de Bragança von Saxe-Coburg-Koháry (1945-2010)

8:  Dom Philipp Josias Maria de Bragança von Saxe-Coburg-Koháry 

9: Philipp August Ferdinand von Saxe-Coburg-Koháry (2010-2014)

10: Maximiliano von Saxe-Coburg-Koháry (2014- até nossos dias)

o Príncipe Alexander Ernest von Saxe-Coburg-Koháry é o Herdeiro da Casa.


Nos últimos anos, porém, Sua Majestade o deposto Rei Simeão II de Saxe-Coburg-Koháry, deposto Rei da Bulgária, afirmou que o casamento do Príncipe Dom Philipp Josias Maria de Bragança von Saxe-Coburg-Koháry, com sua esposa, Sarah Aurélia Hálaz, realizado em 23 de abril de 1944 teria sido um casamento morganático, uma vez que, pela noiva não ser proveniente da Nobreza, violaria então as leis da Casa de Saxe-Coburg e Gotha. Porém, vamos aos fatos:


- Em 1944 o Chefe da Casa de Saxe-Coburg e Gotha era Sua Alteza o Príncipe Carl Eduard, Duque de Saxe-Coburg e Gotha, que permaneceu como Chefe da Casa Ducal até sua morte, em 1954. Para que o casamento do Príncipe de Saxe-Coburg-Koháry ter sido considerado morganático, teria de assim ter sido declarado, pelo Duque Carl Eduard, o que não aconteceu.


- Em 1971 o Príncipe Andreas, Príncipe Hereditário de Saxe-Coburg e Gotha, casou-se com a também plebeia Carin Dobelstein, e este casamento foi aceito como Dinástico pelo então Chefe da Casa Ducal, o Príncipe Friedrich Josias, esclarecendo o ponto de que, após a queda da Monarquia nos Ducados de Coburg e Gotha, em 1918, os Príncipes da Casa de Coburg não precisam manter casamento igualitário, para permanecerem dinastas. 


Brasão do Rei Simeão II da Bulgária
com a Grã-Cruz da Principesca e Ducal Ordem de Trivulzio


O ex Rei Simeão II da Bulgária tentou assim declarar que a nova "chefa da Casa" de Saxe-Coburg-Koháry seria a sua irmã! A princesa búlgara Maria Luísa, que passaria então a ser a "9º Princesa de Koháry". Isso é algo absolutamente impossível, e vamos aos fatos:


Os títulos de Príncipe de Koháry, de Csábrág e de Szitnya foram criados no ano de 1815 pelo Imperador Francisco II do Sacro Império Romano, em favor do então Conde Ferenc Koháry, um dos homens mais ricos da Hungria, para que assim a sua filha pudesse casar-se com o Príncipe Ferdinand von Saxe-Coburg-Saafeld. Assim, podemos ver que o título, criado em 1815, é um título de nobreza do Império Austríaco, e portanto, segue a lei sálica, em que uma mulher jamais poderá herdar.


Mesmo que o casamento do Príncipe Phillip Josias tivesse sido declarado morganático pelo Duque de Saxe-Coburg e Gotha (o que não foi), isso em nada implicaria um título principesco criado pelo Fons Honorum do Chefe da Casa Imperial da Áustria.


Caso Sua Majestade o ex Rei Simeão II da Bulgária queira criar um título de nobreza, mesmo que principesco, para a sua irmã, ele, como Fons Honorum, tem todo esse direito! Mesmo poderia recriar, como um título búlgaro, o título de "Princesa de Koháry" para sua irmã... O que o ex Rei Simeão II não tem direito, é o de chamar para si o Fons Honorum de um título austríaco, tentar regulamentar sua sucessão, e o pior, tentar mudar a lei sálica, para que sua irmã, de modo fraudulento, passe a usar um título, criado em 1815, e que não lhe cabe por direito.


Título de Príncipe ou Princesa de Koháry, como um título de nobreza da Casa Real da Bulgária

Brasão que pode ser atribuído a Princesa Maria Luísa da Bulgária, como Princesa búlgara de Koháry


Em 2015 o deposto Rei Simeão II da Bulgária criou o título de "`Princesa de Koháry" para sua irmã, nascida Princesa da Bulgária, que tornou-se Princesa de Leiningen, pelo seu casamento com Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Karl von Leiningen, segundo filho de Sua Alteza Sereníssima o Fürst Karl von Leiningen. Deste casamento nasceram dois filhos:

-S.A.S. o Príncipe Boris von Leingingen

-S.A.S. o Príncipe Hermann von Leiningen


Todavia, o casal divorciou-se em 1968, e a Princesa Maria Luísa da Bulgária casou-se novamente, desta vez com o plebeu Bronislaw Tomasz Andrzej Chrobok, e desse casamento nasceram mais dois filhos:

- Alexandra-Nadejda Chrobok

- Pawel Alastair Chrobok


Esses filhos, do segundo casamento da Princesa Maria Luísa da Bulgária, plebeus e sem o tratamento de Alteza Sereníssima, que os filhos de seu primeiro casamento herdaram, por via paterna, sempre foram uma situação desagradável para o ex Rei Simeão II da Bulgária. Para tentar sanar essa situação, o ex Rei criou, em 2015, por Decreto seu, o título de Princesa de Koháry (no decreto o ex Rei afirma que estaria cedendo para sua irmã a Chefia da Casa de Saxe-Coburg-Koháry, por ser esta sua irmã mais velha do que ele, e portanto estaria modificando as regras de sucessão de Saxe-Coburg-Koháry, da lei sálica para a primogenitura absoluta, coisa que, como vimos acima, é impossível para um título de criação austríaca, e não búlgara).


Os filhos da Princesa Maria Luisa da Bulgária também casaram, Alexandra casou-se com o português Jorge Raposo de Magalhães, e foram pais de:

- Louis Raposo de Magalhães;

- Jeanne Raposo de Magalhães; e 

- Clémentine Raposo de Magalhães.


Já Pawel Alastair Chrobok casou-se com Ariana Oliver Mas, sendo pais de

- Maya Chrobok

- Alexander-Ferdinander Chrobok


Não restam dúvidas de que esse novo título é um título búlgaro, de criação moderna, e não o original título que cabe ao Chefe da Casa Principesca de Saxe-Coburg-Koháry, pelos seguintes fatores:

1: Não segue os princípios da Lei Sálica;

2: Apesar de, aparentemente, ser herdado por qualquer herdeiro em potencial, por princípio de primogenitura absoluta, os Príncipes de Leiningen, do primeiro casamento da Princesa Maria Luísa da Bulgária, estão excluídos da sucessão ao título! Apenas o poderão herdar os filhos plebeus de seu segundo casamento!

3: O ex Rei Simeão II da Bulgária, é o Chefe da Casa Real da Bulgária, uma dinastia legítima, soberana e detentora de Fons Honorum, todavia, não é o Chefe da Casa Principesca de Saxe-Coburg-Koháry, mesmo com as falsas alegações de que o casamento do Príncipe Philipp Josias von Saxe-Coburg-Koháry, Duque da Saxônia, ter sido morganático. Não foi! E, se tivesse sido: o casamento da irmã do Rei Simeão II, não o foi?


Conclusão

Desta forma podemos concluir que atualmente existem dois títulos de Príncipe de Koháry, o primeiro, criado em 1815 no Império Austríaco, e que cabe a Sua Alteza o Príncipe Maximiliano von Saxe-Coburg-Koháry, Duque da Saxônia, Príncipe de Koháry, de Csábrág e de Szitnya, e outro, criado em 2015 pelo Chefe da Casa Real da Bulgária, e que caberia então a Princesa Maria Luísa da Bulgária


Sobre o título original, criado no Império da Áustria, em 1815, não resta dúvida, o próximo Príncipe de Koháry, de Csábrág e de Szitnya será Sua Alteza o Príncipe Alexander Ernest von Saxe-Coburg-Koháry, Príncipe de Saxe-Coburg e Gotha, Duque da Saxônia.

Porém, sobre o título criado em 2015, pelo ex Rei Simeão II da Bulgário, tudo são dúvidas... quem o herdará após a morte da atual "princesa"? Sua filha, pelo critério da primogenitura absoluta, da qual Simeão II diz-se favorável, ou seu filho homem? Em suma, o 3º príncipe (ou princesa) búlgaro de Koháry será o português Louis Raposo de Magalhães, ou o espanhol Alexander-Ferdinander Chrobok?

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Brasão dos Duques de Coimbra


 

Fieis Leitores do Corriere della Mesolcina. Hoje, falando de um tema que muito agrada-me, ou seja, a heráldica da atual Família Real Portuguesa, irei apresentar-vos o brasão que foi concedido por Sua Alteza Real o Príncipe Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança, Duque de Bragança, a seu genro, Dr. Duarte de Sousa Araújo Martins, por casamento, Duque de Coimbra, após seu casamento com Sua Alteza a Sereníssima Infanta Dona Maria Francisca de Bragança, Infanta de Portugal, Duquesa de Coimbra. 


O brasão foi apresentado pelo próprio Duque de  Bragança, em uma medalha comemorativa ao casamento dos Duques de Coimbra, como pode ser visto na fotografia abaixo:

Na foto temos a imagem da medalha comemorativa, que de um lado tem o monograma do casal, composto por um "F" de Francisca, e um "D" de Duarte, coroado por coroa ducal, e não pela Coroa de Infante, haja vista que apenas o título de Duque de Coimbra foi concedido ao Dr. Duarte de Sousa Araújo Martins, e não o de Infante de Portugal, que cabe, por nascimento, a sua esposa. No verso da medalha temos o brasão do casal, que pode ser visto na primeira imagem dessa reportagem.

Como o Dr. Duarte de Sousa Araújo Martins recebeu a Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Vila Viçosa, este poderá utilizar a condecoração da dita Ordem em seu brasão, que então ficará assim:

Brasão de Sua Excelência o Dr. Duarte de Sousa Araújo Martins, Duque de Coimbra, desenho por Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Don Andrea Giangiacomo Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina

O brasão do Duque de Coimbra revela ser um brasão cortado, I partido, tendo no 1º as Armas dos Sousa do Prado, no 2º as Armas dos Castro, no II as Armas dos Condes de Pinhel, que são esquartejadas, 1º e 4º de blau, uma cruz d'ouro firmada nos flancos, 2º e 3º de prata um pinheiro de sinopla. Por diferença, uma brica de sinopla carregada d'uma cruz de Sant'Iago d'ouro.

E, conhecendo assim o brasão d'Armas do novo Duque de Coimbra, podemos finalmente blasonar as armas de Sua Alteza a Sereníssima Infanta Dona Maria Francisca de Bragança, Duquesa de Coimbra:

Brasão de Sua Alteza a Infanta Dona Maria Francisca de Bragança, Duquesa de Coimbra, desenhado por Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Don Andrea Giangiacomo Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina 


Texto e desenhos de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Don Andrea Giangiacomo Teodoro Gonzaga Trivulzio Galli, Duque de Mesolcina, Príncipe de Mesocco, Conde-Duque d'Alvito, Príncipe do Sacro Império Romano-Germânico.

Para manter contato com Sua Alteza, escreva para mesolcina.it@gmail.com 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Siga o Príncipe de Mesolcina e Duque d'Alvito nas Redes Sociais

 


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Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Don Andrea Giangiacomo Gonzaga Trivulzio Galli, XVIII Príncipe de Mesolcina, XXI Conde-Duque d'Alvito. 

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Brasões dos atuais Membros da Real Casa di Savoia

 Fieis Leitores do Corriere della Mesolcina, hoje os irei aborrecer escrevendo sobre os atuais Membros da Real Casa di Savoia, bem como, mostrando seus brasões d'Armas.


A Casa di Savoia foi a Casa Real da Sardenha e Principesca do Piemonte, bem como, Ducal da Região da Savoia e Nice, todas essas, pretensões verdadeiramente legítimas. O mesmo não pode ser dito sobre as pretensões dos Savoia ao título de "Rei da Itália", uma vez que a Unificação Italiana não obteve a aprovação ou concordância dos demais Monarcas Italianos (como os Reis das Duas Sicílias ou do Lombardo-Vêneto, o Grão-Duque da Toscana, os Duques de Parma, Mesolcina ou Modena, nem de Sua Santidade o Papa, Soberano não apenas da Cidade de Roma, mas de todo o Reino dos Estados Pontifícios). Neste ponto, a unificação italiana foi totalmente diferente da Unificação Alemã abaixo da Casa da Prússia, que contou com a concordância de todos os demais Monarcas alemães. 


Por este motivo, iremos nos referir à Real Casa di Savoia em suas pretensões ao Trono da Sardenha, por este lhe ser legítimo, mas é claro, que os Fieis leitores devem assim entender todas as demais pretensões desta Família. 


Quando do processo unificatório acima visto ocorreu, o assim chamado "Estatuto Albertino", promulgado pelo Rei Carlo Alberto I di Savoia, Rei da Sardenha, tornou-se a Constituição do unificado Reino da Itália. Esta mesma Constituição previa que todos os Príncipes da Casa di Savoia deveriam casar-se apenas com mulheres provenientes da Nobreza, e após receber o Consentimento Real, concedido pelo Chefe da Real Casa, caso contrário, o casamento seria inválido para finalidades sucessórias, e o Príncipe que casar-se violando estas regras perderia todos os títulos, direitos e tratamentos como Príncipe, e seus filhos nasceriam plebeus. 


O último Rei da Casa di Savoia foi o Rei Umberto II, deposto após o fim da II Guerra Mundial, em 1946. Seu único filho, S.A.R. o Príncipe de Nápoles e Piemonte, Vittorio Emanuele di Savoia, casou-se em 1970 com a plebeia Marina Racolfi Doria, uma suíça de origem italiana, contrariando a vontade do pai, que declarou expressamente que o filho perdeu o status de Sua Alteza Real, bem como os títulos de Príncipe de Piemonte e de Nápoles, de Savoia e da Sardenha, bem como qualquer direito aos Tronos um dia já herdados pelo Chefe da Casa de Savoia.


O próximo na Linha de Sucessão, após o ex Príncipe de Nápoles era seu primo, S.A.R. o Príncipe Amedeu Umberto di Savoia, Duque d'Aosta, que, a partir do casamento desigual do primo, e por vontade de Sua Majestade o Rei Umberto II, tornou-se o novo Príncipe do Piemonte. 


O Duque d'Aosta e Príncipe do Piemonte casou-se com Sua Alteza a Princesa do Sangue Claudia d'Orléans, com a Aprovação Real necessária. Deste casamento nasceu Sua Alteza Real o Príncipe Aimone Umberto di Savoia, que ao nascer recebeu o título de Duque delle Puglie, que, ao completar 15 anos, recebeu de Sua Majestade o Rei Umberto II o Colar da Suprema Ordem da Santíssima Anunciada e a Grã-Cruz da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro. 


Após a morte de Sua Majestade o Rei Umberto II, o Duque d'Aosta e Príncipe do Piemonte torna-se o XXI Chefe da Casa de Savoia, e assume o título de Duque de Savoia e d'Aosta, passando o título de Príncipe do Piemonte ao filho, Aimone Umberto.


O novo Príncipe do Piemonte casa-se em 2008 com S.A.R. a Princesa Olga da Grécia e da Dinamarca, filha de S.A.R. o Príncipe Michele da Grécia e da Dinamarca, e de sua esposa. Tal casamento, realizado entre Príncipes, e com o Real consentimento conferido por seu pai, o Duque de Savoia e d'Aosta, cumpriu perfeitamente as regras do Estatuto Albertino.


O Casal teve três filhos, sendo estes:

- Sua Alteza Real o Príncipe Umberto, intitulado, ao nascer, Duque delle Puglie.

- Sua Alteza Real o Príncipe Amedeo, intitulado ao nascer Duque degli Abruzzi, e

- Sua Alteza Real a Princesa Isabela Vita Maria, Princesa di Savoia. 


Após o ano de 2021, com a morte de Sua Alteza Real o Príncipe Amedeo, Duque de Savoia e d'Aosta, seu filho, Aimone assume os títulos de Duque de Savoia e Duque d'Aosta, passando o título de Príncipe do Piemonte ao filho mais velho, anteriormente S.A.R. o Duque delle Puglie. 


Brasões dos atuais Membros da Real Casa di Savoia:


Brasão de S.A.R. o Príncipe Aimone di Savoia, Duque d'Aosta e de Savoia, Chefe da Real Casa di Savoia.



Brasão de S.A.R. a Princesa Olga da Grécia e Dinamarca, Duquesa d'Aosta e de Savoia.

Brasão de S.A.R. o Príncipe Umberto di Savoia-Aosta, Príncipe do Piemonte



Brasão de S.A.R. o Príncipe Amedeo Michele di Savoia-Aosta, Duque degli Abruzzi

Brasão de S.A.R. a Princesa Isabela Vita Maria di Savoia-Aosta, Princesa de Savoia 

Para não darmos uma impressão de partidarismo, o que não é verdade, aqui colocamos os brasões do ex Príncipe de Nápoles, e de seu filho.

Brasão de Vittorio Emanuele de Carignano, filho do Rei Umberto II, como Cavaleiro da Suprema Ordem da Santíssima Anunciada.



Brasão de Emanuele Filiberto de Carignano, do ramo morganático.


Por Sua Alteza Sereníssima o Príncipe
Don Andrea Gian Giacomo Gonzaga Trivulzio Galli, Príncipe de Mesolcina, Duque d'Alvito, Príncipe do Sacro Império Romano-Germânico.

Para falar com o autor, escreva para: mesolcina.it@gmail.com 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Blog del Principe di Mesolcina e Duca di Alvito


 Fiéis Leitores do Corriere della Mesolcina! Após muitos anos escrevendo textos em diversos idiomas, decidi criar um Blog apenas para publicações em língua italiana (não sei se todos sabem, mas sou um cidadão italiano, que vivo no Brasil).


Desta forma, para melhor praticar a minha língua materna, que já está sendo quase que esquecida por mim, decidi criar o Blog del Principe di Mesolcina e Duca di Alvito, que estará a disposição neste link: www.mesolcina-alvito.com caso você saiba ler em italiano... 


As postagens em língua portuguesa irão continuar normalmente aqui no Corriere della Mesolcina, porém, julguei que já estava realmente na hora, de passar a publicar a história de minha Família a Casa de Gonzaga Trivulzio Galli, de meus antepassados, os Príncipes de Mesolcina, Duques d'Alvito e Marqueses de Castel Goffredo na língua destes meus antepassados.


Boa leitura a todos!


Att.


S.A.S. o Príncipe Don Andrea Giangiacomo Gonzaga Trivulzio Galli

Príncipe de Mesolcina, Duque d'Alvito, Príncipe do Sacro Império Romano, etc.


Para manter contato com o autor, escreva para mesolcina.it@gmail.com

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Sua Alteza Real o Duque de Bragança é meu primo...


Caros Leitores do Corriere della Mesolcina. Alguns de vós tem tido curiosidade, do motivo pelo qual sempre busco demonstrar a heráldica, bem como, partes da genealogia da Sereníssima Casa de Bragança. A resposta é simples, é pelo fato de ser um heraldista e genealogista, a parte de minha formação acadêmica em Direito e História... Mas também é pelo fato, de que, pelo meu lado materno, sou primo em 7º grau de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Duarte Pio, Duque de Bragança.


Minha mãe, Sua Alteza Sereníssima e Magnífica a Princesa Dona Rosa Inês Orso Boni, Princesa e Duquesa Consorte de Mesolcina, esposa de meu Augusto Pai, Sua Alteza Magnífica e Sereníssima o Príncipe Don Angelo II Gonzaga Trivulzio-Galli, que antes de abdicar em mim, seus Direitos Dinásticos por questões de saúde, foi o 17º Príncipe e Duque de Mesolcina, e filha do Excelentíssimo Marquês Don Frederico Angelo Boni del Leone Rompante, e de sua esposa, a Condessa Oliva Rosa Orso, meus avós maternos. Minha avó era filha do Excelentíssimo Conde Luigi Maria Orso, filho por sua vez do Excelentíssimo Conde Giovanne Maria Orso, e de sua esposa, a Condessa Lugia Baldissera, que era filha do Conde Francesco Baldissera, filho do Conde Giacomo Baldissera, filho do Conde Francesco Baldissera, filho do Conde Zuanne Baldissera, filho do Conde Domenico Baldissera, irmão do Conde Antonio Baldissera, que foi pai do Conde Domenico Baldissera, pai do Conde Luigi Baldissera, pai do Conde Antonio Baldissera, pai do Conde Luigi Baldissera, pai do Conde Francesco Innocente Baldissera, pai do Conde Frank A. Baldissera, pai da Condessa Stephania Baldissera, que foi casada com Charles Warren, filho de Philippe Warren, marido de Maria Lucia Pinzon, filha de Jorge Pinzon y Barco, filho de Paulo Pinzon y Castilla, filho de Mario Laserna Pinzon e de sua esposa Sua Alteza Sereníssima a Princesa von Schönburg-Harstenstein, que foi filha de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Alexander von Schönburg-Harstenstein, filho de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Alois von Schönburg-Harstenstein, filho de Sua Alteza Sereníssima a Princesa Carolina Maria Josepha von und zu Liechtenstein, irmã de Sua Alteza Sereníssima a Princesa Sophie Marie Gabriela von und zu Liechtenstein, que foi esposa de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Karl zu Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, irmão de Sua Majestade Fidelíssima a Rainha de Portugal Dona Adelaide zu Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, esposa de Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Miguel I de Portugal, ambos pais de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Miguel II de Portugal, pai de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Duarte Nuno de Bragança, Duque de Bragança, marido de Sua Alteza Real a Princesa Dona Francisca de Orléans e Bragança, ambos pais de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa.


É óbvio que o meu caro leitor deve ter percebido que utilizei a minha via genealógica mais distante, para chegar até S.A.R. o Príncipe D. Duarte Pio, Duque de Bragança, que, por esta via, fica sendo meu primo em 7º grau... é óbvio que, sem grande esforço ao estudar a genealogia da Sereníssima e Magnífica Casa de Gonzaga Trivulzio Galli de Mesolcina, Alvito e Castel Goffredo, se chagariam a dezenas de outras formas de parentesco bem mais próximas... mas então, porque motivo descrevo a mais extensa?


É para que vejam que primos, todos os Príncipes que tem de origem na realeza europeia são... isso não é segredo para ninguém. Então, porque motivo eu escrevo sobre a Casa Real Portuguesa, e aqui publico seus brasões? É simples... bem mais simples do que as teias da genealogia, e dos laços de sangue que nos prendem: escrevo pois sou Monarquista até a medula dos ossos, e creio firmemente na Causa Real Portuguesa, que há alguns anos, vem enfrentando tantas dificuldades com falsos "pretendentes ao extinto trono de Portugal", mesmo sem se darem por conta, do ridículo das pretensões que se levantam contra meu Primo, Sua Alteza Real o Duque de Bragança.


Sua Alteza Sereníssima e Magnífica

o Príncipe Don Andrea Frederico Albert Gian Giacomo Teodoro Pio Valente Giuseppe Maria Paolo Farnese Gonzaga Trivulzio-Galli,

18º Príncipe e Duque de Mesolcina, Conde-Duque d'Alvito, Marquês de Castel Goffredo, Príncipe do Sangue Capetiano, Príncipe do Sacro Império Romano-Germânico, etc. etc.

Chefe da Sereníssima Principesca e Ducal Casa de Mesolcina.


Para falar com Sua Alteza Sereníssima o Príncipe e Duque de Mesolcina, envie e-mail para o Secretariado Privado do Príncipe, através do e-mail mesolcina.it@gmail.com.  

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Brasões dos Membros da Casa Real Portuguesa

 Estimados Leitores do Corriere della Mesolcina, ontem recebi um espetacular vetor, criado especialmente para mim, pelo grande desenhista Gabriel Ferraz.


Encomendei a ele o desenho da Coroa de Dom João I do Brasil (Imperador titular do Brasil em virtude do Tratado do Rio de Janeiro, de 1825), e VI de Portugal (anteriormente, também denominado Dom João VI do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves). 


Esta coroa foi feita no Brasil, com ouro brasileiro, e com ela foi coroada um Rei-Imperador Brasileiro: Dom João I, mesmo assim, com a volta de Sua Majestade Fidelíssima para Portugal, em 1821, esta coroa seguiu para Portugal, onde encontra-se até hoje, tendo tornado-se a Coroa do Reino de Portugal. Esta é uma foto dessa magnífica coroa:




Para a minha alegria, o Sr. Gabriel Ferraz é um desenhista realmente esplêndido, e o vetor da coroa que ele fez, exclusivamente para mim, ficou tão perfeito, que ninguém diz tratar-se de um vetor, mas sim de uma foto! vejam essa maravilha (as tarjas estão aí, justamente para mantermos nosso contrato de exclusividade de uso):




Com esse magnífico vetor, que é o mais perfeito e fiel àquela que tornou-se a Coroa do Reino de Portugal, consegui trabalhar em criar toda a linha de coroas da Família Real Portuguesa, como veremos a seguir:


Brasão de Sua Alteza Real o Príncipe Dom Duarte III Pio de Bragança e Orléans-Bragança, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, Cavaleiro da Insigne Ordem do Tosão de Ouro, Grão-Mestre das Reais Ordens Portuguesas.

Sua Alteza Real o Duque de Bragança leva as Armas plenas de Portugal. 


Brasão de Armas de Sua Alteza Real a Princesa Dona Isabel Inês de Castro Curvello de Herédia, Duquesa Consorte de Bragança, Grã-Mestra da Ordem das Damas da Rainha Santa Isabel. 

Escudo, segundo a tradição das Rainhas de Portugal, partido, I as Armas de Portugal, II as Armas de Herédia, que são de goles, 5 castelos de prata, iluminados e abertos de blau, em 2-1-2. Ao redor do escudo a banda da Ordem de Santa Isabel.

Brasão de Sua Alteza Real o Infante Dom Afonso Miguel Gabriel Rafael de Bragança e Herédia, Príncipe da Beira, Duque de Guimarães. 

Escudo de Portugal, com a diferença de um lambel d'ouro de três pendentes. Ao redor do escudo a banda de Grã-Cruz da Ordem de N.S. da Conceição de Vila Viçosa. O conjunto repousa sobre um manto de goles, forrado de arminhos, recolhido e amarrado d'ouro, timbrado pela Coroa do Príncipe Real. 


Ao longo dos anos, o título do Príncipe Herdeiro da Coroa Portuguesa mudou diversas vezes; o primeiro título a ele atribuído foi o de Príncipe de Portugal; após uma decisão do Rei Dom João IV, o Príncipe Herdeiro passou a ter o título de Príncipe do Brasil, sendo que, o herdeiro do Príncipe do Brasil passou a ter o título de Príncipe da Beira. O título de Príncipe do Brasil deixou de existir, com a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, onde o Príncipe Herdeiro passou a ter o título de Príncipe Real de Portugal, Brasil e Algarves. Após o reconhecimento da Independência do Império do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, pelo Tratado do Rio de Janeiro, de 1825, o título do Príncipe Herdeiro passou a ser o de Príncipe Real, sendo que o Príncipe da Beira passou a ser o título do herdeiro do Príncipe Real.

Após a morte de Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Manuel II, houve uma nova redistribuição nos títulos dos Membros da Casa Real, porém não na heráldica dos pretendentes aos mesmos postos. Assim, o filho mais velho e herdeiro do Monarca ou do Chefe da Casa Real, deixou de ter o título de Príncipe Real, e passou a ter o título de Príncipe da Beira, como visto acima. Desta forma o Príncipe da Beira passou a levar o lambel de ouro do Príncipe Herdeiro. Quando o Príncipe da Beira tiver um filho varão, seu herdeiro, este receberá o título de Duque de Barcelos, e receberá as seguintes Armas:

Brasão d'Armas de Sua Alteza Real, o futuro Duque de Barcelos (antigo brasão do Príncipe da Beira)

Escudo de Portugal, com a diferença de um lambel d'ouro de três pendentes cada um carregado d'uma rosa de goles, abotoada d'ouro. Ao redor do escudo a banda de Grã-Cruz da Ordem de N.S. da Conceição de Vila Viçosa (caso o Duque de Barcelos a venha a receber). O conjunto repousa sobre um manto de goles, forrado de arminhos, recolhido e amarrado d'ouro, timbrado pela Coroa com um dois aros, ambos visíveis, sobre os quais repousa o orbi com a cruz (antiga coroa do Príncipe da Beira)




Brasão de Sua Alteza o Sereníssimo Infante Dom Dinis Miguel Gabriel Rafael de Bragança e Herédia, Primeiro Infante de Portugal, Duque do Porto, Senhor do Infantado. 

Escudo de Portugal, com a diferença de um lambel d'ouro de três pendentes, com as Armas dos Herédia no terceiro pendente. Ao redor do escudo a banda de Grã-Cruz da Ordem de N.S. da Conceição de Vila Viçosa. Coroa de Infante de Portugal.

Brasão de Sua Alteza a Sereníssima Infanta Dona Maria Francisca Isabel de Bragança e Herédia, Infanta de Portugal, Duquesa de Coimbra, após seu casamento com o Dr. Duarte de Sousa de Araújo Martins. 

Adarga feminina, partida, I para seu esposo, II as Armas de Portugal, por ser filha de S.A.R. o Duque de Bragança. Ao redor do escudo a banda da Ordem de Santa Isabel. Coroa de Infanta de Portugal.


Brasão de Sua Alteza o Sereníssimo Infante Dom Miguel Rafael Gabriel de Bragança e Orléans-Bragança, Infante de Portugal, Duque de Viseu. 

Escudo de Portugal, com a diferença de um lambel d'ouro de três pendentes, com as Armas do Império do Brasil no terceiro pendente. Ao redor do escudo a banda de Grã-Cruz da Ordem de N.S. da Conceição de Vila Viçosa. Coroa de Infante de Portugal.


Apenas para exemplificação da heráldica real portuguesa, o brasão do falecido Infante Dom Henrique Nuno de Portugal, Duque de Coimbra (falecido em 2016). 

Como visto acima, o primeiro Infante de cada geração, utiliza as Armas de sua mãe no terceiro pendente do lambel (primeiro da sinistra para a destra). No caso do segundo Infante, o mesmo brasão materno no terceiro pendente, e outro elemento do brasão materno no primeiro pendente (sempre deixando livre o pendente do meio, que fica sobre a primeira Quina de Portugal). Será apenas um eventual terceiro Infante que utilizará partes do escudo materno nos três pendentes do lambel, iniciando no 3º, no 1º e finalmente, no central. 

No caso do Duque de Coimbra, por ser este filho de Sua Alteza Real a Princesa Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança, filha que foi do Príncipe Don Pedro de Orléans e Bragança, Conde d'Eu, no 3º pendente do brasão do falecido Duque de Coimbra estavam as Armas do Império do Brasil (como no caso de seu irmão, o Duque de Viseu), e as Armas dos Orléans-Eu no 1º pendente. 



Texto, desenhos e propriedade dos mesmos de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe D. Andrea Gian Giacomo Teodoro Pio Valente Gonzaga Trivulzio Galli, 18º Príncipe e Duque de Mesolcina e do Sacro Império Romano, 21º Conde-Duque de Alvito, Marquês de Castel Goffredo, Conde de Melzo, etc, Chefe da Sereníssima e Magnífica Principesca e Ducal Casa de Mesolcina.  

Para falar com Sua Alteza Sereníssima o Príncipe e Duque de Mesolcina, envie e-mail para o Secretariado Privado do Príncipe, através do e-mail mesolcina.it@gmail.com